20 de dezembro

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Era o primeiro Natal de Mary desde a sua adoção. A rapariga de 8 anos estava muito feliz por finalmente estar a descobrir a alegria do Natal.

Tinha construído o pinheirinho de Natal com os seus novos pais, tinha ficado encantada com as luzes, fitas e decorações tão bonitas. Tinha comido um chocolate por dia até ao Natal e também havia provado chocolate quente e biscoitos em forma de estrela. Tinha feito um boneco de neve pela primeira vez e ainda aprendera a embrulhar prendas com a ajuda da mãe.

Agora era dia de Natal e ela estava maravilhada com todos os familiares que havia conhecido e com todas as prendas que recebera. No entanto, o que mais a deixava feliz e lhe aquecia o coração é que finalmente tinha uma família, pessoas com quem partilhar a alegria do Natal.

No entanto, entristecera-se ao lembrar-se dos seus amigos do orfanato que não tinham nada daquilo, que não haviam celebrado a altura natalícia com tanto ânimo e não tinham uma família que os amasse.

— Mamã... Podemos ir visitar os meninos do orfanato? E levar-lhes prendas?

— Oh, filinha... Já está a anoitecer...

— Por favor...

— Vá, é Natal, temos de partilhar - meteu-se o pai na conversa- Vamos rapidamente à loja de brinquedos antes que feche e damos um salto no orfanato.

— Tens razão... Os amigos do orfanato eram a sua única família antes de nós- concorda a mãe.

Agasalham-se e compram alguns brinquedos na loja, que depois embrulham com papéis e laços coloridos. De seguida deslocam-se ao orfanato, onde Mary rapidamente corre para os seus amigos com um sorriso e começa a distribuir prendas por todos, espalhando a magia do Natal em cada canto do velho edifício.

O verdadeiro motivo da felicidade das crianças nem eram as prendas, mas sim a pequena Mary que se lembrara delas no dia de Natal.

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