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Esse capitulo é para gerar teorias que provavelmente não irão bater com a realidade da fanfic, ou talvez bata. Boa leitura e boas teorias <3


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22/06/2014


Exausto. Era como Harry definia suas terças-feiras, ele ia até a psicóloga as vezes, conversava e tomava um bom chá com ela, e voltava a sua casa onde tomava seus costumeiros remédios e se deitava um pouco porque geralmente eles o deixavam sonolentos.

- Mãe, eu não preciso mais desses remédios, passei meses sem tomar e fiquei bem, por que preciso agora? - Fez birra e empurrou o copo cheio de comprimidos para longe - Eu estou bem, juro.

Sua mãe dócil, o beijou no topo da testa e sorriu simples.

- São só remédios - Soou convincente - Eles estão te ajudando por tanto tempo.

- Mãe, eu juro mesmo que eu não tenho mais os mesmos sintomas, a psicóloga deve lhe dizer o mesmo.

- Harry, não queremos que seu amiguinho Sebastian, volte a lhe incomodar, você sabe como ele é fácil para te manipular - Empurrou os remédios de volta para ele - Você vai se curar um dia, eu te dou certeza.

Harry suspirou e tomou seus comprimidos grandes, deitando seu corpo pesado depois do feito, sua mãe saiu do quarto de modo ligeiro, os sapatos batendo como pequenos batuques de um tamborim, mal havia ingerido seus remédios e já sentia seus olhos pesarem. 

Entre os remédios havia um sonífero, que ajudaria Harry a ter uma boa noite de sono, mesmo ainda sendo apenas sete da noite naquele dia.

Harry corria pelo campo com seu amigo Sebastian, seu amigo de infância, pelo campo haviam borboletas e mariposas espalhadas, Harry as amava. As folhas verdes e vivas faziam cocegas em seus pés infantis descalços, em sua mão uma fotografia sua apoiada a dois garotos. O ruivo, Sebastian e um menino que era amigo do ruivo, o qual Harry não conhecia mas ainda assim havia brincando duas vezes.

De repente uma bola tocara seu pé, e com um impulso ele chutou, vendo embaixo da bola uma pequena faca de cabo colorido como arco-iris metálico. Abaixou-se para tocar no metal gélido, quando em seus dedos pôde ver um desenho de uma cobra nele.

- Sebastian? - Gritou olhando em volta, vendo que seu amigo sumiu - Sebastian? Apareça!

- Eu estou aqui, Harry - Uma voz chamou e Harry só soube sorrir ao ver o menino, ele estava diferente, suas vestes azul bebê estavam manchadas de vermelho, algumas partes uma poça e em outras respingos.

- Eu estava preocupado - Disse sem se importar com o sangue espalhado pelo menino.

- Desculpe... Eu estava ocupado - Untou suas mãozinhas as mãos de Harry e o puxou para uma clareira no campo, que estava tão clara que parecia uma sala de hospital ou até mesmo uma luz pura, que poderia ser o céu.

- Podemos voltar a brincar? Eu achei uma bola, e embaixo dela estava essa faca - Mostrou - Mas podemos jogá-la fora.

- Você encontrou! Você encontrou! - Sebastian gritava sem parar pulando em alegria - Ah... Você encontrou - Sua expressão feliz se tornou uma carranca triste.

- É só uma faca, Bast - Deu de ombros e a jogou mais longe o possível.

- Não é só uma faca, é a faca dele - Apontou para uma cena no fim da clareira, que rapidamente Harry correu mais perto para ver.

- Não se aproxime.

Era uma cena horrível, um garoto de cabelos lisos e olhos claros estava em pé segurando uma faca, com suas mãos manchadas de sangue assim como sua camiseta e seu rosto cheio de respingos vermelhos. Ele pisava em algo que o cacheado não podia ver, parecia uma coberta branca molhada de algum líquido vermelho.

O menino com uma faca tinha um olhar vazio e ao mesmo tempo satisfeito, como se tivesse se saciado de um vício, como uma sensação libertadora. 

Quando se aproximou mais, pôde ver que a coberta estava na verdade cheia de sangue e cobrindo um corpo com fios cobreados.

- Sebastian, quem está machucado? - Perguntou nervoso, engoliu em seco, e se sentou ao lado do corpo sem medo do menino que segurava uma faca.

- Esse sou eu - Sebastian perguntou e então um vento forte começou a percorrer todo o ambiente, fazendo o cobertor voar e expôr um corpo sem vida e ensanguentado.

Tudo de repente ficou preto, nada poderia ser visto, a única coisa que podia ser sentida era o vento exorbitante que começava a arrastar o menino para a escuridão.

Então tudo ficou calmo. 

E Harry agora era adolescente, estava no mesmo campo, e na mesma cena. 

Chutou a bola e pegou a faca, Sebastian numa versão adolescente apareceu, dessa vez com um terno preto e uma flor vermelha, murcha e sem vida em seu bolso do peito. O ruivo lhe levou a uma clareira e Harry dessa vez tinha a faca em suas mãos, não a jogaria fora.

Ao fim da clareira viu a mesma imagem, dessa vez um pouco diferente. Louis estava em pé, uma faca em suas mãos que Harry viu magicamente desaparecer de suas mãos e aparecer nas mãos do moreno, Louis não tinha sangue respingados no corpo, somente nas mãos e um pingo quase impossível de ser notado no queixo.

Ou ele havia se tornado melhor em matar, ou ele não havia matado alguém.

Quando Harry se aproximou, o olhar era diferente, possuía um tom de dor dessa vez, mas por sua maioria era satisfação e alívio. Quando se aproximou mais, viu a mesma coberta branca cheia de sangue cobrindo dessa vez cachos achocolatados.

- Sebastian, quem está embaixo dessa coberta? - Perguntou se abaixando ao lado do corpo sem vida.

- É você, Harry.

E então o mesmo vento apareceu, dessa vez somente descobriu o corpo e parou instantaneamente, expondo o corpo do Harry, completamente sem vida e cansado. Harry estava observando seu próprio corpo embaixo de um assassino que possuía um sorriso em seus lábios.

Harry estava morto.

Louis estava no canto do quarto escuro observando tudo e chorando compulsivamente, suas unhas eram cravadas em suas peles e friccionadas fazendo um caminho doloroso e vermelho. Por que tinha que continuar vendo a mesma cena sempre? 


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OBS: Só o que está em itálico é uma imaginação/sonho/pensamento/lembrança.

Ur mine {l.s} [Psycho!Louis]Onde histórias criam vida. Descubra agora