Capítulo 7

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27 de Julho de 2016

Acordei pela manhã na minha cama, olhei pro lado e estava sozinha, levantei-me e me encaminhei para o banheiro.

Fiz minha higiene, fui para o quarto de hóspedes e Gui estava dormindo, me aproximei da cama e me sentei ao seu lado com cuidado.

- Gui acorda. - O chamei. - Gui?

- Oi... - Ele abriu os olhos devagar e eu sorri.

- Já está na hora de levantar.

- Não vou trabalhar hoje.

- Mas você disse que ia.

- Não estou me sentindo bem.

- O que você tem?

- Não é nada, não precisa se incomodar.

- Não é incômodo Gui, me diz o que você tem. Você está sempre cuidando de mim, me deixa cuidar de ti.

- Só é um mal estar, eu devo melhorar logo. - Ele sorriu. - Vou fazer um café da manhã pra gente.

- Nada disso, você vai se deitar e descansar. Deixa que eu vou.

- Manu, eu...

- Não teima Guilherme.

- Está bem!

Dei um beijo na testa dele e me levantei, fui para cozinha, pensei no que fazer pro café e optei por panquecas.

Assim que ficou pronto, chamei o Guilherme que demorou um pouco para vir, assim que ele chegou se sentou e nós comemos.

- Gui está tudo bem mesmo?

- Sim, meu anjo.

- Não parece, você está meio amarelo.

- Eu estou bem.

- Vou te levar ao hospital e você não vai dar um pio.

- Manu não precisa.

- Guilherme você vai!

Levantei, fui correndo pro quarto, me vesti, peguei a minha bolsa e voltei para sala. Peguei a chave do carro e sai com o Gui, ele foi o caminho todo tentando me convencer de não ir ao hospital, mas não funcionou.

Quando chegamos encontrei uma amiga dele na recepção, ela nos olhou e se assustou ao ver o Guilherme.

- Chame os maqueiros! - Ela pediu pra recepcionista e se aproximou. - Avisem na hepatología que estamos levando um paciente!

- Hepatología? Você sabe o que ele tem?

- Guilherme, eu te avisei! - Os maqueiros vieram e levaram ele. - Avisem aos parentes dele.

- Ei, o que ele tem?

- Depois. - Ela falou me dando as costas.

RefúgioWhere stories live. Discover now