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A G N E S    C A S  T  I  E  L

Acordei no meio da noite com o coração acelerado e assustada. A luz abaixo da porta me deu a quantidade necessaria de brilho para poder descobrir onde eu estava. Enfermaria, mais uma vez em semanas.

Havia vozes e passos de lado de fora do quarto que estava dividindo com outra pessoa. Encarei o medidor cardiaco e vi
que havia um papel pregado logo abaixo dele, pareciam ser os dados da pessoa.

- Droga! - exclamo sentindo a dor em minha barriga.

Mais um maldito corte para a coleção de tantos outros eu já tinha em minhas costas e barriga. Eu só esperava que os Wolves estivesem mortos e que Carl e as outras pessoas da comunidade
estivessem bem. Não suportaria os perder.

Eles tinham trago os mortos de minha antiga comunidade. Eles haviam levado meu pai e alguns dos meus amigos mortos para Alexandria e me fizeram os matar, me fizeram ver no que eles
tinham se transformado.

Limpo as lágrimas e jogo meus cabelas para trás, me levantando da cama e seguindo para fora do quarto.

A nova médica estava cuidando de um homem quando me viu. Ela caminhou até mim e sorriu fraco.

- Está tudo bem? - ela questiona. - Está sentindo alguma?

- Estou bem! Como as coisas estão?

- Bom, os mortos derrubaram o muro, mataram pessoas, outras se feriram - ela encara os homens e mulheres deitadas nas camas - No fim, deu tudo certo.

- Carl está casa?

Seu olhar mudou e ela ajeitou seus óculos no rosto.

- Denise, Carl está em casa?

- Ele levou tiro na noite que o muro caiu.

Engulo seco e me escoro na parede. Um tiro. Carl tinha levado um tiro.

- Onde... onde de está?

- No quarto lá em cima, o primeiro à direita.

Passo por ela subindo os degraus e abro a porta que tinha sido indicada pela médica. Rick estava sentado ao lado do filho, segurando sua mão enquanto Carl tinha um curativo grande no rosto, tampando olho direito.

- Carl! - minha voz trêmula chamou a atenção de Rick e ele se
levantou. - Como aconteceu?

- Ron atirou antes de morrer. Estávamos no meio da horda nas ruas e tudo ruiu em segundos... Jessie, Ron, Sam, todos os trêsmorreram na noite que os muros caíram. Senta aqui!

Me sento na cadeira que antes era ocupada por Rick e seguro a mão de Carl, deixando um carinho ali. Ele não podia morrer. morrer. Não podia, perder ele também.

Eu gostava dele, mais do que já havia pensado em gostar de alguém. Gostava da maneira que eu me sentia em seus braços, da forma que eu me sentia protegida e mais leve. Ele era meu porto seguro que eu não podia perder.

- Quantos dias que ele está assim?

- Dois dias! - ele conta - Denise conseguiu estabilizar ele, retirar a bala e o deixar vivo ainda assim. Ela foi incrível!

- Eles estavam aqui por minha causa. - digo - Devem ter me seguido e esperado para matar e acabar com...

- Para – ele pede se abaixando ao meu lado - Carl me disse que você sofreu nas mãos deles, mas nunca, nunca pense que é sua culpa, o  que aconteceu tanto com você quanto com a comunidade. Daryl disse que eles devem ter achado um mapa velho e a bolsa de Aaron com as fotos, uma que caiu em uma das buscas dos dois.

Concordo com um aceno fraco e volto minha atenção para Carl.

- Eu gosto dele! - conto - Acho que como Maggie e Glenn se gostam.

Rick sorri e afaga meu ombro.

- Ele também gosta de você, do jeito maluco dele mas gosta. Vou deixar vocês sozinhos! Cuide desse seu machucado também ou ele nunca bai cicatrizar.

- Pode deixar!



Where It All Began | ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢ| ᵖʳⁱᵐᵉⁱʳᵃ ᵗᵉᵐᵖᵒʳᵃᵈᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora