Enquanto Johnatan saiu, fiquei conhecendo mais a casa, tudo aquilo estava me deixando admirado, era tudo lindo e com riqueza nos detalhes. Passei em frente a sala de cinema, resolvi assistir um filme, para poder passar o tempo e esperar Johnatan, vi um filme coreano, o filme se chamava Amor Incontrolável, era um filme LGBT, do jeito que eu gosto, romântico.
O tempo passou e acabei caindo no sono.Horas depois, acordo-me com John chamando.
-Sereia, acorda, fiz uma reserva num restaurante aqui perto, sei que você vai adorar, é um restaurante de comida francesa.
-Adorei a ideia, afinal nunca mais tinha comido um Petit gâteau, um macarons ou até mesmo um profiteroles. Acordei dos meus devaneios com Johnatan me sacudindo.
-Estava pensando em comida, não é mesmo?
-Claro que estava, você sabe muito bem que amo a comida do meu país.
-Do seu, não, nosso. -Diz ele com um sorriso no rosto. - O que estamos esperando, então? Vá tomar banho e se arrumar.
Confirmo com a cabeça, e vou direto para o banheiro, quando estou fechando a porta, Johnatan empata botando o pé na porta e fala num tom de malícia -Não quer ajuda no banho, amor?
Sorrio de lado, abro a porta, e dou espaço para ele passar, -Claro que pode, toda ajuda é bem-vinda. -Tento falar no tom mais inocente possível, mas pela cara de felicidade que ele fez, ele não levou na inocência.
Tiro a roupa primeiro e entro na banheira, horas depois ele também adentra. Estou ensaboando-me quando sinto a sua mão passando pelo meu peito, ele começa a beijar meu pescoço e isso me faz revirar os olhos, percebo onde aquilo vai parar, viro e começo a beijá-lo.
Horas depois estou dentro do closet escolhendo a minha roupa e a roupa de John.
Para mim, pego uma calça jeans, e um cropped na cor laranja, adoro essa roupa, amo mostrar a barriga, um tênis converse preto, e uma coroa de flores amarelas.
Para John, pego uma camiseta branca que deixa os seus músculos bem torneados, uma calça jeans preta e um tênis estilo basqueteira.Nos vestimos e quando estávamos indo a caminho da garagem, Johnatan lembra de algo e volta para dentro de casa para pegar o que quer que ele tenha esquecido.
Minutos depois volta ele com o "melhor amigo" dele, um chapéu azul, com um contraste roxo.
O encaro incrédulo -Você só sabe sair com esse chapéu? -Digo o encarando.
-Claro sereia, esse aqui é o meu parceiro, -Diz ele sorrindo e ajeitando o chapéu na cabeça.
Entramos no carro e partirmos em direção ao restaurante.
Chegando no restaurante, demos a chave ao manobrista e adentramos ao local de mãos dadas, o lugar estava cheio, e percebi alguns olhares de recriminação, mas nem eu, nem John estávamos nos preocupando com isso, afinal já estávamos acostumados com tal olhares.
Fomos em direção a moça que estava atrás de um balcão.
-Boa noite bem-vindos ao Le Jazz, vocês fizeram reserva? -Pergunta ela com um sorriso meigo no rosto.-Temos sim, está no nome de Johnatan Vlassov.
-Um momento, por favor, senhores, vou verificar aqui no sistema. Ela olha por um momento a tela do computador. -Achei, senhor, vocês estão na mesa delux, ótima escolha, senhor Johnatan, garanto que o seu namorado irá adorar, alguma data especial?
-Não, não só gosto de oferecer tudo de melhor para a minha sereia. Fala isso e despeja um beijo na minha bochecha.
A moça do balcão cora e solta um suspiro, -Vocês são muito fofos, queiram me acompanhar, é por aqui.
Andamos um pouco até chegar à nossa mesa.
-É aqui, senhores, tenham uma boa noite e bom apetite, em alguns segundos o garçom virá pegar o pedido de vocês, aqui está o cardápio. -Agradecemos e ela se retira.Ficamos nos olhando por um momento sem dizer nada. Quando o garçom pigarreia ao nosso lado e nos tira do nosso momento.
