Harry Potter e o Canto Da Quimera

31 - Mudanças

Draco releu a carta várias vezes tentando acreditar nas palavras, leu os documentos anexos, e mesmo assim parecia tudo irreal.

- O que houve querido? - a avó perguntou

Draco a olhou por alguns segundos e estendeu a carta para que ela a lesse. Druela pareceu não acreditar também naquelas palavras, Lucius morto? Como?
Narcisa caiu em um estado de torpor quando o filho lhe contou que o marido estava morto; ela não chorou, não fez perguntas, só ficou ali sentada com os olhos vazios. Draco precisava tomar providências, ir ao Ministério cuidar dos documentos e organizar o enterro. Se despediu da mãe, que continuava sem reação, pediu a avó que cuidasse dela, mandou uma coruja a Harry avisando que voltava e partiu no primeiro trem de volta à Londres.

Harry recebeu a coruja de Draco tarde naquela noite e estranhou que ele estivesse voltando tão rápido, ficou preocupado com o que pudesse ter acontecido entre Draco e o pai. Na manhã seguinte aparatou até a estação de King's Cross e esperou alguns minutos até que o trem de Draco chegasse.

- Dra, oi... - reparou no rosto do loiro - O que houve?

- Meu pai está morto.

- Sinto muito querido, - o abraçou - como isso aconteceu?

- Não tenho certeza, vou ao Ministério da Magia, tenho que resolver o enterro, e saber como aconteceu.

- Vou com você.

No Ministério descobriram o que aconteceu; Lucius Malfoy foi encontrado na casa de campo da família em Durham. Ele foi envenenado ou tomou veneno, nenhuma evidência de magia foi encontrada ou pistas de que mais alguém tenha estado na casa. Após sairem do Ministério tudo que precisava ser tratado para o enterro estava pronto.

O enterro foi marcado por uma garoa que insistia em cair mesmo estando sol. Narcisa Malfoy continuava em estado catatonico e quase não disse palavra. Poucas pessoas foram ao sepultamento, mas isso já era esperado, uma vez que Lucius não dispunha de muitos amigos que não fosse Comensais da Morte presos, mortos ou fugitivos. Draco se manteve firme ao lado da mãe e em momento algum chorou ou demonstrou o que realmente sentia, sentia-se triste e cansado de receber olhares enviesados e ouvir os cochichos sobre como seu pai havia sido covarde em tirar a própria vida apesar de isso não ter sido confirmado. Ao que se sabia Lucius poderia ter sido envenenado por alguém, mas todos preferiam acreditar em suicídio, e o Ministerio encerrou a investigação bem rápido.

Quatro dias após o enterro Draco voltou sozinho a Malfoy Manor que estava vazia há algumas semanas, uma vez que Narcisa preferiu se mudar definitivamente para a casa da mãe na Escócia. Apesar de Harry ter pedido que ele ficasse em Londres, o loiro preferiu partir. Ao entrar na casa de sua infância sentiu finalmente o peso do que tinha acontecido. O pai estava morto e a mãe fora embora e ele era agora o único habitante daquela casa enorme. Sentia que alguma coisa estava errada e não conseguia saber o que era, mas preferiu não focar nisso, em duas semanas haveria o baile de formatura em Hogwarts e depois disso finalmente terminaria aquela fase de sua vida.

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O Profeta Diário noticiou incansavelmente a morte de Lucius, sempre fazendo parecer que ele cometera suicídio, praticamente todos que liam o jornal acreditaram nisso, e isso foi bastante oportuno para o responsável pela morte do Comensal. Aquele havia sido o primeiro assassinato e mesmo quase sem planejamento foi tão bem sucedido que as investigações não tinham durado nem duas semanas. Havida tido bastante cuidado em não usar a Varinha para entrar na casa ou para envenenar o inútil Lucuis Malfoy, fez de tudo para que não tivessem marcas de sua presença ali.
O plano de extirpar os Comensais da Morte começou a ser feito primeiro por raiva, vingança, mas depois tudo tomou forma. Tinha realmente que acabar com aqueles pérfidos, bruxos das trevas já provocaram duas guerras bruxas, a terceira foi evitada por pouco há apenas algumas semanas e não podia deixar que os Comensais restantes se reunissem novamente sob a bandeira de algum bruxo ou bruxa das trevas como a Baronesa ou Voldemort.
O plano agora estava claro diante de si, matar todos os Comensais, todos que portassem a Marca Negra sem exceções para que o mundo bruxo não sofresse novamente com a ameaça de mais uma guerra.