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A G N E S     C A S T I E L

Dois grupos de busca iriam sair para tentar achar alguma coisa. Michonne era a líder do nosso quarteto de busca,  que era composto além de mim e Carl, por um homem de meia idade, o qual eu não sabia o nome.

- Aonde vamos? - questiono me sentando no banco atrás da mulher e ajeitando a arma e facas nos coldres e bainhas em minhas pernas.

- Em uma cidade que Rick achou a alguns meses, ele não vasculhou tudo por causa dos mortose estavam passando na região. Por isso, vamos tomar cuidado! A viagem vai ser longa e talvez vamos parar para descansar.

O carro foi ligado quando as portas se bateram. O vidro ao meu lado foi aberto e eu fechei os olhos ao sentir a brisa fresca bater contra meu rosto e bagunçar meus cabelos.

- O que foi? - questiono depois de sentir que alguém me encarava e encontrar Carl me encarando.

- Nada, só te admirando!

- Vira para frente garoto. -  digo brincando com ele. - Vou dormir, quando chegar me falem.

Fecho o vidro do carro mais uma vez e escoro minha cabeça no mesmo, deixando o cansaço tomar o lugar da dor fina de cabeça que eu estava sentindo.

_

Os solavancos insistentes contra meu ombro me fizeram acordar do sono profundo que eu estava e amaldiçoar quem quer que fosse que estivesse me atrapalhando.

- Dorminhoca, acorda. 

Carl

- Só mais 5 minutos, Carl...por favor!

- Precisamos de você, levanta por favor!

Resmunguei algumas coisas e me estiquei no banco de trás, enquanto abria meus olhos aos poucos me acostumando com a falta de luz que havia. Como o Carl quer que eu ajude se estava escuro?

Me sentei no banco e olhei ao redor, estava realmente muito escuro e a única coisa que iluminava era o farol do carro,  que por sua vez estava virado de frente para uma loja de conveniências de beira de estrada, lotada de ervas da ninha em sua frente, tapando assim sua entrada.

- O que que tem que fazer?  - questiono ao descer do carro com a faca em mãos.

- Matar os zumbis que estão lá dentro. - o homem que havia vindo conosco diz. - São uns dez pelas contas da Michonne.

- Como vamos fazer?

- Ela vai abrir a porta e chamar eles para longe, vamos indo por trás e matando eles. Ok?

- Ok! -dou mais uma esticada e uma estralada nos ossos das minhas mãos e preparo a faca, ficando escondida junto com o Carl  e o homem atrás de alguns latões que antes se colocava lixo.

Michonne abriu a porta e chamou a atenção dos zumbis, que a seguiram loucos por um pedaçode carne fresca. Aquela era nossa hora de agir. Acerto minha faca na cabeça de um dos mortos e vejo ambos os homens aparecerem ao meu lado, me ajudando a matar. 

- Lanternas e bolsas! - Michonne diz abrindo o porta malas.

Cada um pegou uma lanterna e duas bolsas, não sabíamos a quantidade de coisas que haviam lá dentro, mais poderia ser muita coisa ou não. Era arriscado nos dias que viviamos, mas era uma das formas de vivermos.

Deixei minha lanterna presa a um boné que eu encontrei e comecei a pegar tudo que eu via nas prateleiras e no chão, sem parar para olhar se era algo importante ou não para a comunidade. As tão sonhadas pastas de dente de Michonne apareceram, 3 caixas. Ela ia amar.

Ouço um barulho vindo do fundo da loja de conveniência e paro o que estava fazendo, andando devagar e com a arma destravada. Carl e Michonne pegavam as coisas do outro lado da velha loja, ou seja, se fossem zumbis, eu teria que lutar até eles cosneguirem chegar e me ajudarem. Segurei a maçaneta e a girei.

Um cheiro horrível, muito pior do que o que já estava no ar veio ao encontro das minhas narinas. Nenhum zumbi. Havia uma caixa de papelão no canto, perto de um pano todo sujo e com restos de comida, um saco de ração velho e água - que por sinal estava vindo do teto - Puxei a tampa da caixa e me dei de cara com um filhote  de cachorro, ao lado dele tinha o corpo do que parecia ser a mãe dele, morta.

Me abaixei e coloquei a mão esperando ele vir até mim e com muito medo ele veio. O peguei no colo e verifiquei se havia mais algum, mais não tinha, nem mesmo algo que desse para usar tinha.

- O que é  isso? - Michonne pergunta assim que eu saio de dentro do quartinho. Mostrei a ela o pequeno animal encolhido em meio aos meus braços e ela sorriu. - Carl! Ele vai amar.

Carl apareceu segundos depois, com suas mochilas em mãos e com um saco transparente na outra.

- Vem ver! - ele se aproximou de nós e abriu um grande sorriso quando viu o cachorro.

- Onde...?

- Nos fundos,  eu ouvi um barulho e fui ver o que era, pena que a mãe dele não sobreviveu.

- Vá para o carro e dê água e algo para ele comer. Eu e o Carl terminamos aqui.

Peguei a mochila que Carl havia enchido e uma minha  e me encaminhei para o carro,  deixando as mochilas dentro do porta malas e entrando no carro.

Denise tinha feito sanduíches para nós, então eu peguei o que era para ser meu e dei a ele, que comeu rapidamente me fazendo soltar um largo sorriso. Estava morrendo de fome. Procurei uma tampa qualquer para colocar água a ele mas não achei.

- Preciso de... - olho ao redor e tento achar alguma coisa que pudesse me ajudar.

Um retrovisor velho e sem o espelho. Perfeito.

- Aqui garoto! - abaixo o recipiente e ele começa a beber.

Espero que tenham gostado.
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BEIJOS E FUII

Where It All Began | ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢ| ᵖʳⁱᵐᵉⁱʳᵃ ᵗᵉᵐᵖᵒʳᵃᵈᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora