52 - Último

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1 mês depois - Final de fevereiro

- O que devemos jantar? - Jimin pergunta enquanto se aproxima de mim

- Eu não quero nada. Acho que vou já para a cama. - eu sussurro

- Está bem... - ele diz desconfiado - Eu já vou ter contigo.

Eu subo as escadas para ir para o andar de cima, mas as dores agudas nas minhas costas impedem-me de o fazer e eu acabo por ficar parada a meio. Estou num momento em que eu só quero que o bebé nasça. As dores e o desconforto aumentam a cada dia.

Respeito fundo e devagarinho subo o resto das escadas. Com muita dificuldade, visto o pijama e deito-me na cama, suspirando de alívio assim que as minhas costas batem nos lençóis macios.

Não muito tempo depois de me deitar, começo a sentir uma dor no meu útero, mais como um pontapé. Eu abro os olhos de repente com a dor e vejo que Jimin já está deitado ao meu lado. Ele sorri assim que me vê, mas depois encara-me preocupado.

- Estás a suar... - ele sussurra

- Jimin, eu estou cheia de dores. - eu digo aflita

- O que é que queres dizer com isso? - ele diz de olhos arregalados

Eu levanto o cobertor que nos tapava e vejo que o espaço por entre as minhas pernas estava molhado. A minha respiração começa a aumentar, assim como o pânico, com o pensamento de que acabei de entrar em trabalho de parto.

Já tinha notado algumas contrações há alguns dias atrás, mas não liguei muito.

- Soo? - Jimin chama-me a atenção por eu não responder durante um tempo

- As minhas águas arrebentaram. - eu agarro o braço do meu namorado com força - As minhas águas arrebentaram, Jimin! Que porra?! O que é que eu faço agora? Eu não estou pronta!

- Calma, vamos pegar na mala com as tuas coisas e do bebé, e vamos para a maternidade mais próxima. - Jimin levanta-se

Ele começa a andar às voltas pelo quarto à procura da mala que eu e ele fizemos à umas semanas atrás. Jimin aparenta estar mais nervoso que eu e parece que vai desmaiar em qualquer momento.

- Encontrei! - ele diz e pega na mala

Eu sinto que vou morrer com as dores que tenho, a minha cabeça parece pesada e a vontade de arrancar o bebé com as minhas próprias mãos aumenta a cada contração.

- Anda, eu levo-te às costas. - Jimin coloca a mala ao ombro

Eu aproximo-me da ponta da cama e assim que Jimin se baixa para eu poder ir para as suas costas, eu sinto mais uma contração.

- Não consigo! - eu choramingo

- Consegues sim! Já passaste por muito, Soo! Não é agora que vais morrer. Vamos! - Jimin insiste

Com muito esforço, eu subo para as costas do Jimin que quase cai com o meu peso.

- Parece que as minhas pernas vão partir. - Jimin reclama

Ele está a esforçar-se tanto, que as veias do seu pescoço começam a exaltar-se e a sua cara começa a ficar vermelha.

- Jimin, respira! - digo e logo ouço-o a inspirar uma grande porção de ar

Ele desce as escadas devagar com todo o cuidado para não me deixar cair. Jimin abre a porta do carro assim que chegamos à garagem, e coloca-me nos bancos de trás. Ele entra no lugar da frente enquanto o portão da garagem abre e depois acelera.

Lies || BTS Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora