Capítulo 31

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                JP narrando

Cheguei em casa após voltar da festa de casamento de Coringa. O tempo todo eu olhava pra Mari, ela estava linda, com um brilho no olhar não sei se ela estava diferente ou eu que nunca reparei isso.  Até pensei em ir falar com ela, mas não queria estragar meu dia levando um fora dela. Eu a amo, posso ter vacilado, mas não posso negar eu a amo mais que tudo, ela e Maria Júlia são os grandes amores da minha vida.
E de uma coisa eu sei, nenhuma vagabunda vai superar minha mulher , se é que posso chamar ela de mulher ainda!

Me deitei solitário, Maju ainda estava na rua sei lá onde e eu estava só em casa.. O que adianta vei? Tu ter várias mulheres na cama, mas a que você ama não estar presente. Porra nenhuma.

Já ia pegando no sono, quando o filho da puta do vizinho ligou o som.

Trancado no meu quarto, sem você ao meu lado eu penso nas coisas que passamos juntos..
Não paro de chorar, não paro de pensar  a solidão invade o meu coração... Onde quer que eu esteja, eu vou lembrar de você é difícil esquecer, você foi embora logo na hora que eu mais precisei  de você..
Você foi embora e agora só ficou lembranças, estou sozinho perdido com a esperança estou arrependido te pedindo pra voltar  te juro meu amor que tudo vai mudar.
se você me der uma chance eu prometo que nunca mais vou errar vamos viver o recomeço pra sempre vou te amar.

Essa música tocou minha alma
Peguei minha arma coloquei na cintura.
Fui até a casa em que ela estava correndo , ainda com um pingo de esperança no meu coração.
Cheguei perto e vi ela conversando com um cara no portão, era o tal de Maicon ele morava no morro mas não era envolvido. Ela sorria,  conversava e eles riam.
Me deu vontade de atirar nele , e acabar com a droga da vida dele. Mas sabia que não tinha esse direito.

O problema era comigo, eu que não fui homem o suficiente pra perceber a mulher que eu tinha em casa e fui procurar outras na rua!

Será que eu perdi minha mulher pra sempre?
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                CL narrando

- Mel sua boca tem o mel e melhor sabor não há, que loucura te beijar.- cantei no ouvido de Rafaela.

- Esses três dias estão me fazendo
refletir e pensar no quando eu te amo. - ela disse e eu sorri.

- Você é tudo pra mim Rafa.. Me perdoa?

- Porque?

- Por eu não te dar uma vida fora do tráfico, uma vida decente. Mas é a única coisa que eu aprendi na vida.

- Eu sei amor. - acariciou meu rosto. - Você gosta de mim, isso é o que me importa. E além do mais eu já te conheci no crime, e eu escolhi assim. Até porque não teria como eu fugir dessa realidade, meu pai era traficante, meu irmão também.

- Mas eu podia arranjar um trabalho, ou algo digno. As vezes tenho medo de sair de casa e não voltar mais.

- Para Caio, eu te amo. E nada disso vai te acontecer! - nos beijamos à luz da lua.

Eu realmente estava me sentindo culpado, eu tive que matar um homem por não pagar dívidas em drogas . Acham que eu me sinto bem tirando a vida dos outros? Acham que eu quis entrar nessa vida por opção?

É claro que acham, todo mundo acha! "Ah é bandido porque é vagabundo"   "Ah , entrou por que quis"

Realmente entra no crime quem quer , mas será que quer mesmo ou necessita?
Onde eu estaria agora se não tivesse entrado na bandidagem.. Talvez mendigando na rua. Mas sei que minha falecida mãe preferiria isso pra mim, ao invés de me ver traficando drogas e armas e matando gente.

Mas eu sou um traficante diferente tá ligado? Não gosto de usar drogas, admito que já usei mas parei assim que vi o estrago que essa porra fazia! Não gosto de trair e nem bater em mulheres .

Porque se tem uma coisa que eu acho nessa vida, é que mulher é um ser e não um objeto! Pode ser a mais puta que for merece respeito. Sabe porque? Porque todos nós erramos nessa vida traiçoeira cara,

E eu tô aqui pra aprender!

- Pensando em quê? - Rafa chamou minha atenção.

- Na vida e no quanto você é importante pra mim! - sorri.

- Eu tenho sorte.

- De?

- De ter encontrado o bandido com coração melhor desse mundo.

- Ô fofa . - baguncei os cabelos dela.

- Porra, CL bagunçou! - resmungou.

- Porra, CL bagunçou! - a imitei.

- Tu tá querendo apanhar!

- Só se for na cama.

- Ah é. - me puxou e me beijou ferozmente.

- Atrapalhei o casal?- Gui nos interrompeu .

- Vem ficar com a gente filho. - Eu disse.

Guilherme sentou do nosso lado e ficamos abraçados. Eu amo minha família.

           CL sempre tão fofo! 😻

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