O preto

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Tão preto como a noite
Seus olhos são as estrelas
Tão contemplativo quanto a lua
Tão belo quanto olhar o céu

Tão efêmero quanto a chuva
Tão obscuro quanto a neblina
Tão ilusório quanto o horizonte azul lúdico
Tão frio quanto o inverno

Mas faz caricias como as do vento
Mas reluz como relâmpago
Tão suave quanto o sereno
Tão meigo quanto as manhãs de maio

E tão ofensivo quanto os raios solares
E tão lindo quanto a primavera
Tão marrom quanto o outono
Tão inesquecível como o primeiro crepúsculo

Mais complicado que a física
Tão dolorido quanto a ausência de química
Tão materialista quanto a matemática
Tão ingênuo quanto o português

Tão misterioso quanto as lesmas
Tão meigo como os felinos
Tão gentil quanto a chuva
Tão interessante como o mudar das estações

E imprevisível quanto as ondas
E ama ondas
E ama o mar
Ama o verão

E amar...
Ela.
Ela é verão
Eu sou outono

E no verão o sol arde
Radiante sai das colinas
Exuberante chega ao topo
Lindamente caminha

E no outono as folhas caem
E tons terrosos cobrem o dia
E o céus tem mais de duas cores
E tristemente caminha.

Ele ama o mar
Ele ama ela
Ele não me ama
Ele ama amar

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