Pálida, passou ao anoitecer
Como o reflexo da lua no rio
Gracejando e mudando sentidos
A figura do desamor
Abriu seus lábios em um mistério
fechou seus olhos ao incerto
e caminhou rumo ao acaso
sem medo de se perder
Em uma noite como essas,
Obscura,
que olhas da janela e enxerga
eis que sozinha ela caminhou
Seguindo o clarão do luar
pelos caminhos secretos se desvairou
Fugindo de si mesma,
Sua própria loucura a atacou
Acordou-se em pesadelo
Sozinha e em segredo
escondeu-se de seu reflexo
Entre os dois paralelos que sua vida se tornou
Andando rumo as sombras
nenhuma luz por certo ela encontrou
Abrindo os lábios em ironia
um riso insano ela desabrochou
Não (parecia ) havia/ haver escapatória
perto do que era e o que se tornou
mas tudo parecia tirano
Quando dos seus lábios saia a palavra amor
Quando o sol nasceu
mais uma vez se escondeu
e desesperada pediu a Deus
que tira-se de si aquela dor
Talvez, depois passou-se no seu olhar
morar um mistério pouco dito, pouco certo
aquele enigma secreto
Que ninguém desvendou
Havia nesse olhar uma brisa fria
que encantava, mas também desvairava
A mente de quem nos seus olhos
a lua via
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Fantasia & Poesia
PoetryPoesias que escrevi e escrevo para fugir do mundo. Cartas a ninguém. E as fantasias, que me acalmam ou desvairam.