Capítulo 6

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- O que? – Perguntei baixo.

- Isso mesmo, Ju é minha irmã. – Passei as mãos no cabelo. – Agora, será que poderia parar de me evitar?

- Gui... Eu... – Não conseguia falar.

- Você se desculpa? Não precisa, pequena. – Ele me abraçou.

- Por que nunca me falou dela? – Ergui a cabeça olhando para o rosto dele. – Teria evitado passar vergonha.

- Eu ia te falar, mas você não me deu tempo. – Sorri de lado. – O que ele estava fazendo aqui?

- O Pedro veio trazer os papéis do divórcio, eu assinei e ele vai levar pro juíz.

- Hum... Está com fome?

- Sim, estava indo almoçar agora.

- Bom, vim te buscar para almoçarmos.

- Vamos.

Fomos pro elevador, apertei o botão e as portas se fecharam, Guilherme me olhou sorrindo, virei-me para ele e abracei sua cintura.

Senti ele depositar um beijo em minha cabeça, olhei para o rosto dele, Gui olhava nos meus olhos, seus olhos brilhavam feito estrelas e aquilo de alguma forma encheu meu peito de felicidade.

Fiquei na ponta dos pés e o beijei, o beijei como se fosse a última vez que aquilo iria acontecer. Gui retribuiu o beijo intensificando-o e fazendo algo se acender em meu corpo.

Paramos o beijo em busca de ar, sorri para ele e voltamos a nos beijar, Gui me colocou contra a parede gelada do elevador, automaticamente liberei um gemido em seus lábios.

Arranhei a nuca do Guilherme, me pressionou mais o seu corpo contra o meu, ouvi o som do elevador e empurrei Guilherme, as portas se abriram e ele sorriu.

- Quase. – Ele riu.

- Idiota!

Saímos do elevador e fomos pra saída do prédio, Gui me perguntou aonde eu queria almoçar, nós fomos pro restaurante escolhido por mim, fizemos o pedido e ficamos conversando enquanto a comida não vinha.

- Não consigo entender.  – Olhei para ele confusa.

- O que você não entende?

- Essa vontade que sinto de te beijar a toda hora. – Soltei uma risada.

- Você é doido, Guilherme.

- Não ri de mim.

- Então pare com essas bobagens.

- Está certo. – Ele sorriu.

- Acho que vou Para Miami.

- Miami? Mas por que?

- Viagem a trabalho com o meu chefe.

- Hum... Quantos dias?

- Quatro.

- Quando você vai?

- Ainda não sei, não tem nada certo, Gui.

- Entendi.

Ele não falou mais nada, almoçamos em silêncio, Guilherme não me deixou pagar a conta e pagou tudo sozinho. Ele me levou até a entrada do prédio em que trabalho, me deu um beijo na testa e se despediu.

- Gui? – O chamei e ele se virou.

- Sim?

- Não fica assim... – Me aproximei dele. – Eu gosto de você, será só uma viagem rápida com o meu chefe.

- Tudo bem, Manu.

- Ele não vai me beijar. – Ele sorriu. – Só você.

- Me deixou mais tranquilo. – Ri e ele me abraçou. – Vai lá trabalhar, meu anjo. Mais tarde venho te buscar.

- Está bem, bom trabalho.

- Obrigado.

Demos um último beijo, ele seguiu para o carro e eu para dentro do prédio. Trabalhei o restante da tarde, no fim do expediente Guilherme me buscou e me levou pra casa.

Tomei um banho, me vesti e fui pra sala, ele ainda estava escolhendo o filme que iríamos assistir, sentei ao seu lado e o vi para em um filme de terror.

- Pode ser esse?

- Sim.

- Ok. – Ele deu play.

Nós ficamos vendo o filme, toda vez que eu sentia medo apertava Guilherme, que ria de mim.

O filme já tinha acabado, estávamos vendo "Amizade Colorida", olhei pro Gui e beijei a bochecha dele, que me olhou e dei um selinho nele.

- É o que temos? – Ele me perguntou e sorri.

- Pelo que parece sim. Vai dormir aqui hoje, né?

- Hoje não.

- Por que não?

- Amanhã levanto cedo.

- Eu te acordo, dorme aqui hoje. – Joguei-me para cima dele, que riu. – Dorme vai, Gui.

- Está bem, chata.

- Não sou chata.

- Só um pouquinho, mas eu gosto assim.

Sorri e o beijei, Guilherme levou as mãos a minha nuca e a outra a minha cintura, passei minha perna por seu corpo e fiquei apoiada em meus joelhos.

Mordi o lábio inferior do Gui e imendei o nosso beijo, a mão de Guilherme passeou pela minhas costas, fazendo carícias.

Eu mantinha uma mão em sua nuca, dando leves arranhões, e a outra se encontrava em seu ombro.

Sentei-me em seu colo, sentindo pela primeira vez seu membro ainda por baixo da roupa, dei uma rebolada e ele arfou.

- Não faz isso. – Se referiu a rebolada que dei.

- Desculpa. - Dei outra.

- Manu...

Nos beijamos de novo, as coisas começaram a ficar mais quentes, mais intensas e eu não aguentava mais.

Guilherme não estava diferente de mim, tirei a blusa dele e passei as unhas por seu abdômen, desci os beijos por seu pescoço e ele se arrepiou.

- Manu tem certeza disso?

- Humrum.

- Olha pra mim. – Olhei para ele. – Quero que tenha total certeza, não quero que tenhamos uma noite maravilhosa e amanhã ao acordar sinta arrependimento. – Ele me fazia carinho, pensei bem sobre o que ele disse. – Você tem certeza?

- Não, desculpa Gui. – Fui sair do colo dele, mas ele me segurou.

- Está tudo bem, eu só quero que você sinta-se bem, pronta e tenha total certeza disso. Até lá, eu vou te esperar o tempo que for.

- Obrigada por ser assim. – Dei um selinho nele.

- Eu nunca vou te forçar a nada e nem fazer nada que te deixe mal.

- Você é incrível.

- Você é bem mais.

Deitei minha cabeça no ombro dele é fiquei sentindo seus carinhos, Guilherme vez ou outra dava beijos em meu rosto e em minha cabeça.

Não sei quanto tempo ficamos naquela posição, quanto tempo ele ficou me fazendo carícias, só sei que nao queria sair dali nunca mais.

RefúgioWhere stories live. Discover now