Capítulo 18Acordei com a campainha do meu quarto tocando repetidas vezes. Enrolei-me no hobby do hotel e abri a porta ainda meio sonolento. Para minha surpresa, era Jessie quem estava ali.
— Boa tarde, dorminhoco! — disse ela entrando em meu quarto.
— Tarde? — falei, espantado.
— Quase. Já são mais de 10:30. Daqui a pouco o café da manhã vai terminar de ser servido.
Eu ainda estava parado junto a porta quando Jessie sentou-se em minha cama. Então eu fechei a porta e caminhei até ela, me jogando ao seu lado.
— Não acredito que eu dormi tanto assim.
— Eu te liguei três vezes, mas você não acordava, tive que vir aqui.
— Me desculpe. Eu estava muito cansado.
— Tudo bem. Vou te esperar lá embaixo, para o café da manhã. Desce logo!
Ela aproximou seu rosto do meu, no intuito de me beijar, porém eu me afastei.
— Ainda não escovei os dentes.
— Eu percebi — disse ela.
Deu-me um beijo no rosto e saiu saltitante do quarto. Levei a mão à boca e respirei para checar se meu hálito estava assim tão ruim. Depois fui escovar meus dentes, lavei meu rosto, me troquei e desci para encontrar Jessie. Ela me esperava sozinha, em uma mesa já posta.
— Onde está o resto da família? — perguntei.
— Saíram já faz algumas horas. Foram levar o pessoal da Escócia para conhecer Nova York. Vão passar o dia nesse 'city tour', em um daqueles ônibus ridículos com guia — ela fez uma breve pausa e então revirou os olhos — pff turistas.
— Sério, deixaram você para trás?
— Eu disse que ia ficar e esperar você acordar. Você não precisa de guia turístico, querido, hoje eu vou te apresentar Nova York.
Ela jogava os cabelos enquanto falava, como quem se gabava de alguma coisa extraordinária. Eu ri com a cena.
Tomamos café da manhã juntos e então nos preparamos para sair do hotel. Eu queria chamar um Uber, mas Jessie insistiu que táxi e metrô eram considerados cartões postais da cidade e, portanto, deveríamos usá-los.
Nossa primeira parada foi o Charging Bull — O touro de Wall Street, que fica no Bowling Green, esquina da Broadway com Wall Street. A caminho do touro, saindo do Metrô, nós passamos pelo Federal Hall, onde fica a estátua de bronze de George Washington, que é o local onde fez o juramento para presidência em 1798; também passamos pelo prédio da “NY Stock Exchange” e pela Trinity Church, que tem uma arquitetura muito interessante. Mas como queríamos ver o touro, prosseguimos até chegar na Broadway. Reza a lenda que para ter boa sorte é preciso esfregar os chifres, o nariz e os testículos do touro. Pulamos esta parte, mas tiramos a foto.
Seguimos por dentro do Bowling Green e atravessamos a rua para o Battery Park.
Uma parada para fotos na “Sphere” que é uma escultura que ficava na entrada do World Trade Center e foi danificada no onze de setembro. Battery Park é de onde saem as barcas para a Estátua da Liberdade, um passeio clássico. Fomos de balsa até a pequena Ilha da Liberdade, onde ela se encontra, compramos ingressos para subirmos até a coroa, tiramos fotos de todas as formas possíveis e imagináveis e depois voltamos.Pegamos o Metrô N para o City Hall/Brooklyn Bridge. Passamos pelo jardim atrás do City Hall e foi aí que a ponte do Brooklyn apareceu, majestosa. Andamos até uma posição boa para tirar mais fotos e admirar os prédios da cidade.
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Sob a Luz do Sol
Romance*Capítulos para degustação. Para versão completa acesse o site http://www.autografia.com.br/loja E adquira seu exemplar. Sob a Luz do Sol (Under the Sunlight) narra a história de um garoto negro, de classe média, nascido na pequena cidade de Fairban...