37

138 9 9
                                    

- Olá, Luke. - cumprimentei um enfermeiro e fui direto para o meu consultório.

- Bom d... Você?

- Você?

Uns meses tinham se passado desde quando voltei e já tinha arranjado um emprego, pediatria sempre foi meu amor e não foi tão difícil arranjar um emprego.

Me sentei na minha cadeira e encarei Kylie e aquela criança de uns 5 meses que tinha os olhos exatamente iguais ao dele.

- Então...

- Só uma consulta de rotina para ver se está tudo bem. - Kylie falou colocando a menininha na maca, que logo começou a chorar. - Luna, não começa.

- Oi, Luna. - me aproximei.

Terminei a consulta e fiquei pensando no que tinha acontecido, já faz pelo menos um ano que os dois estão juntos. Saí dos meus pensamentos quando ouvi batidas na porta.

- Entra! - falei alto. - Ah, oi, Luke.

- Tudo bem?

- Vou dizer que sim para você não se preocupar. - falei rabiscando qualquer coisa no meu caderno.

- Só vim avisar que você não tem mais nenhum paciente hoje e que já pode ir.

- Obrigada. Luke... - chamei antes dele sair da sala. - Pode fazer o papel de meu melhor amigo hoje?

- Claro, vem cá. Me conta o que aconteceu...

- A menina que eu atendi ontem é fruto da traição do meu ex namorado e da minha ex melhor amiga. - falei quando ele se sentou ao meu lado.

- Não fica triste, ele que perdeu um mulherão como você. - o loiro me abraçou e eu deixei as lágrimas caírem livres. - Quer que eu te leve na sua casa?

- Pode ficar lá comigo? - perguntei não querendo ficar sozinha no meu novo apartamento.

- Posso sim.

Saímos juntos do hospital e fomos até meu apartamento. Ele tinha ficado na sala e eu fui para o quarto me trocar, mas vi a única coisa que não queria.

- Por que não está cuidando da sua família, afinal, você tem uma filha para criar.

- Me escuta, antes de falar o que não sabe. - Ele falou e eu revirei os olhos. - A Luna não é minha filha, a única vez que aquilo aconteceu, foi quando você viu, eu não tinha se quer beijado alguém naqueles seis anos que você esteve fora. Eu te esperei sim, Manuella. Ela praticamente me obrigou, naquele dia ela me embebedou e fez aquilo.

- Sai daqui, Shawn. Sai da minha casa, por favor.

- Eu não consigo ficar sem você, Manu, eu te amo e não foi culpa minha. - Ele falou e eu fechei os olhos.

- Não, você não me ama e nunca amou. Você sempre soube dos meus sentimentos e você brincou com eles. Você me usou de brinquedo, quando você quis, teve de mão beijada e quando cansou trocou por um novo.

- Não... Eu sempre te amei, você acha mesmo que eu seria capaz de fazer isso com você? - perguntou se aproximando.

- Não, não acho... Você fez, Shawn, você sempre me machucou e pensou só em si mesmo desde sempre.

- Só mais uma chance e eu posso consertar tudo. - tentou outra vez e eu só neguei.

- Vai precisar de muito mais do que só um "me perdoa".

- Eu vou conseguir, pode acreditar. Eu vou agora, mas eu volto, amor. - ele me roubou um selinho.

Enemies//S.MOnde histórias criam vida. Descubra agora