Eu não consigo parar de pensar no que Derek disse...
Eu ajudei minha mãe com as malas e ela notou que eu estava meio avoada. A ideia dela do Herman ficar comigo esses dias vai me causar muitos problemas com Derek.
Escutei batidas fortes na porta
– Vai Júlia, deve ser o Herman! - Minha mãe diz despreocupada.
– Que?! Mãe! Você me falou isso hoje e ele já está aqui?!
– É! - ela diz sorrindo como se deixar a própria filha e um garoto sem supervisão fosse a coisa mais normal para uma mãe fazer.
– Você me surpreende sabia? - digo me levantando
– Obrigada, querida! - Sentir o sarcasmo em suas palavras.
Abro a porta e sim, é mesmo o insuportável do Herman com uma mochila nas costas
– EI! - Herman praticamente grita. – Tem algo pra comer eu tô morrendo de fome. - Ele simplesmente entra. Já estou vendo o quanto vai ser irritante esses dias.
– Por que veio tão rápido?! Não deu nem tempo de respirar!
– Porque foi exatamente o que a Marina disse. Eu tenho que te vigiar vinte e quatro horas por dia, sem respirar, sem festas escondidas, sem bebida, sem drogas, sem garotos. Essa última me doeu um pouco, tô pensando em abrir uma exceção pra mim. - Pausa – Cadê a Marina? - Herman fala tão despreocupado que parece melhor amigo da minha mãe.
– Você é um garotinho muito problemático! - Digo devagar.
– Normal! - Herman dá de ombros.
– Você falou só uma palavra?! Você está bem, Tommeraas?!
Herman me olhou e fez beicinho e logo riu de seu próprio ato. Ele foi a cozinha e eu fiquei na sala sozinha, então, decidi voltar para minha mãe.
Entrei no quarto dela e ela já havia acabado com a sua mala.
– Nossa, que pressa é essa?! - Digo e ela sorriu.
– Era o Herman? - Mãe.
– Sim, era. Você sabe que é um erro ter chamado ele, né?
- Por que seria? - Ela diz e eu fiquei quieta. – Ele também, Júlia?
– Mãe, eu e o Herman. Nós...
– Escutei meu nome! - Herman de repente aparece sorrindo. – O que houve com a comida de vocês? Não tem nada de bom pra comer.
– Estou me arrependendo... - Mãe
– Mas, quem seria melhor do que eu? - Herman abre um sorriso grande no rosto pra minha mãe.
– Quer manipulá-la com um sorriso? Sério?
– Dava certo com a minha mãe. Ela sorria junto depois cortava minhas asinhas e, me dava uma resposta como: se você usasse essa tática com uma garota que gostasse de você, ia funcionar. - Herman diz olhando pra baixo e morde o lábio. Depois, ele olhou pra mim. – Você... gosta de mim, Júlia?
Fiquei quieta, tentava falar mas não conseguia.
Não falei pelo fato de saber que não gosto dele e, se eu falar isso, posso magoá-lo. Eu não quero fazer isso com ele.
– Então... - Minha mãe tenta quebrar o clima constrangedor. - Eu vou ao trabalho, saber mais sobre a viagem. Então, - Ela pegou a bolsa. - Se cuidem.
Olhei sério e meio tímida pro Herman que sorriu pra mim. Revirei os olhos e sai daquele quarto. Ele veio atrás de mim.
Em todo lugar que eu vou ele me segue em silêncio, isso já está me enchendo o saco!
– O que você quer?! - Me virei o olhando sério, quase gritei com ele.
– Vigiar. - Herman aperta os olhos.
– Não preciso que me vigiem. E além disso, é a partir de amanhã não de hoje. - Pausa. - Te chamar aqui foi a pior ideia da minha mãe.
– Júlia, você não me respondeu! - Herman começou a se aproximar e, conforme ele dá passos para frente, eu dou para trás.
– Responder? Responder o que?
– Eu sou muito paciente então, eu vou repetir... - Pausa. – Você gosta de mim, Júlia? - Quando dei conta Herman já estava em minha frente olhando nos meus olhos. – Seja sincera comigo!
– Não do jeito que você gostaria. Bom, na verdade, não sei o jeito que você gostaria. Não sei se você gosta de mim como uma amiga ou como algo mais, se for como amiga, sim, eu gosto de você. Mas, se for como algo mais sinto muito mas, não. - Digo e Herman sorriu.
– Senti um leve sarcasmo nas suas palavras. - Herman sorri.
– Peguei essa mania de você. Fica longe. - Digo sorrindo. Herman dá passos pra trás e levanta as mãos se rendendo. Ele sai do corredor indo a sala.
Me livrei de uma... Mas, ele encarou bem demais a situação. Deve que não gosta tanto de mim assim como eu pensava que o Samuel gostava.
Fui atrás de Herman. Ele estava no balcão jogando uma maçã pra uma mão e pra outra
Fui atrás de Herman. Ele estava no balcão jogando uma maçã pra uma mão e pra outra
– Entediado? - digo e ele assenti e respira fundo
– Sabe já tá escurecendo e, tem uma festa que não fica muito longe daqui. Quer ir?
– Pra eu me embebedar e acordar na cama de um desconhecido? - digo e Herman dá uma leve risada
– Eu não posso ser um desconhecido duas vezes. Há não ser, que você queira, ai eu finjo que não te conheço, ai você cai nos meus braços perde os sentidos, começa a fazer loucuras, diz coisas que meu Deus. - Herman suspira
– Você é esquisito. - Revirei os olhos
– Você não lembra de nenhum pedacinho daquela noite? - Herman sai do balcão
– Não, não me lembro de nada depois daquela bebida.
– Tomou tanta bebida assim? - Herman
– Até perder a conta.
– Por que? - Herman
– Eu tava chateada!
– O Derek te chateou? - Herman
– Para de fazer perguntas, Herman!
– Ok. Vamos a pergunta que interessa. Não se lembra de nada, nem uma palavra se quer? - Herman insistiu.
– Herman, eu não me lembro. Sinto muito, mas, eu também não faço questão de lembrar.
– Mas, foi tão importante. - Herman.
– Não, não foi!
– Pra mim foi! - Herman segura minha mão e me olha nos olhos.
– Você está me pedindo algo que eu não posso te dar.
– E acha que o Derek merece mais do que eu? - Herman diz e eu vejo um certo desespero no seu olhar.
– Se ele merece? Não, ele não merece. Mas, eu sou trouxa, falei que nunca amaria um cara como ele e olha no que deu, por isso nunca diga dessa água não bebereis porque vai que bebereis. Então, não insista em mim, Herman.
– Eu não vou parar de insistir, Júlia. – Pausa. - Então, por enquanto, somos amigos de cama. - Herman diz sorrindo.
– De cama? - Digo o olhando séria, cruzando os braços.
– Ok, ok. Amigos? - Herman estende a mão. O olho séria mas, logo dou um sorriso e aperto sua mão.
– Amigos. - Sorri. – A proposta da festa ainda tá de pé?
– Tá sim! - Herman e sai correndo até a porta e a abre.
Acabamos saindo juntos. Sinto que estou esquecendo algo... Não deve ser nada importante pra eu ter esquecido tão rápido.
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Insaciável | Derek Luh [CONCLUÍDA] - EM REVISÃO
أدب المراهقين⚠️ ATENÇÃO: Violência física, psicológica ou verbal é CRIME. Denuncie 190 para qualquer tipo de abuso. O silêncio mata! ⚠️ --------- - Qual seu problema, Donavan ?! - Ele grita comigo. - E o seu, James ?! Só sabe fazer as garotas de bonecas sexuais...