Amor Bandido II

Capítulo 67

                Paola narrando

Era hoje, o dia do meu casamento. O meu segundo dia de glória eu que já tinha me casado uma vez  estava nervosa, imagina Caroline que iria se casar pela primeira vez.

- Ai cara de sagui, vira aqui pra eu consertar teu vestido. - Rafaela falava na gentileza de sempre dela.

- O vestido está bom em mim? - perguntei.

- Está sim, você tá linda cunha! Este vestido caiu super bem, simples mas bonito, sou estilista meu bem.

- As coisas mais lindas estão na simplicidade.

- Arrasou viada!

Logo Mari e Lorraine chegou com Caroline, ela estava linda demais. A noiva perfeita, lembrei de mim a alguns anos atrás, ai que saudade.

- Você está uma princesa minha linda. - a abracei. - Meu filho soube escolher tão bem.

- Obrigado minha sogra. - as lágrimas caíram em seus olhos.

- Não chora, vai borrar a make profissional que eu fiz. - Lorraine falou toda debochada.

- Cala a boca sua galinha. - dei risada.

Eu iria entrar com meu pai na igreja, e Carol iria entrar com Bn. Dei mais uma revisada na minha maquiagem, estava linda, resolvi deixar meus cabelos soltos naturais mesmo. Estava me sentindo leve assim, ainda mais que iríamos casar em uma igreja ao lado de um jardim botânico, adoro.

- Miguel tá querendo entrar pra ver a noiva. - Mari gritou.

- Não, ele tá louco? Dá azar. - Rafaela falou.

- Segura essa menino aí, tranca a porta piranhas. - falei.

As meninas lutando pra não deixar Miguel entrar e eu morrendo de rir, tô tão emocionada. Casar sozinha já é bom, casamento duplo é melhor ainda. Chamei até Mari e Rafa pra casarem também, mas a desculpa de Rafaela foi que não queria estragar a vibe e que já era feliz sem casar com CL, e Mari disse que estava bem só em "namorar" com Jp.

Minha norinha começou a chorar lembrando dos pais e eu fui até ela.

- Ei.- segurei em sua mão. - Fica tranquila minha linda, eu sei que dói tudo o que você está passando, já passei por isso, mas pensa assim... você está casando com a pessoa que você ama, e meu filho também te ama, eu conheço aquele menino travesso, e ele te ama, pode até ser um cabeça oca, mas é um menino gentil e amoroso.

- Obrigado Paola. - me abraçou. - Você tem sido a mãe que eu perdi, ter você por perto é a melhor coisa, e eu vou parar de chorar se não vou chega no casamento parecendo a bruxa do 71.

Não aguentei e ri, eu só ando com gente doida igual a mim. O bom de morar em favela é isso, aqui a felicidade é garantida. As vezes eu paro e penso que fiz as escolhas erradas, eu sei, mas dá nem tempo de sofrer com essa família maravilhosa e esses amigos loucos.

Podem chamar meu amor de tudo que quiserem, de vagabundo, ladrão, bandido, mas é ele que eu amo, ele que é meu amor bandido!

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               Coringa narrando

Peguei meu paletó preto e vesti, coloquei minha gravata cinza e estava mó gato. Novidade isso né? Sempre fui lindo.

- Pai me ajuda com essa merda aqui. - Miguel se referia a gravata.

- Burrice, aprende a dar um nó na gravata. - dei risada.

- Falou o palhaço. - revirou os olhos.

Dei o nó e ajeitei a gravata do meu filho, ele estava tão lindo, puxou mais a mãe do que a mim.

- Tô orgulhoso de você meu moleque, saiba que as vezes que  fui duro contigo, foi porque você era vacilão e eu só queria seu bem, te amo meu bebê!

- Eu também te amo paizão! - me abraçou.

- Estraguei o momento viadagem. - Jp entrou no quarto.

- Seu cu.

- Você quer ele. - JP piscou pra mim.

Miguel ficou reclamando porque as meninas não deixaram ele entrar no quarto e ver a noiva, mas que abastado, parece que não assistiu novela e não sabe que não pode ver a noiva antes do casamento.

- Deixa Paola e foge comigo. - Jp apertou minha bunda .

- Para gay, porra. - dei risada.

- Neguinho tá chamando lá em baixo. - CL falou.

- Já? Nem respirei direito. - falei.

- A gente tem que chegar antes das mulheres né cabeça oca! - Jp falou.

- Ah tá bom, deixa eu só pegar minha arma. - fui até minha pistola e coloquei na cintura.

- Não vei, tu é demente né? Vai levar uma arma pro casamento de novo. - CL falou e todo mundo riu.

- Tomar no cu, vou levar sim. Minha bebê vai comigo pra todo lugar.

Saímos em direção a igreja, estava todo feliz, iria me casar pela segunda vez com a minha princesona, minha rainha.