C A R L G R I M ES
Maggie e Michonne deixaram a casa ajudando Agnes a andar por causa do ferimento que insistia em não parar de sangrar. Os cabelos rebeldes e cacheados de Agnes estavam amarrados por uma piranha pequena que não conseguia segurar toda a quantidade de cabelos que ela tinha.
Sua expressão de dor me fazia querer tirar tudo que ela estava sentindo e passar para mim, para que ela parasse de sofrer apenas um segundo no meio daquele mundo de merda que estavamos vivendo.
Abro a porta da enfermaria e deixo as três entrarem. Agnes engoliu seco e eu pude ver pete se afastar do móvel em sua frente.
- Pete por favor. - Michonne pede colocando Agnes sobre a maca.
- Não vou ajudar. Não ela. - ele diz e a única coisa que eu vejo é o vulto da Maggie partindo para cima dele.
- Você vai ajuda-la sim ou eu mesma falo para a Deanna que você recusou ajudar e ela manda te matar. - Maggie ameaça. - Ela já está puta com você e mais um escorregão e você morre ou vai ser mandado embora sem absolutamente nada.
Vejo o médico engolir seco e concordar relutante.
- Tá. Eu..Eu ajudo.
Pete se aproximou de Agnes e desenrolou e cortou o resto do curativo, pegando a agulha e a linha logo depois. Os gritos de Ag eram altos o suficiente para que do outro lado da comunidade as pessoas escutassem e a força que ela estava colocando em minhas parecia que ia quebrar meus ossos em um só aperto.
- Pronto. Agora saiam daqui. - peguei Agnes no colo e saímos da enfermaria, de volta para minha casa.
- Me põe no sofá por favor. - ela disse e assim fiz.
- Vou buscar a água e o remédio para você tomar e uma blusa para vestir. - Michonne diz indo para a cozinha e logo depois indo para o andar de cima e voltando com a blusa.
Agnes bebeu toda a água junto com o remédio e logo depois trocou de blusa. O machucado era feio. Era como se algo tivesse atravessado a cintura dela e feito um risco fundo que ia até o outro lado. Sua barriga e pernas tinham outras cicatrizes além daquela. As quais eu tinha certeza que foi os tais W que fizeram.
- Você tem que descansar. O remédio vai fazer efeito e você ai conseguir dormir.
- Obrigado Michonne!
Me sentei ao seu lado no sofá e a vi fechando os olhos, que pareciam estar pesados e minutos depois ela estava dormindo feito um anjo. ela apenas foi tombando para o lado depois de 5 minutos e já estava dormindo.
Michonne e Maggie deixaram a casa logo depois de me ajudarem a arrumar o corpo de Agnes sobre o sofá. Encobri seu corpo com a coberta que sempre ficava sobre o sofá e me sentei no chão em sua frente.
"Ela era minha." Ela era a garota que eu tanto tinha esperado, era com quem eu queria poder viver o resto da minha vida e ser feliz como Glenn e Maggie eram.
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- Carl? - olhei para a porta da cozinha e encontrei Agnes parada, com o rosto cheio de sangue.
- O que aconteceu com seu rosto? -passo a mão sobre a camada fina de sangue que descia pelo nariz e limpo um pouco do liquido vermelho. - Por que está cheia de sangue?
- Não sei. - seus dedos seguram minha blusa com força e ela começa a chorar. - Eu vou morrer Carl.
- Para de falar isso. Você não vai. De onde você tira isso?!
- Eu vi Carl. Eles estão vindo.
- Como assim viu?!
- É como se algo me avisasse que eles estão vindo. Vindo atrás de mim. Eu sinto que eles estão cada vez mais próximos e que quando me acharem, vão me matar.
A abraço com força mesmo sem entender e beijo seus cabelos.
- Eu já disse. Eu não vou deixar anda acontecer com você.
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Abraham estava parado na porta de casa com sua arma em mãos, conversando com Sasha quando eu apareci e desci as escadas.
- Carl pode ir! - ele diz me entregando a arma e saindo com Sasha ao seu lado enquanto conversavam animadamente.
Era meu horário de ficar de vigia no muro atrás de casa, o momento que eu podia usar finalmente a arma e dar cabo nos mortos, antes que eles chamassem ainda mais atenção. O Sol já estava mais baixo e mais fraco, me dando o melhor horário para poder ficar ali.
O barulho de algo caindo me chamou a atenção e segundos depois eu pude ver a cabeleira castanha que eu tanto conhecia.
- Tara. - ela me encara. - Fica aqui só um minuto por favor.
- Fico. Onde vai?
- Resolver um probleminha - digo pulando o muro e caindo do lado de fora, correndo para a mata logo depois.
- Carl volta aqui! - Tara grita do posto do vigia.
Parei na entrada da "floresta" e fiquei quieto escutando os barulhos que saiam de lá. Comecei a correr novamente quando um grito cortou o silêncio.
- Agnes! - grito chamando sua atenção, ela vira para trás e volta a correr com sua mochila nas costas. - Agnes espera!
Com um pouco de dificuldade eu consegui a alcançar, mas os zumbis apareceram e nós rodearam. Os corpos podres foram caindo um por um e quando eu pensei que tinha acabado, um apareceu atrás de Agnes e a agarrou. Caminhei até ela e o morto e o puxei pela camisa, vendo o corpo podre desgrudar do dela e enfim poder enfiar a faca em sua cabeça.
- Por que saiu da comunidade? Por que fugiu? - ela se afasta - Fala!
- Me deixa. - ela se vira e sai andando.
- Mais que porra! - exclamo baixo enquanto guardava a arma . - Volta aqui.
- Não sou um cachorro para fazer o que você manda. Você não é diferente deles, você se acha o rei, mais não é. - toda sua atenção estava para mim e então fui me aproximando e ela levantou a faca - Eu vou ir embora, você não vai me impedir, nem você nem ninguém. Sai daí Daryl!
Daryl saiu detrás de uma das árvores com sua besta apontada.
Como?
- Agnes, vamos voltar. - ele diz - Conversar com calma e...
- Não. - ela diz com a voz firme - Vocês vão, eu vou ir embora.
Aaron apareceu atrás dela com os passos lentos e silenciosos e lhe deu uma coronhada, fazendo seu corpo cair no chão sujo de folhas como uma fruta podre do pé.
- Leve ela pra dentro e fique de olho pra que ela não fuja mais. - Daryl pede enquanto se afastava.
Oi Oi
Espero que tenham gostado e se gostaram, não se esqueçam de votar e comentar. Se puderem divulguem a história, vamos fazer ela crescer.
Beijos e fuiii
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Where It All Began | ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢ| ᵖʳⁱᵐᵉⁱʳᵃ ᵗᵉᵐᵖᵒʳᵃᵈᵃ
Novela Juvenilᵖʳⁱᵐᵉⁱʳᵃ ᵗᵉᵐᵖᵒʳᵃᵈᵃ Um mundo destruído pela morte vinda de um vírus, mudou as pessoas de várias formas. O medo passou a consumir cada ser vivo. Eles corriam riscos a cada segundo ou respirada. Uma simples mordida ou arranhão mudava tudo. Seu coração...
