𝓬𝓱𝓪𝓶𝓪𝓭𝓪 𝓸𝓷
— O que você quer me acordando às três da manhã, Bruno?
— E que eu não consigo dormir! Eu estou muito nervoso pro jogo de amanhã! — Jogo? O que ele está falando? — Vai ser bem emocionante! E queria saber se você vai me ver?
— Não vou! Boa manhã, tchau Bruno!
— Nossa quanta antipatia, não sei porquê você é assim comigo! — Faltou escorrer açúcar pelos meus ouvidos!
— Tenho coisas para fazer amanhã! E não sou antipático, já viu a hora? Poiser, quer atenção pede pra mãe!
𝓬𝓱𝓪𝓶𝓪𝓭𝓪 𝖔𝖋𝖋
Na sala de teatro com as minhas confidentes de vida, me sento do lado das meninas que sempre indagam a mesma pergunta:
— Anastácio, quando é que vai contar pra gente que está rolando alguma coisa entre você e o Bruno?
— Olha só, garotas, não está rolando nada demais entre eu e Bruno! — Meu sorriso é convincente.
Eu achei que seria fácil sair daquela conversa, mas tudo acabou com a estranha presença do Drácula chegando perto de onde sentávamos. Bruno não se contentou em só chegar perto, mas sentou atrás de mim, me envolvendo em suas pernas fortes e torneadas em uma calça jeans, enquanto tocava em minha cintura, cumprimentando as garotas, e me deixando puto e sem reação do que estava acontecendo.
— Bruno, aqui não é a sua mesa! A turma dos idiotas fica no meio da algazarra! E o que é que você está fazendo errando o lugar, sentando atrás de mim? — Espetei a sua mão.
— Aí, seu bruto! Eu vim ver você! — Bruno depositando um beijo na minha bochecha — Estou no lugar errado? Eu não acho! Na verdade, aqui é bem melhor, macio e gostoso! — Eu mato esse garoto.
— O que é que você pensa que está fazendo, Bruno?
— Vim suplicar de novo que hoje tem jogo! vai querer me ver? — Diz, pegando a minha maçã.
— Não posso, tenho muita coisa para fazer, ao contrário de você, que só joga contra times ruins e elogia um bando de vagabundas peitudas que não têm o que fazer! Sem ofensas, garotas... E além disso, o jogo vai começar quando eu ainda estiver na apresentação de projetos da cúpula.
— Sério? Que chato! — Bruno cobre metade do meu rosto e apoia a cabeça no meu ombro — Garotas, vocês podem liberar o Anastácio para ele me ver jogar?
— Vocês estão loucas, suas pestes! Eu não vou poder ver o jogo de ninguém! Isso é sem condição! Estamos cheio de trabalho pra fazer!
— Não adianta Anastácio! — Diz Bruno tampando minha boca — As meninas já falaram que seguram as pontas para você. Eu te espero às 15:30 hrs na arquibancada Anastácio, porque se eu fizer um gol e você não estiver lá... O caldo vai engrossar, e você sabe como é quando ele engrossa.
— Caí fora daqui! Que a única coisa que vai engrossar é a minha mão no seu pescoço! — Disse expulsando-o e olhando com odio pras meninas.
𝓪𝓽𝓸 𝓭𝓮 𝓮𝓼𝓬𝓾𝓵𝓱𝓪𝓶𝓫𝓸 𝐼 — A vontade que tenho é de dar um pikete em cada vagabunda dessa mesa! Rapaz, a gente tá cheio de coisa pra fazer, e vocês um bando de abutres, nem pra ajudar a despachar aquele espírito ruim que tava nessa mesa. Mas não!! ficaram lá se derretendo como em um lote de satanás para aquela criatura.
- Mas a gente consegue segurar as pontas, e você também sempre faz demais pelo nosso grupo, e nunca descansa! E não vai fazer nenhum mal, faltar um membro na cúpula dessa vez.
𝓪𝓽𝓸 𝓭𝓮 𝓮𝓼𝓬𝓾𝓵𝓱𝓪𝓶𝓫𝓸 𝐼 𝐼 — Ela disse nenhum mal? Vocês têm que se fuder na bandeja, suas cão! Esqueceram que vai ter apresentação de Slide e a vagabunda do diretor vai estar lá para averiguar nosso processo? Quando é que vocês vão acordar pra vida, e entender que nossos projetos nunca foram aceitos? E a Jaqueline, predileta daquele velho de chapa, vai vir em peso para cima da gente, e não podemos ficar fora mais uma vez! Então, não! Sinto muito, Bruno, mas eu não irei ao jogo!
ƈσɳƚιɳυα...
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Você me bate? Eu te soco! E depois da detenção, se pagamos atrás das árvores
RomancePara debaixo dos panos, Eles nunca imaginariam que houvesse esse combinado. Como dois mundos tão distintos à luz do sol poderiam dar tão certo no sigilo da noite? Parece clichê as brigas que o filho perturbado da bibliotecária tem com o astro imatu...