Capítulo 46

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Minha mãe me deixou em casa e foi trabalhar.

Ótimo! Me busca na faculdade somente pra me deixar em casa sozinha. Que consideração hein! Bom, pelo menos ela tá aceitando a ideia d'eu estar com o Derek.

Falando nele, tenho que escolher uma roupa para o jantar na casa de seus pais.

Subi as escadas indo pro meu quarto. Procuro uma roupa no mínimo aceitável para ir, mesmo sendo entre a família dele que já conheço a um tempo.

Quando me dou conta, meu quarto está uma bagunça e nem encontrei uma roupa "aceitável". Suspiro me jogando no meio daquele monte, fecho os olhos tentando relaxar até que o barulho algo caindo me faz reabrir. Ignoro, era a penas uma caixinha ao lado daquela rosa murcha.

Pego a flor que um dia já foi vermelha e viva.

Me pergunto onde está meu admirador secreto. Faz tempo que não recebo bilhetes, me sinto esquecida.

Meu celular começou a tocar e procuro no meio da bagunça.

- Achei! - Grito e atendo.

Júlia: Oi?

Herman: Credo, que jeito de atender! Enfim, é bom ouvir sua voz.

Júlia: Hoje eu tava pensando em você... Calma, isso saiu um tanto romântico. - Ele ri. - Desculpa.

Herman: Olha, eu não tenho muito tempo, então da pra abrir a porta logo?

Júlia: Tá legal! - Saio correndo pela casa.

Desço as escadas na velocidade da luz.  Abro a porta e abraço o Herman.

- Nossa. Parece que não nos vemos à séculos.

- Você sumiu. - Dou passagem para ele entrar.

- Eu vou sumir por mais tempo! - Herman diz cabisbaixo.

- O que?

- É, mas não se preocupe vamos manter contato, você ainda pode me contar dos seus dias e eu dos meus. - Sorri pra mim. Ele põe a mão na minha bochecha apertando.

- Aí Herman!

- Desculpa! Você é fofa. - Ele ri.

- Veio se despedir?

- É, eu vim. - Ele apertou de novo.

- Herman! - O repreendi.

- DESCULPAAAA! - Ele grita. - Eu vim pegar uma lembrança.

- Qual?

- Meu filho, cadê? - Herman por fim deixa minhas bochechas em paz e corre atrás do filho.

- Meu Deus, Herman. - Reviro os olhos.

Em pouco segundos ele já tinha voltado com o ursinho nas mãos.

- Sério? - Digo sorridente.

- Eu já não suportava mais aquela bagunça, estava de baixo de uma pilha de calcinhas de renda. Eu adorei aquela azul, dá pra mim? - Herman da uma risada incrivelmente maravilhosa.

- Cala a boquinha, Tømmeraas. - Sorri. - Merda, aquela bagunça. 

- ‎Vai pra algum lugar hoje? É um lugar importante? Olha, eu tenho um senso de moda incrível! - Caçoa. 

- ‎ É sério, Herman. Eu vou... - paro de falar  

- ‎Vai? - Herman sorri mas logo esse sorriso se vai. - Ok. Então, eu posso te ajudar?  

- ‎Você quer? - Digo e ele sorri meigo. - Ok! - Digo e vamos ao meu quarto.

- ‎Isso tá muito ruim - Herman chuta algumas roupas que estão no chão.  

Insaciável | Derek Luh [CONCLUÍDA] - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora