Capítulo 9.2

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Saint Rivers


Já se passava das três da manhã quando resolvemos ir embora. Tive que pedir um táxi, eu não tinha condições de ir embora dirigindo e Noah menos ainda, e muito menos sabia se ela tinha carteira de motorista.

Durante o caminho ela pronunciava palavras desconexas, repetia que estava enjoada e com fome diversas vezes, achei melhor levá-la para o meu apartamento ao invés de deixá-la no dormitório. Vai que ela passa mal? Ao menos no meu apartamento eu estarei por perto e a Valentina também.

Foi uma tarefa árdua carregar Noah até meu apartamento, ela adormeceu no meu ombro e tirá-la do táxi sem acordá-la foi só um mero detalhe, difícil mesmo foi conseguir entrar no elevador com ela apagada em meus braços.

Pela segunda vez eu estaria faltando aula e pela primeira vez eu me sentia feliz por isso, só não sabia porquê.

Pela segunda vez eu estaria faltando aula e pela primeira vez eu me sentia feliz por isso, só não sabia porquê

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Noah Clark

Tentei abrir meus olhos, não consegui.

Pisquei duas vezes seguidas antes de tentar forçar a minha vista a identificar onde eu estava. O quarto era escuro, tinha um tom forte de azul, quase marinho, era estranho e não era familiar.

Me sentei na cama com dificuldade, meu corpo todo doía. Nunca mais eu bebo, disse para mim mesma.

Meus olhos analisavam cada parte daquele quarto que caberia o meu dormitório todinho dentro, era enorme e seja lá a quem pertencesse esse quarto, ele era bem de vida.

— Ai meu Deus! — Dei um grito, quando meus olhos pausaram no relógio em cima da mesa de cabeceira da cama. Eu perdi a aula, merda.

Nunca mais eu bebo. Mais uma vez eu estava repetindo isso para mim mesma.

Saltei da cama e mais um grito escapou da minha boca. Eu estava vestindo apenas uma camisa preta masculina.

Ai meu Deus, Noah.

Bati na minha testa inconstante vezes tentando de me lembrar de algo que eu possa ter feito na noite anterior, nada.

Eu simplesmente não me lembrava de nada.

Saí do quarto as pressas e pela terceira vez no dia gritei, gritei ao ver o monumento escultural parado de costas para mim, completamente nu, olhando para baixo como se estivesse procurando por algo no chão da sala.

Ele se virou. E mais uma vez eu gritei.

— Por que você está gritando sua louca? — Saint indagou.

Minha boca estava aberta, meus olhos estavam arregalados observando a nudez de Saint a poucos passos de mim.

— Merda — grunhiu ele, olhando para baixo e se dando conta do motivo de eu estar paralisada. Imediatamente ele pegou o travesseiro e cobriu sua frontal, trazendo-me de volta a si e perdendo a melhor visão que eu vi hoje. — Desculpa Noah, eu... só desculpa.

Batida Perfeita | DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora