Abre a maldita boca...

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O mesmo lugar sempre me espera. O pântano. Caída e destruída não vejo esperança de me livrar de todas as feridas. Todas as dores causadas por aquelas mãos malditas e por aquela maldita boca que nunca se abriu. Eu machucada. Totalmente dolorida. Marcada pelo silêncio. Pelo choro infantil. Pelas mãos e palavras pesadas que rasgaram o meu corpo e a minha alma. Já não devo explicações. Nem preciso de nenhum apelo. Se quiser se afogar, se afogue. Não consigo notar nada de ti, sinto uma raiva tão grande de ti por todo o seu maldito silêncio. Por ter me deixado sozinha naquele lugar frio, sobre o chão frio. Por seu maldito medo. Por seu julgamento. E sinto tanta raiva... mas tanta raiva... que pesa-me decepcionar àqueles que não me vêm assim.

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