Dor

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Dói o peito
É uma angústia latejante
Que consome meus sorrisos
Que desarma meus preceitos
Sozinha estou nessa guerra
Lutando comigo mesma
Me machuco
E me julgo
Eu me mato
Suicido
E dorme...
Dorme minha alma aflita
Afogada em agonias
Se desvia
Se esquiva
Mas cai mais uma vez
Te prometo hoje
Não me magoar como ontem
Hoje vou dormir a tarde toda
Hoje darei-me descanso
Em meio a essa selva
Prometo hoje ser covarde
Esconder-me na relva
E separar-me
Hoje
Hoje, não me encontrarão
Voltem em outra tarde
Estarei ausente
Mas se de repente
Eu me levantar
Sai...
Irei atacar!
Porque tenho choros presos
Que soltos serão como enchentes
Que destrói
Que lava
Como ondas salgadas
De mar inquieto
Mas se por ventura acontecer
Que como no alvorecer
Uma brisa calma assoprar minha alma
E refrescar todo meu ser
Eu,
Prometo fazer diferente
Ser mar calmo
Sem correntes
Sem ondas
Sem lágrimas
Desvaira-me em meio a superfície plana
E sossega-me em meio a doce ternura
Que minha alma clama

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