Capítulo 14 - Perdas

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 Erol retornou a torre bem a tempo de pegar Enidy contando uma piada a Rosa, que ria gostosamente perto do fogo. As duas pareciam ter se tornado grandes irmãs aquela altura.

 Enidy se assustou ao vê-lo parado ao seu lado, estava tão acostumada com a conexão de suas mentes quando estavam por perto, que não gostava da ideia de ter que aprender a sentir sua presença de outra diferente.

 — Não acredito que você aprendeu tão rápido! Isso não e justo! Disse ela irritada.

 Erol se permitiu um sorriso. Confusa, Rosa se levantou e foi até ele para abraçá-lo.

 — O que você aprendeu hoje? Perguntou ela curiosa.

 — Muitas coisas, como caçar ursos, os diferentes sentimentos dos humanos — Diz Erol com um sorriso travesso ao aproximar o rosto do dela quase a beijando. Ao seu lado Enidy bufou, largando-se sobre uma cadeira, o que fez Erol rir naquele momento romântico — e como não deixar que ela saiba o que estou pensando agora.

 — Isso ainda não e justo! Eu levei um ano inteiro para aprender a bloquear a mente quando era mais nova e você precisou de alguns dias. Ela cruzou os braços.

 — Desculpe se sou mais inteligente do que você. Ele brincou dando um chute de leve na irmã para fazê-la rir o que conseguiu de imediato.

 — Quero agradecer a você — Disse Erol colocando uma mão sobre o ombro do irmão — por ter me ajudado hoje, suas instruções foram de grande aprendizado.

 — Fico feliz, mais dois meses e você ficará inteiramente bom nisso. Enrry sorriu.

 — Então você aprendeu a caçar? Perguntou Rosa.

 — Sim e foi uma das experiências mais fantásticas que eu já tive desde a minha transição, eu não sabia das consequências que causava quando eu caçava desenfreado e Enrry me foi de grande ajuda.

 — Ele me parece ser um bom professor mesmo. Rosa riu e Erol a acompanhou.

 Após algumas horas de conversa, Erol começou a rir ao saber que ela descobrira a verdadeira idade de Enidy e demonstrou fortemente de que não iria parar de rir tão cedo. Para piorar o mau humor que da irmã, ele a chamou de velhota. E por mais que Enidy tivesse quase oitocentos anos com uma beleza abrasadora, ela ainda ficava aborrecida como qualquer mulher por se chamada de velha.

 Rosa ainda lhe garantiu que ela certamente era a mulher mais bonita do mundo o que Enidy sorriu agradecida para ela e Rosa retribuiu constrangida por precisar ter lhe confirmado isso antes de irem embora.

 Voltaram para os terrenos da mansão ao pôr do sol que já margeava a copas das árvores cobertas por neve e por mais que Rosa tivesse amado ficar o dia inteiro com Enidy, gostava ainda mais de estar ao lado dele. Para ela, não tinha coisa melhor no mundo que descrevesse o que passara a sentir por ele em tão pouco tempo.

  — Por favor, não faça isso de novo com ela. Conseguiu dizer quando se encontravam no penhasco deserto.

 Ele deu um último sorriso travesso e a olhou serenamente, como só um homem embriagados de amor poderia olhar, ela nunca vira aquele rosto angelical, todo iluminado pelo sol poente e sonolento que agora lhe combinava perfeitamente, tudo nele transparecia luz e isso irradiava para dentro dela como uma força pulsante.

 Ele chegou perto dela e a abraçou, seus braços quentes lhe causavam arrepios e isso a deixou mais confortável. Ela sorriu e tudo naquele sorriso não parecia dizer o que ela sentia por ele, mas ele correspondeu quando seus lábios se tocaram pela primeira vez, ela não sabia de onde viera aquilo, não sabia se seu amor era passado a ele naquele beijo, mas ela fez o possível para que aquele momento fosse inesquecível.

Anjo SedutorOnde histórias criam vida. Descubra agora