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Maratona (2/7)

- Bom dia. - falei enchendo Brandon de beijos.

- Oi. Lembra o que aconteceu ontem?

- Brandon, eu acordei algemada na cabeceira da sua cama, é lógico que eu lembro. - falei e ele riu.

- Calma. - Ele pegou a calça da fantasia e tirou uma chave de lá. - Pronto.

- Obrigada. - dei um selinho nele e me levantei enrolada na coberta. - E obrigada pela noite.

- Vai repetir?

- Talvez. Sem compromisso e sem sentimentos? - falei me vestindo.

- Com certeza.

- Tchau, Brandon, te vejo depois. - peguei meu celular, meu sapato e saí do quarto.

- Olha quem chegou... Onze da manhã? - Ouvi a voz da Lucy assim que entrei no quarto.

- Oi... Desculpa.

- Com quem? - ela perguntou curiosa e eu mordi o lábio. - Ah meu Deus. Como foi?

- Por que você quer saber como foi ir para a cama com seu irmão?

- Quero saber como foi para você, não quero detalhes, credo. - ela falou e eu ri.

- Vou tomar um banho.

- Tá. - ela falou simples e eu fui para o banheiro.

Estava quase terminando quando ouvi meu celular tocando em cima da pia, deixei tocar, terminei o banho, me vesti e liguei de volta.

- Alô?

- Manu, por que não atendeu? - Ouvi a voz do meu irmão do outro lado.

- Estava no banho.

- Estamos com saudade, sabia? Todo mundo, até nosso primo e os meninos, ultimamente eles vêm aqui em casa para perguntar se podem tentar falar com você, mas o pai não deixa.

- Pode passar se quiser... quero ficar falando com você aqui para sempre.

- Melhor do que falar no telefone. Por que você não vai até o estacionamento B6?

- Por quê? - perguntei de volta.

- Sempre tem algo diferente, é praticamente uma área grande para exposições e vi que hoje tem algo legal.

- Ok. Vou desligar para ir lá.

- Tá. Tchau.

- Tchau, Noah. - coloquei o celular no bolso do shorts e desci correndo.

Fui pelas escadas mesmo até aquele estacionamento, nem sei porquê corri tanto, provavelmente duraria uns dias, mas continuei, assim que cheguei lá, senti lágrimas nos meus olhos.

- Ah meu Deus. - coloquei as mãos na boca e corri. - Vocês estão todos aqui.

- Princesinha. - meu irmão veio me abraçar.

Minha família, minhas amigas, todo mundo, inclusive meu primo e o Shawn.

- Noah... - passei minhas pernas ao redor da cintura dele e comecei a chorar.

- Vem cá. - Ele andou até nossos pais e eu os abracei com força.

- Eu morri de saudade. - falei depois de abraçar meus pais e as meninas. - Tio David, tia Kat.

- Oi, baixinha. - meus tios me abraçaram e eu sorri. - A Laura e a Molly estão no hotel, vem te ver daqui a pouco.

- Tudo bem, tio David. - olhei para o Jack e para o Shawn e fiz que não com a cabeça. - Eu juro que eu tento odiar vocês dois.

- Só tenta?

- Vocês são babacas, calem a boca. - falei e abri os braços. - Não vou ter que pedir né?

- Também te amamos. - Jack falou me abraçando e eu ri.

- Está quieto, o que foi, Shawnie? - perguntei me virando para ele.

- Só estava olhando uma coisa no seu pescoço. - Ele falou e eu lembrei.

Brandon.

- Não é nada.

- Manu, não precisa mentir, eu sei que você não sente nada por mim. - Ele falou e saiu andando, tentei ir atrás, mas meu primo me segurou.

- O que deu nele para fazer isso do nada?

- Ele está muito apaixonado por você, Manu, se é que ele não te ama, nunca falou nada, mas um dia ele postou em alguma rede social, uma letra de música escrita a mão e escreveu na legenda "Só esperando para te ver de novo, Baby M." - Jack falou e eu fui para perto das meninas.

- Vocês estão estranhas comigo ultimamente.

- Só estávamos com saudade. - As três me abraçaram e enquanto eu conversava com todos, fiquei pensando no Shawn.

Enemies//S.MOnde histórias criam vida. Descubra agora