Capítulo 15

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Já tinha tomado banho, estava usando a camisa do Gui e o esperava sentada na beirada da cama, vi Guilherme sair do banheiro secando os cabelos com a toalha, ele me olhou e sorriu.

- Agora não precisa mais me dar bronca, seco o cabelo toda vez que saio do banho. - Ele falou sorrindo.

- Muito bem. - Sorri.

- Algum problema?

- Não... Está feliz com a notícia?

- Apesar dos pesares, sim e você?

- Estou, mas ainda não consigo acreditar que engravidei.

- Acredite, meu anjo, e dessa vez vai ser tudo diferente.

- Espero...

- Vamos dormir, você precisa descansar.

- Está bem.

Nós nos deitamos para dormir, abracei o Gui e fiquei encarando o teto do quarto até dormir. Na manhã seguinte levantei e Gui não estava na cama mais, fui ao banheiro, lavei o rosto e fui para sala.

- Boa tarde dorminhoca! - Olhei para o lado e vi o Gui, automaticamente abri um sorriso.

- Boa tarde? Que horas são?

- Meio dia e meia.

- Nossa! - O olhei incrédula, Gui riu da minha cara e senti meu estômago reclamar.

- Caramba, o que foi isso?!

- Meu estômago.

- Ual, se superou. Vamos sair para almoçar?

- Não dá...

- Por que não?

- Preciso voltar para o hotel, tenho que arrumar minhas malas e voltar para o Brasil.

- Achei que fosse ficar mais tempo aqui.

- Não, o aniversário da Gio é depois de amanhã.

- Então eu vou com você, não vou desgrudar da minha menina e do nosso bebê. - Sorrio.

- Ela vai amar te ver.

Guilherme foi para o quarto dele, fiquei na janela olhando a vista linda que ele tinha ali... Estávamos no aeroporto, Gui colocou a mão na minha barriga e fez carinho, olhei para ele e sorri com o gesto. Eu passei a viagem toda dormindo, só acordei algumas vezes para comer porque o Guilherme me chamava, ao chegar no Rio fomos direto para minha casa, deixei as malas em um canto e me deitei no sofá.
Já era o dia do aniversário da Gio, terminei de me arrumar e fui para o carro, onde Guilherme me esperava, nós passamos em uma padaria, compramos o bolo e fomos para o orfanato. Ao chegar a diretora pediu para conversar conosco, então fomos direto para sala dela.

- Bom dia, senhor e senhora Monteiro.

- Bom dia. - Respondemos juntos.

- Desculpe, mas qual é o motivo de ter nos chamado aqui? Aconteceu alguma coisa com a Giovanna?

- Não senhora. - Suspirei aliviada. - Chamei os senhores aqui, pois gostaria de lhes dar a notícia. Ontem a tarde recebi uma carta do juíz... - Fiquei tensa e não ouvi mais nada do que ela disse.

- Manu? Anjo você está bem? - O olhei perdida. - Está se sentindo bem?

- Sim, desculpe. Eu me perdi nos pensamentos.

- Ouviu o que a diretora disse? - Neguei e ele sorriu. - Conseguimos! Giovanna vai para casa com a gente, hoje mesmo! - Abri o meu melhor sorriso e o abracei apertado.

- Meu Deus! - Comecei a chorar.

- Parabéns! - Olhei para diretora que sorria. - As coisinhas dela já estão arrumadas, mas ela ainda não sabe.

- Obrigado, eu vou colocar no carro e depois vamos subir para cantar parabéns para ela.

A diretora apenas assentiu, saímos da sala e uma menina que trabalha no orfanato estava com as coisas da Giovanna, Guilherme levou para o carro e depois fomos para o quarto em que Gio dormia com as outras meninas. Assim que entrei a vi no berço já acordada, me aproximei devagar e ao me ver ela sorriu. Começamos a cantar parabéns para ela que só batia palmas, eu e o Gui assopramos a velinha por ela e depois a menina que cuidava especialmente de Gio foi cortar o bolo para todas.

- Mamãe! - Gio me abraçou mais uma vez.

- Oi meu amor. - Beijei sua testa. - Que saudade, eu estava de você! - Fiz carinho no rosto dela. - Olha quem veio te buscar para passear, o papai.

- Aah! - Gio soltou um gritinho animada e se jogou para o colo do Gui. - Papai, papai!

- Oi minha bonequinha!

- Bincar, bincar. - Ela chamou.

- Agora não filha, a mamãe vai te arrumar para ir passear com mamãe e papai.

- Eeeh. - Ela bateu palminhas.

Peguei Giovanna outra vez, dei banho nela e a arrumei, dei um beijo nas outras meninas e me despedi delas, fui para o carro com o Gui, coloquei Gio na cadeirinha e entrei no carro. Nós fomos a um parque, forramos uma toalha debaixo da sombra de uma árvore e ficamos brincando ali. Passou um homem vendendo algodão doce e Gio ficou olhando, o Gui comprou dois e entregou um para mim. Nós tivemos um dia agradável e bom, quando começou a anoitecer voltamos para casa, Giovanna estava cansada e dormiu no meio do caminho. Acordei ela para dar banho, dei banho nela, a vesti e a deitei no berço, Gui apareceu com a mamadeira dela e entregou a ela. Gio dormiu enquanto mamava, peguei a mamadeira, coloquei a tampa e deixei no cantinho do berço. Fomos para o quarto, tirei minha roupa ficando só de lingerie e senti o Gui me abraçar por trás.

- Está feliz?

- Muito amor! - Sorri. - Consegui a guarda da Gio, descobri que estou grávida de você... - Me virei para ele. - E recuperei o meu grande amor. Impossível não estar feliz.

- Estou me sentindo o homem mais feliz do mundo por ter vocês três em minha vida. - Sorrio. - Quero você não só como namorada, mas como minha esposa Manu. O aniversário é da Giovanna, mas quem vai ganhar presente é você. - Ele tirou uma caixinha do bolso e se ajoelhou. -  Sei que sou cheio de defeitos, mas que muitos deles te fazem sorrir quando está mal. Nossa relação não começou de um jeito padrão, mas quem liga? Ela foi e é a mais gostosa que já tive. Quando te vi sabia que teríamos algo juntos e quando eu me vi apaixonado por você, eu soube que você era a mulher da minha vida e que não seria mais uma que passaria por ela. O seu ciúme doido me faz bem, o seu sorriso me faz bem, você me faz bem. Eu te amo tanto que chega doer aqui dentro, mas é uma dor boa. - Sorri emocionada. - Emanuelle aceita se casar comigo e aumentar essa família que estamos começando?

- Ah, Guilherme... - Solucei. - É tudo o que eu mais quero, amor. Aceito. Aceito. Aceito. - Ele sorriu e colocou o anel em meu dedo anelar direito. - Eu te amo, te amo muito!

RefúgioWhere stories live. Discover now