ROUPAS

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Olha só, vocês ficam aqui embaixo d'água quando eu voltar com as roupas de vocês eu sopro essa concha, Vocês me entenderam? -Pergunto segurando a conha que acabará de achar na areia.

Os três confirmam e quando vão mergulhar eu chama a atenção deles de novo. -Olha só não apareçam na superfície por nada nesse mundo, pelo amor de Posêidon. Vocês me entenderam bem? -Pergunto novamente.

-Calma viado, bicha estérica, nos já entendemos, não foi tios?

Meus pais confirmam com a cabeça e mergulham, enquanto eu vou a alguma loja de roupas.

Estou andando pelo centro comercial quando avisto uma loja que tinha roupas lindas, adentro nela e logo uma atendente vem me atender.

Ela era gordinha de pele escura, um sorriso super encantador. -Tudo bem? Em que posso ajudar? -Fala ela vindo até mim.

Falo para ela que procuro roupas femininas para minha mãe e minha prima, ela começa a me mostrar várias roupas, compro todas que ela mostra, a final não sei quanto tempo eles vão ficar comigo, pago tudo com o cartão de Johnatan, se ele não me pediu de volta todo esse tempo então não tem problema em eu gastar.

Saio da loja cheio de sacolas quase que não aguentava carregar tantas sacolas, agora vou comprar roupas parar meu pai, entro na primeira loja de roupas masculinas e novamente compro várias roupas.

Volto para onde deixei meus pais e Eduarda, sopro a concha em segundos eles aparecem. Como sempre Eduarda já vem reclamando.
-Ai que demora, já estava ficando no tédio, pensei que não iria mais voltar.

-Eu estava comprando roupas, olha só. -Falo mostrando as sacolas nas minhas mãos. -Você acha que é fácil carregar isso tudo sozinho?

-Quantas coisas você comprou meu filho. -Fala minha mãe.

-Lógico dona Marina, não sei quanto tempo vocês iram ficar comigo, quero que depois que tudo isso passe vocês fiquem um tempo em terra firme comigo. Vocês iram amar.

-Tudo bem meu filho, vou gostar muito de passar um tempo contigo. -Fala mamãe me olhando.

-Eu também posso ficar um tempo em terra firme não é meu bem? -Pergunta Eduarda.

-Você ainda pergunta? Lógico que pode amiga, se quiser pode até trazer o seu marido.

-Ah que bom amiga. Deixa eu passar um tempo um pouco sozinha, depois eu chamo o Juno para passar um tempinho com a gente, mas por enquanto vamos focar em te ajudar.

-Tudo bem amiga, obrigado.

-Estamos perdendo tempo aqui, alguém pode nos ver. -Fala meu pai interrompendo a nossa conversa.

Concordo com ele e falo. -Vocês sabem algum lugar que vocês possam sair da água sem ser notados? Um lugar que não tenha ninguém? Pois vocês precisam de um tempo para secar-se e colocar as roupas.

-Eu conheço meu filho, tem uma gruta aqui perto, lá é de difícil acesso, ninguém vai lá, mas eu conheço uma entrada que ninguém conhece.

-Leva a gente até lá papai, vocês precisam se trocar.

-Vem filho entra na água que te levo até lá. -Fala meu pai.

-Se eu entrar as roupas iram todas molhar. -Falo levantando as sacolas.

-Temos que pensar em algo. -Falo tentando encontrar alguma solução.

-Tadinho tão lindo e tão burro. Nessa cabeça parece até não ter cérebro. -Fala Eduarda em tom de ironia. -Pede para Bené nos levar acéfalo.

-É mesmo. Humilha mais grossa. -Falo num tom ofendido.

-Sabe que te amo, moreno. -Fala ela sorrindo.

Chamo novamente meu velho companheiro e ele nos leva até a gruta.
Todo mundo seca-se e vestem as roupas. Ainda bem que acertei o número que cada um veste.

-Por Poseidon eu não sei andar andar. -Fala Eduarda tentando equilibrar-se sobre as pernas.

-Você faz parecer ser tão fácil Esdras. -Fala minha mãe.

-Aprendi do pior jeito mamãe. -Falo lembrando-me de como Johnatan me fez andar, tempo ruim.
Sou tirado de meus pensamentos com meu pai caindo na minha frente.
Vou correndo até ele e me agacho.

-Você está bem papai? -Falo preocupado.

-Estou sim meu filho, só me desequilibrei um pouco, não me machuquei pode ficar tranquilo. -Fala meu pai levantado-se aos poucos. O ajudo e ele já está de pé.

-Olha só gente não é tão difícil assim, vocês precisam por um pé a frente do outro, depois que vocês pegaram o jeito nunca mais esqueceram.

Ficamos dentro daquela gruta por horas, a Eduarda até que aprendeu rápido, mas meus pais estavam se desequilibrando muito. Depois de longas horas meus pais finalmente aprenderam.

Pego uma roupa da sacola e começo a passar no torso de Bené, a final de um pingo de água se quer respingasse em meus pais e em Eduarda, suas caudas voltariam. -Uma roupa jogada fora. -Pensou eu.

Me certifico que Bené está devidamente seco, e ajudo os três a subirem.

-Amigão preciso que você vá bem devagar para onde nos estávamos, para que não suba muita água. Pode ser?
-Falo fazendo carinho nele.

Ele relincha e sai bem devagar, quando saímos da gruta percebo que já é de noite.

-Nossa como a gente demorou lá dentro. -Fala Eduarda olhando o céu.

-Demoramos mesmo, o tempo passou tão rápido que a gente nem percebeu. -Falo concordando com ela.

Depois de alguns minutos chegamos onde queríamos, descemos de Bené com muito cuidado para não pisar na água.

-Obrigado novamente amigão, obrigado por sempre está comigo em todos os momentos. -Falo encostando minha cabeça na dele.
Ele relincha e mergulha.

-Vocês devem estar famintos não é mesmo? -Vamos a algum restaurante. -Falo virando minha atenção para eles.

Fomos a um restaurante e comemos, meus pais amaram as comidas terrestres, Eduarda repetiu três vezes.

Pego o primeiro táxi que passa na rua, nós entramos e passo o endereço de onde eu estou.

Depois de alguns minutos chegamos no hotel, eles ficaram maravilhados com tamanha construção.

Vou até a recepcionista e peço um quarto maior com duas camas de casal, fui acompanhado do concierge para meu antigo quarto pego minhas coisas e vou para o quarto novo.

Eles me perguntavam sobre tudo, era tudo novidade para eles, me faziam tantas perguntas que era até engraçado.
Finalmente nos deitamos e dormimos.

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