Na segunda-feira os três campeões foram chamados na sala da McGonagall logo após o café da manhã, Draco teve a primeira oportunidade de reparar nos dois, na noite do baile mal os havia visto. A sala da diretora parecia cheia, o ministro Kingsley Shacklebolt em pessoa estava conversando com Anthony Winchester em um canto, os diretores de Durmstrang e Beaxbatons, dois aurores, algumas pessoas que Draco não reconheceu.
- Bem campeões, a primeira tarefa será realizada em seis de novembro, claro que vocês não poderão saber qual é a tarefa com antecedência, mas hoje vocês vão conhecer seus tutores. O ministério decidiu que nessa edição do torneio vocês serão assistidos por tutores para os ajudar com as tarefas. Sr. Lioncourt, sua tutora será Galatea Allard, que você já conhece, professora de transfiguração em Beaxbatons.
Draco deu uma boa olhada em Yves Lioncourt, o cabelo longo e loiro platinado, o olhar felino. Um homem muito bonito, que parecia estar fazendo da vida uma festa. Yves viu Draco o olhando e piscou para o sonserino, que sustentou o olhar.
- Senhor Malfoy, seu tutor é o professor Winchester, que é nosso professor de Defesa Contra a Arte das Trevas – a diretora esclareceu para os convidados.
O professor Winchester se aproximou de Draco e deram um aperto de mãos.
- E por fim, senhorita Makarov seu tutor é Vítor Krum, que acredito que todos já conhecem.
Vítor beijou Oxana nas duas bochechas e Draco reparou nos olhos intensamente vermelhos dela, nos cabelos num estranho tom de azul e se perguntou de onde ela teria herdado características tão singulares. Cada um dos campeões recebeu um pergaminho lacrado com uma pista sobre a primeira tarefa. Quando saíram da sala da diretora, o professor Winchester pediu que Draco fosse a sua sala após o fim das aulas.
Depois da última aula, Draco deixou sua mochila no dormitório, pegou seu envelope e foi à sala do professor Winchester, ao entrar se deparou com o professor e Harry tomando chá.
- Sr. Malfoy! – o professor sorriu – Entre, entre. Quer chá?
- Quero, obrigado professor. O que faz aqui Harry?
- Bem, hoje durante a aula o professor Winchester me disse que estudou com Sirius, Remus, meus pais, e me convidou para tomar chá – Harry sorria como se fosse uma manhã de natal.
- E conheço sua mãe e as irmãs dela senhor Malfoy. A bem da verdade fui apaixonado por sua tia Andrômeda no nosso tempo de escola – o professor riu – Bem, sente-se. Como você quer se preparar para o torneio senhor Malfoy?
- Não tenho certeza professor, sem saber qual é a primeira tarefa é difícil saber o que tenho que treinar... Trouxe a pista da primeira tarefa
Abriram o envelope:
"Sou um e sou três.
Veneno e garras
Rugido e sibilar
Guardam o bastão"
- O caso é que como o Harry sabe bem, é tradição que a gente trapaceie um pouco, então é claro que já soube qual é o desafio da primeira tarefa. Temos um pouco menos de um mês para nos preparar. Você irá entrar na floresta, apenas com a sua varinha, lá você terá que encontrar a pista para a segunda tarefa. É uma prova de coragem e habilidade principalmente. Talvez você encontre algumas criaturas mágicas lá e por isso separei esses livros aqui – apontou para três livros na mesa no canto – pra você estudar. E claro estarei a sua disposição para ajudar em qualquer coisa.
Conversaram por mais ou menos uma hora, então Draco e Harry de despediram do professor. Ao sair da sala eles deram as mãos, fora uma tortura ficar sentados lado a lado sem poder nem tocar um ao outro.
- A gente devia aproveitar que estamos aqui e passar um tempo juntos, sem essa loucura do torneio, o que acha – Draco propôs.
- Claro. Vamos ao jardim?
Draco pensou em recusar a ideia de ir ao jardim, onde qualquer um que passasse por ali poderia vê-los, mas pensou melhor. Não tinham nada a esconder.
- Vamos, podemos aproveitar o crepúsculo.
Sentaram-se na grama muito juntos por causa do frio que começava a chegar com o fim do outono. Algumas pessoas caminhavam, a maioria casais fazendo o mesmo que eles.
- Estive pensando em enviar um presente à Hermione, por nos ajudar tanto essas últimas semanas, o que acha?
- Talvez seja bom... Afinal a gente dificilmente estaria aqui sem ela – Harry levantou a cabeça para olhar nos olhos do loiro
Draco beijou a cicatriz do grifinório que fechou os olhos em contentamento. Ali naquele canto do jardim viam ao longe o lago negro, os últimos raios de sol deixando tudo com uma aparência dourada. Harry nunca se sentiu tão tranquilo como naquela hora que passaram ali juntos, mas o frio aumentou e decidiram voltar ao castelo para o jantar.
- Harry Potter? – a menina de Castelobruxo perguntou
- Sim – ele sorriu cordialmente
- Sou Cecilia Benicio, muito prazer – apertaram as mãos
Cecilia tinha a pele morena e traços indígenas, estava em Hogwarts para completar sua especialização em herbologia. Antes que continuasse a conversa com a brasileira Ron sentou-se ao seu lado falando
- Ouvi um boato bem engraçado vindo pra cá agora Harry. Sobre você.
- Depois de seis anos ainda não esta acostumado com os boatos sobre mim Rony?
- Você não entendeu. Não era um dos boatos de sempre, esse é muito mais absurdo.
- Fala Rony.
- Zach Smith disse a Dino que disse pra mim que viu você sair da sala do professor Winchester de mãos dadas com Draco Malfoy.
Harry abriu e fechou a boca algumas vezes, sem saber o que responder. Confirmava? Negava? Corria e nunca mais voltava? Ron continuou ao julgar mal a expressão do amigo
- Foi o que eu disse! Impossível, esse é o boato mais idiota que já ouvi na vida a seu respeito – riu com vontade – Mas precisava te contar. Bem, o que será que teremos para o jantar hoje?
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Harry Potter e o Canto Da Quimera
Fanfic*Concluída* **Continua em Harry Potter e a Temporada de Caça** N°2 em #Drarry no #wattpadbrasil em 17/01/2020! "Harry sentiu o estômago dar voltas, mas não podia deixar pra lá. Tinha que saber - Draco, só me escuta então. - sentou-se ao lado do loir...