Capítulo VIII

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"Meu mundo estilhaçou

Com um impacto.

Mil cacos espalharam-se pelo chão,

Como fragmentos difusos de um eu que se partiu.

Juntei os pedaços dispersos

E me recompus com a mesma essência,

Contemplando algo novo.

Renovação.

E o eu que era vidro

Fez-se cristal."

P.o.v Crystal

Estou me refazendo. Já se passou uma semana e nesse meio tempo eu não fui mais a escola, percebi que não tinha forças para encarar ele e todas aquelas pessoas novamente, pois a essa altura do campeonato todos já deviam saber o que se passou entre nós.
Mesmo triste e totalmente indiferente aos meus sentimentos eu encontrei inspiração para voltar a escrever algumas coisas. Eu estava bem nesse momento, mas não diria que totalmente recuperada da situação, afinal, quem estaria?

[...]

Havia muito tempo que eu não saia para espairecer, então, decidi por conta própria ir a algum lugar mais afastado da minha casa na qual eu soubesse como chegar, obviamente.
Depois de muito pensar lembrei-me do café que eu visitei algumas vezes quando era mais nova, passava por ele algumas vezes, mas nunca tive vontade de frequentá-lo novamente.
O importante era ir a algum lugar diferente, que não costumasse ir com o Wesley e que não me trouxesse lembranças.
Depois de me arrumar, saí de casa determinada a ir a esse tal café, precisava pensar um pouco na vida e nada melhor do que fazer isto sozinha.

P.o.v Narradora

Enquanto nossa Floquinho caminhava para o lugar, algo desagradável aconteceu.
Poxa destino! Não há compaixão em ti?
Ela viu a cena que a decepcionou há uma semana... Wesley e FalsiANNA caminhando tranquilamente pela rua, como um casal, como se nada tivesse acontecido e aquilo foi um baque para Crystal. Não, não havia sido só um pesadelo ou algo de momento, não havia chances deles voltarem a ser um casal perfeito novamente, foi real, os dois estavam juntos e isso, mesmo que ela quisesse, não podia suportar.
Mais que de imediato ela apressou o passo, foi até um táxi que estava parado em seu ponto, entro no mesmo e saiu em direção ao café com uma vontade imensa de desabar no choro novamente.

P.o.v Luan

Meus dias estavam um tanto calmos demais. Eu havia dado uma pausa nos estudos e por sinal eu estava morrendo por isso hahaha!

Eu nunca fui muito desses que vai para balada ou tem um divertimento "normal" como diriam meus amigos. Eu simplesmente prefiro ir a um bom lugar, de preferência calmo, onde eu possa ler um livro ou simplesmente me desligar da agitação desse mundo tão maluco.

E esse lugar maravilhoso que descrevi realmente existe talvez um pouquinho longe, mas nada que um táxi não resolva. Prontamente me arrumei e sai em direção ao meu lugar favorito, um café chamado "Café Lisboa".

P.o.v Narradora
Crystal chegou ao Café Lisboa extremamente abalada.
Não sabia ao certo se sentiu raiva pelo que viu ou porque percebeu que não havia superado como realmente esperava.
Logo, ela sentou-se em uma mesa próxima a janela e tirou de sua bolsa um caderninho, que se assemelha a um diário, na qual ela não estava escrevendo há tempos.

[...] Instantes depois...

Luan chegou ao seu "paraíso", era impressionante como ele valorizava simples detalhes e por isso tinha grande apreço pelo local. Assim que entrou procurou uma mesa para se acomodar, ele não teve necessidade de pedir o cardápio, pois já sabia o que iria pedir. Ele avistou a garçonete atendendo uma mesa próxima a dele e quando ela acabou o atendimento ele a chamou. Mas ele só não contava com uma coisa...

P.o.v Crystal

Após uns minutos dentro do estabelecimento decidi que ia pedir um cappuccino e chamei a garçonete. Ela me atendeu de uma maneira muito simpática, o que me fez sorrir um pouco. Voltei a escrever logo após ela ir atender a outra mesa.
Mesmo vindo a um lugar afastado eu não conseguia deixar de pensar no que havia acontecido. Como eu queria ter um botão que me fizesse esquecer.

P.o.v Luan
No momento em que chamei a garçonete foi quase impossível não olhar para a mesa a qual estava atendendo. E, para minha surpresa, a moça que estava sentada lá era a mesma que vi na sorveteria há uns dias atrás. Coincidência, não?
Dessa vez ela estava desacompanhada, mas isso não significa nada, pois eu não a conhecia e não seria inconveniente de incomoda-la para lhe conhecer.
Após fazer meu pedido eu a admirei por um tempo, ela era realmente encantadora, mas preferi parar, vai que ela percebe e acha que sou algum tipo de maníaco? Hahaha

[...]

Depois de me alimentar e relaxar um pouco decidi ir embora, pois já estava com saudades de casa, dos meus pais, do meu cantinho.
Levantei-me e acabei observando a garota novamente, ela estava com uma expressão abatida ao ponto de chorar. Hesitei em sair, mas acabei voltando, não poderia ver uma pessoa assim e não tentar ajudar, e se ela estivesse passando mal?
Fui até ela discretamente e resolvi perguntar:

— Moça? Tudo bem? É... Eu percebi que não parece estar muito bem... Está se sentindo mal? Precisa de ajuda? – Ela me olhou com uma expressão assustada e surpresa por não esperar que alguém fosse falar com ela, acredito eu. Quando me respondeu, percebi que sua voz era tão doce quanto ela parecia ser. –

— O-oi... É... Acho que estou... Mas não tão bem quanto gostaria... Mas não se preocupe, não estou passando mal. – Ela deu um sorrisinho breve. –

— Desculpe se estou sendo inconveniente, mas aconteceu algo? Posso me sentar? – Disse já me sentando. –

— É um assunto meio delicado e nós não nos conhecemos, não sei se seria uma boa ideia contar... Pode sim, não está me incomodando, acho que estava até precisando de companhia para não me afogar em lágrimas e mágoa. – Disse isso e deu um sorriso breve e triste. –

— Prazer, meu nome é Luan e o seu?

— Crystal, me chamo Crystal.

— Agora nós não somos mais estranhos, já sabemos os nossos nomes. – Ri brevemente. –

— É... não somos. – Ela riu. – Obrigada por se importar comigo, nem nos conhecemos e você foi bem prestativo.

— Imagina, eu jamais veria alguém assim e não me importaria em saber se está tudo bem. Aceita tomar um cafezinho comigo?

— É... Sim, aceito. – Disse meio tímida. Essa garota era simplesmente um charme! –

P.o.v. Narradora

Finalmente o destino trouxe alguém agradável para falar com a Floquinho. O papo dos dois foi bem agradável naquela tarde. Crystal acabou gostando da companhia de Luan, mesmo inicialmente ter se sentido incomodada. E Luan, por sua vez, adorou conhecê-la um pouco.
Após alguns minutos de conversa e do café, Crystal decidiu ir embora, porém, não trocaram telefone, nem redes sociais, nem sequer sabiam onde se encontrar novamente, ambos se despediram e seguiram com a lembrança da tarde agradável.
Mas, o que será que vem por aí? "Só saberemos nos próximos capítulos" Hahaha!!!

Olá meus amores!!! O que acharam desse capítulo e do anterior? Estão gostando? Comentem ai para nós sabermos.
O poema do início do capítulo foi escrito por um autor incrível o @guerrasantosbr, deem uma olhadinha nas obras dele e o sigam se possível. Tenho certeza que vocês vão amar ❤

Muito obrigada por serem os melhores leitores do mundooooo! Xoxo ❤

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