21 de dezembro

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O aeroporto era enorme. Estava cheio de pessoas a correr de um lado para o outro como formigas desorientadas num mundo demasiado grande para elas. Jake estava maravilhado com tudo aquilo, e estava extremamente entusiasmado por ir andar de avião pela primeira vez, para passar o Natal com um lado da família que nunca conhecera.

Estava maravilhado com as pessoas que andavam com grandes malas com rodinhas pela mão até que viu a sua mãe a falar com uma senhora desconhecida. Pouco depois ela aproximou-se de Jake, do seu pai e dos seus avós e anunciou, com um suspiro:

— O voo atrasou-se, vamos ter de esperar.

— Já sabia que isto ia acontecer, temos um azar daqueles... - coneçou o pai.

— Porque tens de ser sempre tão negativo? Se sabias antes, que ia isso mudar? - retribuiu o ataque a mãe.

Poucos segundos passaram e já estavam a discutir, sobre os olhares de desaprovação dos avós de Jake que tentavam acalma-los.

Jake estava triste. Ele só queria um Natal feliz, queria conhecer o resto da família e andar de avião, não que a família discutisse ali à sua frente por algo tão fútil assim. Pela sua cabeça passou-lhe o mito das estrelas cadentes concederem desejos e a história da estrela brilhante que guiava os reis magos. Precisava neste momento de um desejo concedido e algo que guiasse a família ao amor e à união, então fechou os olhos e desejou. Quando os abriu, viu um feixe de luz a passar em frente dos seus olhos.

Poderia ter sido apenas um avião, mas isso não interessava, pois desde que ele acreditasse que era uma estrela cadente e que haveria amor, união e esperança naquele Natal, as coisas brevemente se resolveriam em paz.

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