Mais uma vez você cai, em torno daquilo que jurou te sustentar. E a base de sua jura foi a confiança.
Mas confiou errado, mais uma vez...
E agora, você está sozinha, escondida atrás dessa muralha que está a anos construindo e que dia após dia fica mais alta.
O que há aí dentro, menininha?
O que esconde por trás dessa base alta?
Essa fortaleza é para quê? É para quem? E por quê?
Sai daí, vem brincar mais uma vez, porque aqui fora não é tão escuro, embora esse tom negro não agrida os seus olhos, podes abri-lo devagarinho e encarar a luz do sol do lado de fora.
Há quanto tempo permanecerá oculta, diluindo-se em centenas de passados ruins?
Deixe-me contar uma nova história, porque há anos você vem vivendo a mesma... E nem se importa. Chora, mas logo enchuga as lágrimas e vai...
Volta vazia e se esconde debaixo da cama, como uma criança pequena, como uma criança medrosa.
Ninguém se importa onde você está, sua fala é cansativa e retardada. Tão tola, que enjoa os ouvidos. Tão feia, que ensurdece.
Então, Silencie. E na pausa que faz se esconde. Entre as linhas invisíveis que divide o real do inrreal.
Para com isso!
Sua tola, não se mutile mais, deixa essa dor, vai embora!
Fuja enquanto há tempo, enquanto essas lágrimas não virem correntes e te levem com elas... Enquanto ainda consegues respirar. Eu sei que está perdida, mas deixa pra lá... Escolhe um caminho e vai.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Fantasia & Poesia
PoesíaPoesias que escrevi e escrevo para fugir do mundo. Cartas a ninguém. E as fantasias, que me acalmam ou desvairam.