A semana passou num flash. Aulas e mais aulas nas minhas costas. Castiel sumiu durante aquele tempo, até fiquei com medo de que houvesse acontecido algo a ele. Su estava cada vez mais obcecada em conquistá-lo e eu começava a ver nele fortes traços de sua humanidade. Cass olhava para as meninas com um ar de amizade e carinho. As meninas começaram a se abrir comigo depois que descobriram que eu e o anjinho não tínhamos caso algum. Me contaram sobre como ele era gentil e algumas admitiram uma atração além da amizade por ele, e, nessas situações, eu ria. Castiel nunca tinha caído em pecado, uma vez ele quase fora pego, mas foi forte e superou aquilo. Ele queria se manter puro, queria se manter anjo.
Logo já era sábado. Meu aniversário de dezesseis anos era naquele dia. Eu acordei, olhando o sol pela janela. Me senti mais adulta, se é que isso era possível.
- Bom dia!
Dean irrompeu no quarto sorrindo como uma criança. Ele carregava algo nas mãos.
- O que é isso?
- Um presente.
Ele me entregou uma caixinha pequena embrulhada em jornal. Quando a abri, senti que aquele era um dos momentos mais felizes e importantes da minha vida. Eu olhava do conteúdo ao Dean e do Dean ao conteúdo. Estava sem voz, sem palavras. Uma aura de felicidade pairava a meu redor e eu abracei meu novo pai.
- Dean! Que lindo! Qual é? Onde você pegou?
- Digamos que ainda tem umas lojas legais abandonadas por aí...
Retirei as chaves do meu novo carro do pacote e as admirei como se fossem ouro. Era o passaporte para a vida adulta e eu abri um sorriso que ia de orelha a orelha.
- Gostou?
- Amei!
Saltei em seus braços e o abracei.
- Quer ver qual é?
- Quero.
Me levantei da cama tão rápida quanto um jaguar. Dean me abraçou novamente. Nem liguei para os pijamas... aliás, nem me lembrei deles. Fui com Dean até a garagem ainda com roupas de dormir.
Quando chegamos, vi um carro novo, bem la no fundo. Era um jipe preto, blindado, com janelas escuras e um grande espaço interno. O porta malas era cheio de símbolos anti-demônio e anti-anjo, e continha tambem uma armadilha do diabo. Abaixo do fundo falso havia um inventário de caçador.
- Olha... pode não ser o carro com o qual você sonhou, mas...
- Calado! É lindo! Dean eu amei!
- Sério?
- Sério.
De repente, Dean fez uma cara séria, pegou em meu braço e me arrastou para trás do carro.
- Achamos o colt.
- Pra que?
- Pra matar Lúcifer, ora!
- O colt não mata Lúcifer, Dean.
- Como assim? Claro que mata!
- Não, Dean... Não mata.
- E como você sabe disso? - Disse num tom desafiador.
- Morte me contou.
- E você confiou nele? Ele não quis matar Lúcifer!
- Ele não pode! Ele falou com Deus! Olha só! Falar com Deus... Deus não deixou. Deus acha que seu filho já foi longe demais... imagine o que é isso pra ele! Deixar que matem o filho! Ele deixou essa oportunidade pra nós! Para aprendermos com nossos erros, Dean.

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Um anjo em minha vida
AléatoireMeu nome é Megan e eu vivia em meio ao apocalipse croatoan. Meu pai morreu quando eu era bem nova, afetado pelo vírus, e eu fugi para um campo na cidade. Crescemos com o passar dos anos, e aos meus 15, eu conheci um homem que mudaria minha vida para...