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1 mês depois - Final de janeiro

- Já não te vejo há tanto tempo. - o meu pai diz quando eu me sento do outro lado do vidro - Quando é que eu vou sair?

Nunca.

- Hoje. - eu digo com um sorriso na cara - Um dos prisioneiros vai ter contigo só tens de o seguir.

- Ainda bem. - ele olha para a minha barriga - De quantos meses estás?

- 8 meses. - eu digo seca

- É menino ou menina?

- Não tenho tempo para isto. - eu reviro os olhos e suspiro entediada - Tenho de ir a uma reunião na minha empresa. - eu faço ênfase às últimas três palavras

- Sim vai lá. Vejo-te mais tarde. - o meu pai diz

- Claro... - eu digo com um sorriso falso

Quando vou a sair da sala de visitas, paro à frente do guarda que me olha amedrontado.

- Preciso que me leves a ver o Sr.Kim. - eu sussurro e ele confirma com a cabeça

Saímos da sala e percorremos corredores cheios de celas com prisioneiros. Enquanto eu passo, estes tentam chamar a minha atenção com assobios e com piropos. Um corredor mais tarde, eu e o guarda paramos à frente da cela do Sr.Kim.

- E então? - ele pergunta sem sair da sua cama

- A sua família já está fora da Coreia e tem dinheiro suficiente para um ano. - eu digo e o Sr.Kim sorri satisfeito

- Obrigada. - ele diz - É sempre um prazer negociar com as pessoas certas.

- Se algum de vocês me denunciar... - eu aponto para o guarda e o Sr.Kim - Então são homens mortos.

- Sem problemas. - Sr.Kim diz - Não denuncio quem me ajuda.

Eu olho para o guarda e ele treme quando o faço. Dou-lhe um sorriso para o tranquilizar. Tiro o veneno do bolso e coloco-o discretamente na mão do guarda.

- Eu mando mensagem quando for a hora. Quero estar bem longe daqui antes de tudo acontecer.

- Sim, senhora. - o guarda diz tímido

- Façam um bom trabalho. É bom que te livres bem da seringa, leva-a para casa e queima-a. - eu digo para o guarda - Ou senão... - eu olho para eles e deslizo o meu polegar pela minha garganta em forma de ameaça - Adeus!

Horas mais tarde quando eu ia a entrar com o Namjoon na reunião da GD, pego no meu telemóvel e mando mensagem ao guarda a dizer que é a hora de tudo acontecer.

- Iremos começar com a nossa reunião. - eu digo - Como podemos observar a nossa questão financeira equilíbrou e como dá para reparar houve um aumento dos álbuns de cada artista em cada mês...

***

Quando a reunião acaba, Namjoon fica do meu lado enquanto os restantes saem a fazer vénias e a agradecer pelos bons negócios.

O meu telemóvel toca e um número desconhecido aparece no meu ecrã. Franzo a minha testa e atendo.

- Sim?

- Senhora Jo Soo? - uma voz masculina soa - Daqui é da Prisão de Seoul. Lamento informar, mas o seu pai faleceu de ataque cardíaco.

Lies || BTS Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora