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LONDON
AMMAR

— Por que em vez de conversar, nós damos socos? — Cameron perguntou, enquanto a enfermeira terminou de enrolar o curativo em suas mãos.

— Às vezes conversar dói mais que um soco, então é melhor já ir pra segunda opção de uma vez. — Ri e segurei sua mão boa. – Você não devia ter feito aquilo.

— Um obrigada já basta. De nada, meu amor. — Ele ironizou. — Eu já disse que vou sempre te defender.

— Mas isso te custou uma mão!

— Não é como se ela fosse ser amputada, exagerada. — Ele bufou, e eu assenti. — Pelo menos sabemos que ele não vai atrás de você nunca mais.

Bem, logo depois que Andrew bateu em mim novamente. Cameron foi para cima dele, o que era óbvio. Porém tinham pessoas assistindo a briga, e foram testemunhas da violência contra mim.

Eu apanho desde pequena, é desprezível ver que apenas quando eles presenciam a cena, que realmente colocam a lei para funcionar.

Andrew foi preso, e eu espero que ele apodreça na cadeia.

— Afinal. — O dei um beijo rápido. — O que você iria me falar?

— Nada, foram apenas meus sentidos super heróicos que me avisaram de uma mulher em perigo. — Ele se gabou e eu dei um tapa forte em seu braço. — Ok, talvez não tão em perigo.

— Idiota. — Revirei os olhos. — O que era?

— Barbara tem algo para te contar.

Franzi o cenho e ele me falou qual era sala onde ela estava, e assim que sai vi nossos amigos com expressões preocupadas.

– Caralho o bonde todo ta no hospital, bicho. – Taylor murmurou. — Onde está o Cameron? E que porra aconteceu?

— Ele ta naquela sala, ele conta toda a história para vocês. — Avisei.

— Estávamos em um acampamento e do nada viemos parar em um hospital, uma grande diferença. — J comentou rindo. – Mas graças a Jéjé Cristinho, ninguém ta morto.

— Vira essa boca pra lá! — Falei e revirei os olhos. — Se fosse pra alguém morrer, teria morrido naquele lago cheio de cobras.

Gilinsky, Shawn, Sammy, Skate e Nash arregalaram os olhos.

— COBRAS?

Arregalei os olhos.

— Eita, eu tenho que ver a Barbara.

Corri e fui atrás da sala dela, logo sendo acompanhada pelas meninas. Entramos na salinha e ela tinha seu olhar em um ponto fixo, enquanto levava sua mão a cabeça.

— Eita, não diga que está vendo coisas?

— Eu fiz merda.

— Novidade. — Falamos em uníssono.

— Merda de verdade, meninas. — Ela falou séria.

— Você tá me assuntando. — Alice falou.

— Eu to grávida. — Arregalei os olhos e senti meu corpo ficar mole.

Ai meu caralho.

— Okay, sem pânico. — Madison falou sorrindo. — Não vamos nos alarmar.

— Caralho porra, que merda é essa, cacete? Fode essa merda, porra.

— Cala boca, Corinna! — Alice mandou. — Caralho, Barbara.

— DA PRA VOCÊS ME AJUDAREM, PELO AMOR? — Barbara pediu impaciente. — Eu to em crise.

— EU VOU SER TIA! — Celebrei, porém logo assimilei tudo. — Porra, Barbara. Como você e o Maria fumaça vão cuidar de uma criança? Vocês dois são crianças!

— Imagina só, essa criança já vai nascer com cigarro de maconha na mão.

— Pelo menos os olhos vão ser lindos.

Barbara ficou quieta.

— A questão não é eu estar grávida ou não. — Ela mordeu os lábios. — A questão é que eu acho que o filho não do Nate.

A porta foi aberta bruscamente, fazendo com que Barbara arregalasse os olhos.

— Como assim filho, Barbara?

london • cameron dallas.Onde histórias criam vida. Descubra agora