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CAMERON
DALLAS.

Umedeci os lábios e continuei olhando para aquele céu azul cheio de nuvem. Eu costumava fazer isso com minha irmã sempre que ela estava triste, só que na época não passava tanto carro como passa hoje em dia.

Então aproveitei que a rua de London era pouco movimentada e experimentei essa técnica com ela.

— Agora desabafa.

Ele suspirou.

— Você não entende meu humor, Cam.

— Tente explicar — Pedi, e olhei para ela.

— Eu to mal! Eu to rindo, e quando vou ver, já estou chorando — Ela falou tudo rápido demais, então comecei a gargalhar — Quer mesmo saber dos meus problemas?

— Solta o monstro preso dentro de você, Inglaterra!

Ela riu e então respirou fundo.

— Eu cresci sabendo que minha mãe me achava um erro. Eu sabia que tinha atrapalhado a carreira dela no mundo da moda, e que tudo que eu fazia não estava bom o suficiente para agradar ela — Sua voz começou a ficar embargada — Ela sempre fez questão de jogar isso na minha cara — Ela balançou a cabeça, como se estivesse relembrando dos momentos — Meu pai era um bêbado de merda que sempre chegava em casa pra bater na minha irmã, e como eu era mais velha, tentava a todo custo defender ela, então quem apanhava era eu.

Vi que as lágrimas começaram a cair pelo seu rosto, porém ela enxugou as mesmas.

— Não precisa continuar se não quiser.

— Ta tudo bem, eu quero — Ela me assegurou — E então, meu pai pegou todo dinheiro que eu e Barbara tínhamos economizados e fugiu para um lugar que até hoje eu não descobri.

Ela mordeu os lábios.

— Minha mãe ficou acabada com aquela situação, e depois de um ano ela desenvolveu essa doença. Por mais que ela fosse uma péssima mãe, ela ainda era a única que eu tinha. E chegar na frente dela, e ela falar que não sabe meu nome, e nem quem eu sou, me parte o coração — Ela virou pra mim — Eu sou uma confusão, Cam. Só espero que não se afaste de mim depois disso.

— Você é grossa comigo todos os dias, mas quer saber de algo? Essa é a coisa que eu mais gosto em você, então é! Eu seria incapaz de me afastar de você.

— Sabe, eu até tento ser legal com as pessoas, mas elas sempre são cuzonas, então por isso me tornei gótica, pra me defender.

Eu comecei a gargalhar e ela fez o mesmo. Observei o jeito que ela dava risada e então fui me aproximando, tirei uma mecha que estava caindo de seu rosto e aproximei meu rosto do seu.

Mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, um berro invade nossos ouvidos.

— VOCÊS ESTÃO FICANDO MALUCOS, CARALHO? SAIAM DO MEIO DA RUA!


🦋🦋🦋

eu adoro interromper o beijo dos personagens nas minhas fanfics, acho que vcs já perceberam isso rsrs

olha, agora as coisas vão ficar mais agitadas hihi

london • cameron dallas.Onde histórias criam vida. Descubra agora