-Já escolheram o que vão comer?-Já, sim vou querer um Foi gras e você, Esdras?
-Vou querer uma quiche Lorraine, -Respondo olhando para o cardápio.
-E para beber?
-Traga o melhor vinho que vocês tiverem.
O garçom assente com a cabeça e pede licença.
Quando o garçom retira-se, Johnatan bota a mão num dos bolsos da sua calça e retira de lá uma caixinha azul, nesse momento começo a suar frio, meu coração começa a palpitar cada vez mais rápido, penso que meu coração irá sair pela boca. Apesar de estarmos juntos há séculos, ele nunca me pediu em casamento formalmente.
Ele bota a sua mão direita sobre a minha e olha nos meus olhos.
-Sereia, eu queria te fazer uma surpresa, sei que você vai adorar.
-Ele abre a caixinha e o que eu vejo lá dentro não era o que eu esperava, infelizmente não era uma aliança e sim uma correntinha dourada com um pingente de dois meninos de mãos dadas.
O olho e tento disfarçar a minha decepção com um sorriso, -É lindo, príncipe, eu amei.-O que foi sereia? Porque essa cara? Você não gostou? Se quiser posso ir lá trocar.
-Claro que não, amor eu amei, mas é que eu pensei que você ia me pedir em casamento.
Ele passa uma das mãos sobre o cabelo o botando de lado e fala, -Mas já somos casados amor.
-Mas não no papel, você sabe que meu sonho é me casar, entrar vestido de branco, com todos me olhando, a banda tocando a valsa nupcial, isso, para mim, é um sonho.
Ele ajeita novamente os cabelos
-Depois a gente ver isso, amor.
Quando ele termina de falar, o garçom chega com os pratos e o vinho.Nós comemos calados, de vez em quando ele me fazia algumas perguntas para tentar quebrar o silêncio, mas eu sempre respondia com palavras curtas.
Horas depois ele paga a conta e saímos em direção ao carro, mas em vez de ele pegar a rota de casa, ele pega outra direção, poderia ser novo naquele lugar, mas sou ótimo marcando caminho.
-Para onde vamos?
-Ele me olha e põe a mão na minha coxa.
-Vamos dar uma volta na praia. Concordo com ele, afinal não podia dizer que não, pois já estávamos a caminho.Pego meu casaco que sempre deixo no banco de trás do carro, pois sinto muito frio.
Desço do carro mas, fico assustado pois o vento não estava tão forte, estava até gostoso, então resolvo não vestir o casaco, amarro o mesmo na minha cintura.John me dá a mão e seguimos caminho para a beira da praia, sentamos na areia e ficamos admirando a lua cheia, ela estava linda com todo aquele seu esplendor no céu, iluminava todo o mar.
Johnatan pede para espera-lo, ele se levanta e alguns minutos depois volta com uma cerveja na mão, e volta a se sentar ao meu lado.
-Quer um pouco? -Pergunta ele apontando a garrafa em minha direção.
-Claro que não, você sabe que não gosto. -Respondo sem olhar pra ele.
Ele segura no meu queixo e vira a minha cabeça para eu olhar para ele, John suspira.
-Sei que você está chateado comigo, por causa do lance do casamento, mas entende o meu lado, sereia, você sabe que não gosto dessas coisas.-Dessas coisas? Ele se refere ao casamento como essas coisas?
-Penso nisso, mas fico para mim mesmo.
-Tudo bem amor, eu te entendo.
-Ainda bem, que você me entende, amor, não quero brigar, nossa noite foi tão ótima, não queria estraga-lá.
Dou um sorriso de lado e lhe dou um selinho. Ele levanta-se e me estende a mão.
-Vamos caminhar um pouco?
Confirmo com a cabeça, levanto-me e tiro o resto de areia que ficou sobre a calça.
Entrelaço minha mão na dele, e seguimos caminho pela areia.
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UNIÃO DOS MUNDOS Livro2
RomanceTudo estava indo bem até ocorrer uma mudança extrema de Johnatan o que será que aconteceu? Novo lugar, novos amigos, tudo novo, depois de séculos será que o amor entre Johnatan e Esdras ainda continua o mesmo?