Capítulo 45

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Esperar ele no carro, nunca foi tão estranho.

Derek entra no carro depois de minutos. Eu já larguei o celular.

- Acho que minha família gosta de você. - Derek diz sorrindo.

-‎ E você? Gosta de mim, Derek? - Digo séria. - ‎Por que eu acreditaria?

- ‎Porque a gente tá junto! - Derek sorri um tanto cínico. - Não é suficiente pra você?

-‎ Pra mim? Talvez. E pra você?

- ‎Você sabe muito bem que se fosse por mim você estaria nesse banco de trás gemendo pra todo o quarteirão. Mas, eu tô respeitando a sua vontade. Bom, a sua não vontade no caso. - Derek

-‎ Por que tá me respeitando agora? Por que tenta ser gentil? Por que não é mais você?

-‎ Porque eu quero mudar, Júlia. Por você! - Derek diz calmo. Não sei se eu me rendo a essa resposta ou paro por aqui.

Ficou um silêncio mortal então, eu o quebro.

- Agora pouco parecia que você ia arrancar os meus olhos. - Ri sem jeito - Seu semblante mudou do nada.

-‎ Bom, isso é normal de mim, né? - Derek sorriu intimidado.

-‎ Hum... - Apenas murmuro.

Derek finalmente ligou o carro e fomos embora de lá.

(...)

Levo Maloley para o canto vazio do colégio. Onde há uma árvore. Eu o coloco contra ela

- Olha, eu sei que sou um pedaço de mal caminho. Mas, me envolver com a namorada do James, é suicídio. - Nate diz irônico

-‎ Cala a boca, Maloley. - Digo séria. Ele assenti. - A conversa de você e Derek de ontem. O que era aquilo?

-‎ O Derek sabe que você mexeu no celular dele? - Nate.

-‎ Não - Bati no peito dele. -E você não vai contar.

-‎ Ok. - Nate prolonga a palavra.

-‎ Agora fala.

-‎ Se eu tivesse algo pra falar - Nate ri. - Ele não me disse nada. Só que "devia" algo a você.

-‎ Por que ele acha isso?

-‎ Sei lá - Ele diz em tom agudo. - Talvez ele tenha feito algo ruim pra você. Sei lá. Só, me deixa ir logo. Antes que alguém nos veja aqui - Nate diz e eu o solto.

-‎ Ele já fez muitas coisas ruins pra mim

-‎ Viu só! Deve ser só isso. Ele deve tá se culpando - Nate

-‎ Ele não é de se culpar por tão pouco

-‎ Pelo jeito o conhece bem! - Nate sorri malicioso

-‎ Cai fora, Maloley - O empurro

-‎ Ok, ok. Até mais - Nathan foi embora

Minha cabeça vai explodir! É tanta coisa pra processar. Tanta coisa.

- Te achei!

Braços fortes me envolvem em um abraço. Beijos são depositados em meu pescoço

- Derek?

-‎ Esperando outro? Vou ficar magoado. - Ele é irônico ao dizer.

- ‎Muito engraçadinho. - Tiro seus braços de mim. Eu o olho, e começo a encará-lo.

- ‎O que foi? - Derek diz inocente.

-‎ Eu vi as suas mensagens com o Maloley.

-‎ Oh! - Derek diz como se fosse nada.

-‎ Então... Me diga, o que você me deve?

-‎ Júlia, eu... - Derek.

-‎ Júlia? - Aquela voz.

- ‎MAS QUE PORRA! - Acabo gritando.

Uma mão se pôs no meu ombro e me virou com raiva. Eu encaro aquele rosto cheio de fúria.

- Ei, Mãe. - Digo sorrindo. - Tudo bom com a senhorita?

-‎ Não use esse tom comigo, Júlia Donavan. - Ela diz a ponto de cuspir fogo.

-‎ Sim, senhora.

-‎ Ontem, eu não te vi o dia todo. E nem hoje de manhã. Onde esteve?

-‎ Muito sarcástica, Júlia. - Ela diz nervosa. - Aposto que tá aprendendo com ele.

-‎ Acredite. Não sou eu o rei do sarcasmo, esse é o Herman! - Derek diz rindo

-‎ O único merecedor desse reconhecimento é o Herman. - Digo rindo junto ao Derek ao lembrar de seu sarcasmo indescritível e incomparável.

- ‎Você vem comigo! - Ela segura a minha mão e me leva.

-‎ Quê? - Digo em tom agudo

Derek pega na minha outra mão, me fazendo parar de ser puxada

- Valeu!

-‎ Não agradeça. - Derek olha pra minha mãe. Ele tá com cara de cínico de novo. - Olha, amor... - ele sorriu ao dizer. - Eu te vejo hoje à noite no jantar. Ok? - Ele me deu um beijo na bochecha e me soltou. Eu sorri pelo fato dele adorar provocar a ira da minha mãe.

- ‎Claro, meu bem! - Digo completando seu cinismo

- Até mais tarde Sra. Donavan!

- Vai pro inferno. - Minha mãe diz sarcástica e me puxou indo ao seu carro.

- Legal se levada a força pelos corredores da faculdade pela sua mãe. - Reclamo enquanto ela dirige o carro

-‎ Se me obedecesse, não precisaria de tanto. - Ela desliga o carro e sai. Eu fui atrás dela pra reclamar mais.

-‎ Obedecer? Eu sempre te obedeço, além do mais olha a minha idade! - Digo a seguindo. Ela abre a porta de casa e nós entramos.

-‎ Quando eu disse pra não se misturar com aquele garoto você não obedeceu! Além do mais, não estamos no Brasil. - Ela aumenta o tom de voz.

-‎ Você nunca falou nada!

-‎ Não quero você se misturando com aquele garoto! Agora eu falei! - Ela diz e eu mal tenho argumentos.

- ‎Mãe! - Digo calma. - Hoje eu vou jantar com a família dele. Ele já disse aos pais dele que estamos juntos. - Ela parece amolecer.

-‎ Ele, ele te apresentou aos pais dele? - Ela ficou surpresa

Assenti

- Pensei que não ia ser sério. - Ela murmura.

-‎ Acredite, eu também. Mas, tá sendo e eu preciso que se dê bem com o Derek. Ele não é a melhor pessoa do mundo mas, eu gosto dele. De verdade. - Digo e ela respira fundo.

- ‎Só não quero que se machuque, filha!

- ‎Eu não vou mãe! - Sorri.

Ela me deu um abraço confortável. Me senti tão bem.

Insaciável | Derek Luh [CONCLUÍDA] - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora