FAIXA 07 - immigrant song

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FAIXA 07 - immigrant song

Uma batida suave na porta avisou a Odessa que o momento havia chegado.

Ela fez uma lista mental, para verificar se estava faltando algum item para complementar a noite. Ao perceber que tudo estava certo, ela abriu a porta do seu apartamento.

Erik usava negro dos pés à cabeça.

E ele ficava incrível naquela cor.

O conjunto do terno moldava seu corpo com perfeita precisão, abraçando nos lugares certos dos braços e pernas. Estava com o botão do terno aberto, mostrando o colete também preto.

A designer nunca tinha ficado tão fascinada por um colete masculino como naquele momento.

O cheiro dele invadiu seu espaço, fazendo seu estômago dar voltas em antecipação. Engoliu em seco.

Quando seus olhos, que estavam olhando ainda para baixo, se encontraram com os dele, todo o seu corpo tremeu.

Ninguém nunca tinha a olhado com tanto desejo quanto Erik Durm fazia naquele momento.

Os olhos estavam em fogo puro, queimando lentamente cada pedacinho dela que analisava.

— Oi — disse, quase sem fôlego, abrindo a porta um pouco mais para ele entrar.

— Oi — ele repetiu, a voz baixa e rouca enquanto entrava no apartamento. — Você está deslumbrante, Odessa.

— Eu sei — rebateu de volta, sorrindo docemente. — Eu me visto para matar. E você também está muito bonito.

O jogador riu, levando uma das mãos até o cabelo dourado. Seus olhos giraram pelo ambiente, confusão tomando seu rosto forte.

— O que é isso?

Blissova apontou para onde ele olhava, e sorriu maldosamente dessa vez.

O começo do nosso encontro.

Antes que ele pudesse fazer mais perguntas, ela correu buscar a caixa no exato momento em que Harpalique cruzou a sala e pulou em cima do alemão, o derrubando no chão.

Houve um estrondo no chão. O strike perfeito.

— Harp, não!

O cachorro latia, pulava e lambia o jogador, as patas em cima do peito dele, eufórico.

— Isso é um cachorro ou um lobo? — Erik indagou, mas estava rindo, passando as mãos pela pelagem branca e marrom do husky.

— Harpalique, já chega! — Odessa disse, e o cachorro parou de pular e lamber. Deitou no chão, e ficou encarando ambos em expectativa. — Bom, garoto. — Correu ajudá-lo a levantar-se. — Você está bem? Nunca vi ele reagir assim a ninguém. Acho que ele gostou de você.

A cabeça girou em um estalo no ar.

Você acha? Como teria sido se ele não tivesse gostado de mim?

— Harp tentaria arrancar seus sapatos.

Durm olhou para os pés. Em alívio claro, suspirou ao ver os sapatos pretos e lustrosos inteiros.

Ufa. — Ele limpou os pelos da roupa e voltou a olhar para a sala. — Você construiu um forte. — Não foi uma pergunta, percebeu. — Você construiu um forte com mobília e cobertas.

A cazaque abriu um sorriso orgulhoso.

— Sim, para uma guerra de aviões de papel.

— Você não acha que estamos velhos demais para isso?

The Yellow and Black PlaylistOnde histórias criam vida. Descubra agora