Capítulo 9

6.6K 657 19
                                    

Fazia uma semana que o senhor Rogério tinha falecido, o Leandro não falava comigo há uma semana. Depois do velório ele se fechou no quarto do seu apartamento e não falou comigo mais. Eu fiquei ainda dois dias tentando falar com ele mais era impossível ele não queria ver ninguém. E quando completou uma semana exata após a morte do Senhor Rogério eu acordei de madrugada com o Leandro dentro do quarto sentado nos pés da cama com o Renato em seus braços, eu levantei e sentei ao lado. Ele levantou e colocou o bebê no Moisés ao lado da cama e foi em direção a porta para sair eu fui atrás e o abracei com força. Ele chorou e soluçava eu o puxei até que deitamos na cama com ele apoiado a cabeça em meu peito enquanto chorava perder alguém que a gente ama não é fácil. Então ele disse:
_Eu quero que você volte para sua casa, eu preciso de um tempo para mim.
_Eu não queria te deixar sozinho nessa situação, nada me prende naquela cidade você não pode ficar sozinho nesse momento.
_Eu sei mais eu preciso ficar sozinho preciso de um tempo só pra mim, organizar minha vida quero estar bem para poder cuidar do meu filho e de você.
_Leandro não se sinta preso a mim porque o seu pai pediu no seu leito de morte, cuidar do Renato já é o suficiente.
_Você ainda está magoada comigo pelo o que eu fiz?
_No começo foi difícil eu chorei dias e noites com medo de você querer tirar ele de mim. Mais eu ti perdoei porque você me deu a melhor coisa da minha vida. E me desculpe por ter pensando que você tinha fugido com ele.
_Está desculpada sei que foi na hora da raiva e eu te desculpo por isso.
_Obrigado!
                             ***
Eu tinha voltado para São José dos campos a um mês e a um mês eu não falava com o Leandro, Lucy me disse que ele voltou para a empresa e trabalha bastante fica até tarde na empresa sempre é o último a sair. Há dois dias eu tinha ido à cidade pagar umas contas e fui fazer uns saques em minha conta e tinha uma soma em dinheiro que quase cai para trás e estava no nome do Senhor Rogério era muito dinheiro eu não conseguia entender aquilo tudo. Tentei ligar para o Leandro por duas vezes mais ele não atendeu, e agora eu tentava novamente estava no quarto toque quando ele atendeu.
Ligação on
_Alô Leandro, você está podendo falar?
_Oi Alicia sim estou, aconteceu alguma coisa. Renato está bem?
_Sim está tudo bem, e que há dois dias eu fui verificar minha conta e tinha uma quantia em dinheiro muito grande e estava no nome do seu pai
_Há sim é meu pai deixou um testamento onde deixava aquele dinheiro para você, e tem outro que está em uma conta para  Renato pra quando ele tiver maior idade para fazer a faculdade dele um apartamento também aqui no mesmo prédio que o meu.
_Deus! Mais eu não quero esse dinheiro Leandro, vou mandar para sua conta e você faz o que bem entender dele.
_Não Alicia esse dinheiro é seu e eu não aceito ele de volta e você merece meu pai gostava muito de você. E assunto encerrado
_Tudo bem Leandro.
Suspirei derrota
Um silêncio se ponderou na linha...
_Final de semana eu vou aí para a gente conversar quero ver meu filho.
_Tudo bem pode vir ficarei esperando.
_Até sexta à noite.
E ele desligou
Eu iria sentir muita falta do Senhor Rogério. Ele me ajudou no momento mais difícil da minha vida, morava de aluguel em um barraco na favela atrás do shopping Aricanduva estava desempregada andando pela rua no centro da Paulista entregando currículos quando eu vi o Senhor Rogério entrando em um táxi e deixando cair a carteira dele. Eu peguei e guardei em minha bolsa, e quando cheguei a casa eu procurei por algum número de telefone ou endereço. Acabei achando um cartão de visita com nome, endereço e telefone dele.
