- O que? – Perguntei baixo.
- Isso mesmo, Ju é minha irmã. – Passei as mãos no cabelo. – Agora, será que poderia parar de me evitar?
- Gui... Eu... – Não conseguia falar.
- Você se desculpa? Não precisa, pequena. – Ele me abraçou.
- Por que nunca me falou dela? – Ergui a cabeça olhando para o rosto dele. – Teria evitado passar vergonha.
- Eu ia te falar, mas você não me deu tempo. – Sorri de lado. – O que ele estava fazendo aqui?
- O Pedro veio trazer os papéis do divórcio, eu assinei e ele vai levar pro juíz.
- Hum... Está com fome?
- Sim, estava indo almoçar agora.
- Bom, vim te buscar para almoçarmos.
- Vamos.
Fomos pro elevador, apertei o botão e as portas se fecharam, Guilherme me olhou sorrindo, virei-me para ele e abracei sua cintura.
Senti ele depositar um beijo em minha cabeça, olhei para o rosto dele, Gui olhava nos meus olhos, seus olhos brilhavam feito estrelas e aquilo de alguma forma encheu meu peito de felicidade.
Fiquei na ponta dos pés e o beijei, o beijei como se fosse a última vez que aquilo iria acontecer. Gui retribuiu o beijo intensificando-o e fazendo algo se acender em meu corpo.
Paramos o beijo em busca de ar, sorri para ele e voltamos a nos beijar, Gui me colocou contra a parede gelada do elevador, automaticamente liberei um gemido em seus lábios.
Arranhei a nuca do Guilherme, me pressionou mais o seu corpo contra o meu, ouvi o som do elevador e empurrei Guilherme, as portas se abriram e ele sorriu.
- Quase. – Ele riu.
- Idiota!
Saímos do elevador e fomos pra saída do prédio, Gui me perguntou aonde eu queria almoçar, nós fomos pro restaurante escolhido por mim, fizemos o pedido e ficamos conversando enquanto a comida não vinha.
- Não consigo entender. – Olhei para ele confusa.
- O que você não entende?
- Essa vontade que sinto de te beijar a toda hora. – Soltei uma risada.
- Você é doido, Guilherme.
- Não ri de mim.
- Então pare com essas bobagens.
- Está certo. – Ele sorriu.
- Acho que vou Para Miami.
- Miami? Mas por que?
- Viagem a trabalho com o meu chefe.
- Hum... Quantos dias?
- Quatro.
- Quando você vai?
- Ainda não sei, não tem nada certo, Gui.
- Entendi.
Ele não falou mais nada, almoçamos em silêncio, Guilherme não me deixou pagar a conta e pagou tudo sozinho. Ele me levou até a entrada do prédio em que trabalho, me deu um beijo na testa e se despediu.
- Gui? – O chamei e ele se virou.
- Sim?
- Não fica assim... – Me aproximei dele. – Eu gosto de você, será só uma viagem rápida com o meu chefe.
- Tudo bem, Manu.
- Ele não vai me beijar. – Ele sorriu. – Só você.
- Me deixou mais tranquilo. – Ri e ele me abraçou. – Vai lá trabalhar, meu anjo. Mais tarde venho te buscar.
- Está bem, bom trabalho.
- Obrigado.
Demos um último beijo, ele seguiu para o carro e eu para dentro do prédio. Trabalhei o restante da tarde, no fim do expediente Guilherme me buscou e me levou pra casa.
Tomei um banho, me vesti e fui pra sala, ele ainda estava escolhendo o filme que iríamos assistir, sentei ao seu lado e o vi para em um filme de terror.
- Pode ser esse?
- Sim.
- Ok. – Ele deu play.
Nós ficamos vendo o filme, toda vez que eu sentia medo apertava Guilherme, que ria de mim.
O filme já tinha acabado, estávamos vendo "Amizade Colorida", olhei pro Gui e beijei a bochecha dele, que me olhou e dei um selinho nele.
- É o que temos? – Ele me perguntou e sorri.
- Pelo que parece sim. Vai dormir aqui hoje, né?
- Hoje não.
- Por que não?
- Amanhã levanto cedo.
- Eu te acordo, dorme aqui hoje. – Joguei-me para cima dele, que riu. – Dorme vai, Gui.
- Está bem, chata.
- Não sou chata.
- Só um pouquinho, mas eu gosto assim.
Sorri e o beijei, Guilherme levou as mãos a minha nuca e a outra a minha cintura, passei minha perna por seu corpo e fiquei apoiada em meus joelhos.
Mordi o lábio inferior do Gui e imendei o nosso beijo, a mão de Guilherme passeou pela minhas costas, fazendo carícias.
Eu mantinha uma mão em sua nuca, dando leves arranhões, e a outra se encontrava em seu ombro.
Sentei-me em seu colo, sentindo pela primeira vez seu membro ainda por baixo da roupa, dei uma rebolada e ele arfou.
- Não faz isso. – Se referiu a rebolada que dei.
- Desculpa. - Dei outra.
- Manu...
Nos beijamos de novo, as coisas começaram a ficar mais quentes, mais intensas e eu não aguentava mais.
Guilherme não estava diferente de mim, tirei a blusa dele e passei as unhas por seu abdômen, desci os beijos por seu pescoço e ele se arrepiou.
- Manu tem certeza disso?
- Humrum.
- Olha pra mim. – Olhei para ele. – Quero que tenha total certeza, não quero que tenhamos uma noite maravilhosa e amanhã ao acordar sinta arrependimento. – Ele me fazia carinho, pensei bem sobre o que ele disse. – Você tem certeza?
- Não, desculpa Gui. – Fui sair do colo dele, mas ele me segurou.
- Está tudo bem, eu só quero que você sinta-se bem, pronta e tenha total certeza disso. Até lá, eu vou te esperar o tempo que for.
- Obrigada por ser assim. – Dei um selinho nele.
- Eu nunca vou te forçar a nada e nem fazer nada que te deixe mal.
- Você é incrível.
- Você é bem mais.
Deitei minha cabeça no ombro dele é fiquei sentindo seus carinhos, Guilherme vez ou outra dava beijos em meu rosto e em minha cabeça.
Não sei quanto tempo ficamos naquela posição, quanto tempo ele ficou me fazendo carícias, só sei que nao queria sair dali nunca mais.
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Refúgio
Romantizm"- Mamãe... _sua voz era falha_" "- Calma meu amor, a ajuda está chegando." "Tentou transmitir calma para menina que esta assustada, com medo, frio e dor. Não podia demonstrar que também sentia medo, que estava aterrorizada e sua maior vontade era d...