london • cameron dallas.

❁ 093 ❁

LONDON
AMMAR

— Qual é a porra do seu problema, caralho? — O empurrei assim que ele se aproximou.

Barbara desmaiou e viemos parar no hospital, podemos não ter morrido naquele barco, mas com certeza o diabo mandou seu ajudante atrás de nós.

Eu nunca senti tanta raiva na minha vida, como senti agora. Eu pedi para que Cameron ficasse na sala, aonde ela estava tomando soro, enquanto eu "conversava" com Andrew do lado de fora do hospital.

— Me perdoa.

— Enfia essas desculpas no meio do teu cu, cacete! — O empurrei mais uma vez e ele segurou meus braços com força.

— Eu abandonei vocês por um motivo, London! Para de agir igual uma idiota.

Soltei meus braços bruscamente.

— Sério? Bem, parece que você esqueceu sua carta de desculpas no correio, assim como sua despedida!

Ele me olhou por alguns segundos e depois socou a parede.

— Ai puta merda. — Ele balançou a mão que tinha socado a parede. — Eu não te dei o direito de falar comigo assim! Eu ainda sou seu pai.

Ri irônica. Como é que esse desgraçado tem essa coragem?

— Pai? Você se considera um pai pra mim? Por favor, cala sua boca! — Eu gritei. — Pai é quem cuida, quem da amor e atenção. Não quem mata seus filhos por dentro. — Sem que eu percebesse, minha voz começou a ficar embargada. — Você tem idéia do quanto foi difícil viver apenas para tentar reerguer minha família?

— Nossa família.

— Você nunca pertenceu à minha família. — Apontei o dedo. — Você nunca esteve conosco em nossos momentos ruins, e até quando a mãe ficou doente! Eu e a Barbara que tentamos nos reerguer.

— Eu amo vocês! — Ele insistiu e se aproximou e passou a mão por minha bochecha.

— Não se destroem aqueles que ama. — Tirei sua mão de minha bochecha com nojo. — Nunca mais encoste um dedo em mim.

Ele ficou me olhando por alguns segundos e depois se afastou.

— O que tá fazendo atrás de nós?

— Eu preciso de dinheiro. — Olhei pra ele com tanto ódio. — Eu preciso acertar contas com algumas pessoas, mas eu não tenho grana, London. Ajuda seu pai aqui.

Dei um tapa forte em seu rosto, logo seguido de outros. Eu batia nele com tanta força, era como se toda raiva que eu acumulei por anos, finalmente estava se extravasando.

Ele segurou meu cabelo com força e me deu um soco no olho. Só que bem na hora, Cameron apareceu.

Não tive tempo para pensar, só sei que Cameron começou a distribuir vários socos em seu rosto, assim como meu pai distribuía no seu, e até ai, os seguranças chegaram para separar.