Eu liguei para o número a cobrar para ele já que não tinha crédito, quando ele atendeu e eu expliquei que tinha achado a carteira dele e queria devolver ele ficou extremamente feliz. Combinamos de ele vir até minha casa, eu não queria que ele viesse até aqui mais ele insistiu disse que precisava muito da carteira naquele momento então ele veio no começo fiquei meio constrangida dele estar em minha casa, já que minha casa era simples de um cômodo onde não tinha geladeira nem mesa, somente um fogão velho um armário pequeno uma cama de solteiro remendada uma cômoda com um rádio e meus produtos de higiene. Ele pelo que vi reparou em tudo e eu me senti mega envergonhada
_Você mora aqui com quem?
_Sozinha Senhor.
_Você é muito jovem não deveria morar aqui, cadê seus pais?
_Eu não tenho.
Não iria contar pra ele sobre minha vida nem o conhecia.
_Você trabalha?
_Não senhor estou desempregada há meses
_Sinto muito por isso Alicia me dói o coração ver uma jovem tão bonita vivendo dessa maneira. Olha espero você às oito da manhã amanhã na minha empresa leve seus documentos eu vou te dar um emprego.
E foi ali que tudo começou o Senhor Rogério me estendeu a mão quando eu mais precisava me ajudou a comprar meu primeiro apartamento eu seria extremamente grata a ele.
Sai de meus pensamentos com o choro do Renato meu filho meu menino era minha vida, morreria por ele. Ele estava no berço e chorava forte provavelmente fome, mais eu precisava dar banho antes nele.
Minha rotina era acordar cedo fazer algumas das minhas encomendas enquanto Renato não acordava depois eu cuidaria dele até poder voltar com meus doces novamente.
                               ***
Os dias passaram rapidamente e logo chegou à sexta feira o Leandro chegaria a qualquer momento eu tinha preparado um jantar pra gente e tentava ao máximo manter o Renato acordado para ver o pai coisa quase impossível para um bebê de menos de dois meses.
Mais eu consegui quando ele chegou as 23h00min horas o Renato estava acordado e resmungava na sua língua de bebê, Leandro ficou completamente encantado com ele.
_Como você cresceu filho deixe me ver esses músculos? Meu Deus forte como um touro, está cuidando da sua mamãe? Não de muito trabalho a ela meu amor.
Ele falava com carinho ao Renato que retribuía em sorriso e resmungos, depois de meia hora nessa conversa ele se cansou e acabou dormindo no colo do pai que o colocou no berço depois. Estava cortando alguns tomates quando ele me agarrou pela cintura beijando meu pescoço, me fazendo perder o fôlego.
_Eu sinto muito a sua falta, do seu cheiro do seu beijo.
Ele disse me virando de frente e me beijando, com fome com desejo. Eu retribuo passei minhas mãos pelo seu pescoço e aprofundando o beijo ele me apertou a cintura passando as mãos pela minha bunda me esfregando em sua ereção. Ele soltou minha boca beijando meu queixo e pescoço.
Fazendo minha intimidade se aperta e  encharca minha calcinha. Eu o empurrei aquilo não podia acontecer não podia me entregar para ele, eu tinha medo de tudo acontecer novamente e porque raios o Leandro estava me beijando novamente daquele jeito eu não podia confiar nele.
_Nunca mais... Faça isso... Por favor
_Só foi um beijo Alicia, o que tem demais?
Ele disse me agarrando novamente e eu fugi do seu toque.
_Não faça isso Leandro me respeite, a gente pode ter um filho juntos mais eu não quero esse tipo de intimidade entre a gente.
Eu disse ainda meio desnorteada, querendo apenas não me machucar novamente, talvez ele esteja fazendo aquilo pelo o que o pai dele fez o prometer eu não podia cair em suas armadilhas novamente.
_Tudo bem não vai se repetir, me desculpe
Ele ficou me olhando por um tempo até dizermos juntos.
_Vamos jantar?
Rimos do nosso embaraço e nos sentamos para comer em silêncio.
Por mais que eu o amasse não poderia ficar com ele eu estava completamente quebrada meu coração estava machucado depois do que ele fez. E não seria fácil para mim me entregar novamente.
Depois que jantamos nos sentamos na sala e ficamos assistindo TV ele me contava dos seus projetos na empresa mais eu estava tão cansada que adormeci no ombro dele.

depois de você - Respostando Sem RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora