Capítulo 30

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3 anos depois..

Ricardo narrando:

Estávamos todos em casa e todos eu dizia, Eu, Victória e os gêmeos. Sim, nós acabamos tendo gêmeos logo após que decidimos ficar juntos. Foi um grande susto para mim, mas a felicidade veio logo após, os dois foram o meu maior presente.

João e Júlia, que tinham acabados de completar 2 anos de idade e eram a maior alegria da casa. Era incrível parar meu tempo de trabalho e conversar com eles, falavam como se entendessem de tudo, tão espertos e eu ficava tão orgulhoso e completo.

Victória, o meu grande amor, voltou para a faculdade e começou a cursar Direito como fazia, mas ainda trabalhava na academia, como gostava, pois todos os seus amigos estavam lá.

Guilherme viajou para fazer intercâmbio, queria estudar coisas novas e seu namorado iria com ele, dei todo o meu apoio e ele sempre liga para falar com os irmãos e de vez em quando com Victória.

E por fim, minha sogra estava vindo do Canadá, ver os netos pela décima vez no ano. Eu gostava muito dela, mas ela deixava as crianças loucas com tantos doces e brincadeiras. Mas os gêmeos eram tão apegados à ela, que era impossível intervir.

Logo saio dos meus pensamentos e observo Victória conversando com as crianças e os ensinando que eles devem arrumar tudo que bagunçam. Júlia fica quietinha observando a mãe falar séria, enquanto João tira meleca do nariz e passa no vestido da irmã.

— João, não! — Victória o repreende e eu decido me levantar logo que Júlia transparece que vai abrir o berreiro — Ela é sua irmã, não pode.

Júlia logo cai no choro, com as mãos nos olhos. Ela parecia estar com sono e então a pego no colo e João começa a chorar em seguida.

Esqueci de mencionar, João tem um grude inexplicável comigo, por ele eu apenas seria pai dele.

— Meu Deus! Nós vamos ficar loucos! — Victória dizia meio nervosa com a situação — preciso tomar um suco de maracujá.

Victória sai correndo para a cozinha e eu pego João no colo também.

Enquanto eu caminhava pela casa com os dois no colo quase dormindo e Victória tirando uma soneca no sofá, percebo o quão maravilhosa minha vida se tornou, em todos os aspectos. Minha empresa só progride a cada dia, eu amo minha mulher a cada dia que a vejo acordar com seu sorriso espontâneo e sou imensamente grato aos filhos que tenho, todos três. Não tinha nada que eu queria reclamar, eu vivo feliz todos os dias, era mais do que satisfatório.

Quando dou por mim, as crianças já estão dormindo bem aconchegantes nos meus ombros e as levo para o seu quarto. Eu e Victória decidimos colocá-los no mesmo quarto, para aprenderem a dividir tudo e serem seus fiéis amigos em noites de trovão. Nós queríamos aquilo, pois fomos filhos únicos a vida inteira e para eles não seria assim, teriam a oportunidade de crescer com seu melhor amigo.

Após deixá-los em suas perspectivas camas, vou para a sala e pego Victória no colo, a levantando para o nosso quarto. Era nítido o seu cansaço e eu sabia respeitar isso, depois que decidimos ficar juntos e formar uma família, eu sabia que tudo seria muito além do sexo. Era saber a hora de falar, contar as frustrações e alegrias, sentir a alegria do outro, aconselhar e dar uns belos esporros também. Nós somos um casal e tanto e não tinha nada mais magnífico que isso.

Logo em seguida me deito ao lado dela, fazendo cafuné em seu cabelo e sinto seu corpo se juntar com o meu. E ali, naquela tranquilidade, acabamos pegando no sono.

[...]

Victória narrando:

Vou despertando do meu sono ao ouvir um coro de choro de longe, pois já era noite. O quarto das crianças ficavam no mesmo corredor, mas um pouco para o final.

O Pai do Meu Melhor Amigo  [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora