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LONDON
AMMAR.

Revirei os olhos e sai de meu quarto, descendo as escadas e indo em direção à porta. Podem dizer que tudo que eu estava fazendo era drama, mas eu odeio quando eu peço algo para as pessoas e elas não fazem.

Encostei minhas costas na porta e bufei.

— Cameron, vai embora — Murmurei.

— Não antes de você me perdoar — Ele falou do outro lado da porta.

— Você está no lugar errado, a casa do caralho é em outro lugar.

Poderia não ter visto, mas senti que Cameron revirou os olhos.

— Por que você é tão difícil, porra?

— Caralho, você é mais chato do que alface que enrosca no último bracket do aparelho — Falei — Nós vemos outro dia, passar bem — Ia voltar para meu quarto, porém fui impedida pelo berro dele:

— Eu fiz um rap pra você! — Franzi o cenho — Um rap do perdão, me deixa cantar.

É mais fácil eu morrer sem perdoar ele do que ouvir ele cantar.

— Você não desiste mesmo, né?

— Quando se trata de você, não mesmo. — Um sorriso se formou nos meus lábios.

— Canta logo essa porra.

Ele começou a fazer tipo um beat box com a boca.

[ n/a: leiam em um ritmo de musica, beleza? ]

— Fui um idiota e disso eu já sei, você me chamou de otario e ainda de cuzão, então estou aqui e te fiz essa canção. Te gosto pra caralho e perdi o sinal! Me perdoa por favor, ou pega no meu pau — Arregalei os olhos — Essa parte ficou estranha, mas vamos revelar, deixa de ser a cuzona e me deixa logo entrar! Sua mãe tem um problema, disso tudo bem, só me deixa remendar a briga que causei!

Fiquei um tempo sem dizer nada e logo gargalhei alto, abrindo apenas uma fresta de minha porta e olhando para o mesmo com um sorriso no rosto.

— Isso foi um lixo — Fui sincera e seu sorriso se desmanchou — Mas eu gostei.

— Que ótimo, então agora eu já posso entrar? — Ele perguntou esperançoso.

— Não — Respondi — O assunto da minha mãe é super pessoal, e eu tenho uma fobia aguda de pessoas se metendo em minha vida.

Ele bufou.

— Você usa sua ironia pra afastar as pessoas.

— E mesmo assim você ainda está aqui, agora vá pra tua casa, cacete! — Ele olhou pra mim com os braços cruzados e depois empurrou a porta com uma mão, me puxando pela outra — BARBARA ELE TA ME SEQUESTRANDO!

Gritei por minha irmã porém ele continuou me puxando até chegar ao portão de minha casa e abrir a mesma.

Quase tropecei com a velocidade que ele estava, porém não falei nada.

— Você precisa disso — Ele apontou pro céu.

Eu, hein.

— É melhor eu me afastar, vai que isso é contagioso — Virei as costas porém ele me puxou de novo — O que você quer?

— Quer agir difícil? Pode agir, mas eu sei que no fundo você tem um coração que está machucado por conta das coisas que sua mãe te disse naquele dia, e eu só quero te ajudar.

— Agradeço tua ajuda, mas não é atoa que seu nome é Cameron, não batman.

Ele deu uma risada baixa.

Lon, você é a pessoa mais sarcástica que eu conheço — Olhei cansada para o mesmo — Agora deita no meio da rua!

— Meu filho, você tá usando cocaína? Deus me livre de suas brisas.

Ele não respondeu e apenas foi para rua, que a propósito não era tão movimentada, por isso escolhemos esse bairro para morar.

Ele deitou e colocou as duas mãos para trás de sua cabeça.

— Confia em mim.

Suspirei. Não iria mais discordar de Cameron, se não, ele não iria parar de falar.

Fui até o mesmo e deitei ao seu lado.

— O que acontece se vier um carro?

Ele olhou pra mim rindo.

— Você morre.

🦋🦋🦋

eu sinceramente amei esse capítulo
eh isto

london • cameron dallas.Onde histórias criam vida. Descubra agora