8 - Por quê?

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Acompanha o capítulo a canção Si Me Tenías - Edith Márquez

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_ Claro que não! – Respondeu Saúl seco.

Altagracia se irritou com a petulância de Saúl de responder daquela maneira a Eduardo. Ele não tinha esse direito. Eduardo ficou sem graça, mas tentou apaziguar a situação.

_ Saúl, é só uma dança.

_ Ora seu... – Saúl começou a frase com a clara intenção de ofender a Eduardo.

_ Por favor, Saúl! Não há razão para que constranjas meu convidado, Eduardo não disse nada demais. – Altagracia o repreendeu irritada.

_ Perdão por constranger teu convidado, mas nós somos recém casados, Altagracia. E Eduardo há de convir que não é de bom tom que dances com todos os homens do salão como se fosse uma jovem cortejável. Agora és uma senhora.

_ Por favor, Saúl, que formalismo. – Disse Eduardo sorrindo – Ninguém nesse salão vai se escandalizar que tua esposa dance com um amigo numa recepção em sua própria casa na presença de seu marido.

_ É claro que não vai! – Altagracia respondeu altiva. – Com licença, Saúl, vou dançar com Eduardo.

Saúl mordeu o lábio exasperado por sentir que, mas uma vez, Altagracia lhe impingia uma humilhação. E frente a Eduardo, justo frente a ele! Dissimulou sua irritação com um sorriso cínico, aos quais ele já estava habituando a dar e assentiu com a cabeça. Afastou-se e pegou uma bebida sorrindo aos convidados que passavam por ele. Quando olhou para um canto da sala e viu Jimena conversando com Alfredo e com Beatriz, uma amiga dela foi tomado por uma ideia perversa. E se eu pago a Altagracia com a mesma moeda? Olhou para Altagracia que dançava sorridente com Eduardo, sem importar-se com como ele havia se sentido com a negativa dela e começou a caminhar firme até onde estava Jimena.

_ Boa noite, amigos! Ainda não os havia cumprimentado.

Alfredo franziu o cenho. E olhou a Saúl irritado. Ainda não havia superado o pouco caso que Saúl fizera da amizade dos dois quando se comprometeu com Jimena mesmo sabendo que os dois, não só tinham um compromisso, como que ele também era completamente apaixonada pela moça e enfrentava as negativas de seu pai para levar adiante aquela relação.

_ Alfredo. – Disse Saúl sorrindo e estendendo a mão. – Há quanto tempo não nos vemos.

_ Sim, muito... – Alfredo respondeu ao cumprimento sem entusiasmo.

_ Beatriz. – Estendeu a mão direita ao que a jovem atendeu ao galanteio dando lhe a mão e sorrindo enquanto a beijava sobre a luva branca que cobria parte de seu braço.

_ Jimena! – se voltou para a ex noiva com um sorriso.

_ Como vai, Saúl? E a vida de casado? – Ela indagou aparentando não guardar mágoas.

_ Vai bem, muito bem como vocês podem ver. – respondeu Saúl tentando sustentar uma conversa antes de executar o que havia planejado.

_ Sim. Você está ótimo! Se nota que o casamento te fez bem, Saúl. – observou Beatriz.

_ Claro! – respondeu Saúl sorrindo. – Jimena, você seria tão amável de me conceder a honra de uma dança?

Jimena olhou para Alfredo indecisa. Ele não alterou sua expressão. Do outro lado da sala, seu pai conversava com outros figurões da política sem dar atenção ao que se passava no restante do recinto. Jimena era uma pessoa com muito pouca personalidade. Todos conheciam sua natureza volúvel e como era fácil manipulá-la. Ainda mais Saúl que havia estado comprometido com ela durante alguns meses.

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