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Guardei meu material na mochila da escola e desci as escadas com a maior preguiça do mundo. Fui para a cozinha e encontrei o idiota do meu primo.

- Oi, tia Kat. - abracei minha tia e passei reto por ele. - Oi, mãe. Vou direto para a escola, estou sem fome.

- Eu te levo, priminha.

- Sua namorada vadia não ia gostar de saber que você anda comigo, nem os seus amigos, já que você não podem andar comigo porque isso rebaixa o nível de vocês. - falei sarcástica.

- Manuella, foi essa a educação que eu te dei? - meu pai apareceu na porta.

- Oi, pai, tudo bem? - forcei um sorriso.

- Manuella!

- Não vou pedir desculpa, esquece. - falei e tentei passar por ele.

- Ou você pede desculpa ou vai tirar a carta de motorista e ficar sem carro. Anda logo, você vai junto com ele para a escola, pede desculpa. - meu pai falou e eu me virei para o Jack, que tentava segurar o riso.

Idiota.

- Desculpa, Jack. - falei forçando outro sorriso.

- Vamos lá. - Ele apontou a porta de casa e eu fui.

Entramos no carro dele em silêncio e fomos assim até o colégio, eu estava me preocupando mais em me manter viva, ele parecia um louco dirigindo.

Corri para a sala e comecei a pesquisar sobre o trabalho de física.

- Lá está a senhorita certinha, sete da manhã e ela bancando a exemplar.

- Se eu fosse você faria o mesmo, eu vou fazer minha parte do trabalho, você se vira na sua, Mendes. - falei fazendo anotações no meu caderno.

- É? Você acha que o professor vai acreditar em quem?

- Meu amor, eu não preciso de nota, me garanto sozinha, diferente de você, né. - ri fraco e os outros riram dele.

- Ah sabe, o que eu acabei de pensar? O que acha de... - foi nesse momento que o professor entrou na sala. - Professor, o que o senhor acha da senhorita Milano dar aulas particulares para os alunos com dificuldade nas matérias todas as tardes?

- É uma boa, vamos agendar horários todas as tardes até o final do ano e ela, como ótima aluna ajuda vocês a se prepararem para o vestibular. - o professor me lançou um sorriso e eu ignorei. - Começando de hoje.

O resto da turma chegou e o professor estabeleceu ali na hora os horários e provavelmente toda a sala ia participar.

- Me salva disso, Lana, por favor. - falei para uma outra amiga minha.

- Você nem pôde dar sua opinião?

- Não. Me diz como eu vou conseguir lidar com isso? - falei e atendi o celular, era meu pai. - Oi, pai.

- Onde você está?

- Ah, pai, todo dia eu vou ter que ficar na escola, tenho que dar aulas para o pessoal da minha sala. - falei. - Resultado, não vou mais ter vida fora dessa escola.

- Quer que eu vá aí conversar com a diretora?

- Não precisa, quatro e meia eu chego em casa. - falei deixando minhas coisas na sala que me ofereceram para dar as aulas.

- Tudo bem, tchau, filha.

- Tchau, pai.

Desliguei o celular e os alunos começaram a entrar de pouco em pouco. Expliquei a matéria, fiz tudo e já era hora de ir embora, finalmente.

- Tchau. - Lana e Kylie me abraçaram e eu fui andando para casa. - O que você quer aqui?

- Conversar sobre nós.

- Primeiro, a partir do momento que você me traiu, não existe nós. Sai da minha casa. - apontei a porta e Derek me beijou.

Por que eu fui gostar dele? Logo dele!

Enemies//S.MOnde histórias criam vida. Descubra agora