"Eles se tornavam parte daquele irreal mas penetrante e emocionante universo que é o mundo visto pelos olhos do amor."
[...]
-Não precisa ter medo de mim, bebê. Não vou te fazer nenhum mal.
-Disse ele, já bem próximo de mim.-Eu só quero um lugar para dormir.
-Digo, sentindo minhas mãos tremerem de medo.-Irei adorar ter você aqui, bebê.
Diz com um tom de voz diferente. Era o mesmo tom de voz que o Eliel usava comigo.
-É sério?-Pergunto, sentindo o sorriso em meus lábios se alargar.
-Claro, Mas sabe que terá que me dar algo em troca, não sabe?-Sinto seu sorriso no meu pescoço e suas mãos no meu cabelo.
-Algo em troca?-Estou confusa.
-Oque o senhor quer?-Oh! Não me chama de senhor, bebê. Não sou tão velho! Ainda irei fazer quarenta anos na semana que vem.
Ele sorri.
-Me chame de Telmário, É bem melhor e, respondendo sua pergunta: Depende do que você queira me dar.
Ele se afasta e me analisa, mordendo os lábios.
-Irei aceitar com o maior prazer.
-Mas, eu nem tenho nada para dar em troca.-Abaixo minha cabeça pela vergonha.
-Nenhum dinheiro...-Isso não é verdade. Você tem muito para oferecer, mas vou deixar você pensar um pouquinho.
-E eu vou poder ficar aqui?
-Pergunto esperançosa.-Sim! Claro que vai. Tenho um pequeno quartinho logo ali atrás do bar.
Ele vai até uma mesinha, e abre uma gaveta tirando de lá uma chave pequena.
-Aqui está.-Me entrega.
-O quartinho não é lá essas coisas, mas é melhor que ficar por ai na rua. Prometo passar lá para te ver logo que terminar as coisas por aqui. Você é tão linda, Loirinha!Diz e leva sua mão para acariciar meu rosto, me afasto e ele fecha a cara.
-Vá logo.
Saio correndo, literalmente, dali. Aquele homem me dá medo. Ele não tem olhos bons. São totalmente estranhos e cheios de maldade. Eu preciso ficar aqui, não posso está exposta na rua. Ainda estão atrás de mim e sei que se me acharem irão me levar para o tal desconhecido na Turquia.
Caminho em direção da tal casinha.
Ele disse que é logo atrás daqui do bar, então Não deve ser difícil de achar. Ando e ando até que ao fundo consigo ver um pequeno quartinho.Olho em volta e abro a porta com a chave que ele me deu e assim que a porta se abre vejo um colchão meio sujo no chão, roupas jogadas em um pequeno sofá velho e algumas daquelas caixinhas de cigarro. Me aproximo mais e fecho a porta. Vejo que tem um banheiro com chuveiro e só.
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Resgatando Para Amar[LIVRO CONCLUÍDO COM SUCESSO]
Roman d'amourO acaso que não transformou apenas uma vida, mas sim duas e para toda a eternidade. Rodrigo: um homem com uma vida corrida, cheio de problemas e sem um pingo de felicidade. Ele era direto, frio, curto e sério. Ele não sabia o que era felicidade, não...