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Eu assistia Jasper se deliciar com o meu chocolate favorito, divertida com suas reações. Eu sabia que ele não podia deixar de provar uma das melhores coisas do mundo.
Ele realmente gostou.
- Você tinha razão. - disse ele, me fazendo encara-lo, curiosa com o que viria.
- Sobre o que exatamente? - perguntei.
Ele finalmente desviou a atenção do chocolate, embora nao restasse muito.
Eu esperava que ele não passasse mal depois de misturar tanta coisa e comer muito.
- As experiências humanas. Eu realmente preciso. Não me lembrava como era o gosto das coisas mais...
Sorri, conseguindo acalma-lo ao pegar sua mão.
- Jasper, você passou décadas como vampiro, apenas se alimentando de sangue. Você não tem culpa por isso.
Ele suspirou.
- Se ao menos eu tivesse conseguido ser como o tipo de Damon...
- Mas você não foi. E ainda assim foi um dos melhores que conheci.
- Porque você não me conheceu antes dos Cullen, Bella. Eu era terrível! Você nunca conseguiria ficar perto de mim se soubesse.
Eu sorri, claramente o deixando sem ação.
- Então por que não tenta?
- Como...
- Me conte. Tudo. Não me poupe dos detalhes, eu quero saber. Conhecer o verdadeiro vampiro que você era. Conte.
Jasper suspirou, me deixando apreensiva.
- Eu não posso.
- Jasper...
- Eu não suportaria se visse o medo em seu olhar, Bella. Você nunca teve medo, mas se eu causar isso em você, eu nunca...
- Pare! Jasper, eu não me importo com o que você era. Eu nunca teria medo de você...
- Como sabe disso?
- Apenas sei. Então, você vai contar ou vai me deixar curiosa?
Eu sorri, animada, embora estive apreensiva com o que aquilo causaria nele.
Ele não era mais um vampiro, eu não sabia como ele podia reagir a aversão a si mesmo.
Então eu o ouvi, sem interrupção, desde sua entrada no exército, tão novo, até Maria e seus amigos que finalmente o salvaram da ruína. Eu tentei não reagir quando ele enfim terminou, parecendo tão cansado, mas foi impossível. E ele viu.
Senti sua mão, agora em uma temperatura humana, limpando as lágrimas que escaparam sem permissão.
Éramos a mesma temperatura agora e mesmo assim era difícil para mim, acompanhar aquela nova fase.
Ele viveu tanto e agora estava ali comigo.
- Obrigado, por contar tua história. - disse, alto o suficiente para que ele ouvisse, com a voz rouca.
- Eu não acredito que você aceitou tudo tão... bem. - disse ele, me encarando, ainda com a mão em meu rosto.
- Você sabe... Eu nunca fui normal.
Nós dois sorrimos, mas antes que pudéssemos reagir, meu pai entrava em casa, parecendo surpreso com a posição em que me encontrou.

Era uma outra vezOnde histórias criam vida. Descubra agora