II. 1

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- Clary, para de chorar, por favor. Seu pai está fora e seus irmãos também não param. - Fiz carinho nela e senti Alice abraçando minha perna.

- Mamãe, eu quero o papai. - foi a vez da Alice começar a chorar.

- Eu sei, meu amor, mas ele está viajando, daqui uns dias ele chega.

- Vai demorar? - ela perguntou e eu não respondi.

- Boa noite, minha princesa. - coloquei ela na cama dela e sabia que Louis já tinha deitado. - Boa noite, crianças.

- Boa noite, mamãe. - os dois mais velhos falaram e eu saí do quarto.

Um ano se passou desde que ele me pediu em casamento, mas não, nós não casamos, eu queria casar depois da Clary nascer, mas há seis meses, quando ela nasceu, nós brigamos feio, voltei a morar no meu apartamento, trouxe as crianças comigo, desde lá nenhum dos dois correu atrás, ele entrou em turnê há dois meses e acho que não vamos mais casar.

Fui para o meu quarto depois de tomar um banho, deitei e fiquei pensando em tudo isso. Tirei minha aliança e deixei ela no criado mudo, não consegui segurar as lágrimas e acabei chorando até dormir.

Acordei ouvindo uns barulhos e percebi que eram as crianças tentando subir na cama.

- Oi, meus amores. - peguei os dois e fiquei olhando para eles.

- Mamãe, quando o papai volta?

- Não sei, filha, mas quando ele chegar eu levo vocês lá na casa dele, pode ser? Deixo vocês passarem uns dias lá. - falei me levantando.

- Mas e você? Não vai ver o papai?

- Eu tenho certeza que seu pai não quer me ver de novo. - entrei no quarto deles e peguei a Clary. - Voltamos ao tempo que ele me odeia e eu tento esconder meus sentimentos.

- O papai ama a mamãe e a mamãe ama o papai.- Alice falou e eu neguei.

- Eu amo seu pai, sim. Agora eu duvido muito que ele também me ame.

Eles não responderam só saíram do quarto e ficaram correndo e brincando pelo apartamento, amamentei Clary, tomei meu café e liguei para os meus pais.

- Podem vir cuidar das crianças? Preciso ir trabalhar, tenho plantão às oito.

- Claro que sim, vai ser um prazer cuidar deles. 

- Obrigada.

- Já estamos indo. - minha mãe falou e eu murmurei um ok, desligando em seguida.

Fiquei no quarto arrumando umas coisas do trabalho e minutos depois meus pais chegaram. Saí, fui para o carro e acelerei até chegar no hospital, descobri que tinha uma cirurgia de emergência para fazer e quase desmaiei quando peguei a ficha do paciente.

Shawn Mendes, 26 anos e 5 meses
Nascimento: 08/08/1998
Tipo sanguíneo: A-

- O que aconteceu com ele?

- Um acidente, pulmão perfurado pelo osso da costela. - um outro médico falou e eu assenti. - Não está muito fundo, não vai ter tantas complicações, sabe o que fazer, certo?

- Sim.

- Agora vai.

Entrei na sala de cirurgia e ele já estava anestesiado e sedado, tentei ignorar meu coração acelerado enquanto eu fazia a cirurgia. Horas depois eu terminei e me senti aliviada, tudo ocorreu bem, as enfermeiras levaram ele para um quarto da UTI e deixaram ele internado.

Fui para o meu consultório e fiquei o dia todo lá, atendendo uns pacientes e pensando nele.

Enemies//S.MOnde histórias criam vida. Descubra agora