Capítulo 29 [REVISADO]

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Acordo com a luz forte do sol no meu rosto. Levanto meu rosto lentamente e fico reparando o quarto, e, olho pro lado um ser filho do próprio lúcifer está do meu lado, dormindo como um nenê. Comecei a balançá-lo querendo que acorde. Motivo? Não preciso de motivo pra acordar ele.

- Derek? - Digo calmamente mas, o balanço em desespero para que acorde.

- É melhor que você tenha um bom motivo pra me acordar cedo em pleno sábado, vadia. - Derek diz sonolento e eu penso: esse é o lixo que eu deixei que me tocasse?

- Vacilão, são nove da manhã, Derek.

- Nove?! - Derek se levantou disparado.

- Tinha um compromisso?

- Tenho um às nove e meia, depois tenho que ir a empresa. - Pausa. — Tenho que trocar a calça, ou você prefere ficar ai e ver o espetáculo? - Derek diz sorrindo. Eu logo me levantei e sai daquele quarto.

Vou para a sala e fico fitando aquele sofá ridículo.

A sensação foi tão boa, mas, aquilo foi errado. Errado principalmente porque foi com ele. Enfim, não afianta eu pensar assim, não sou mais virgem de qualquer jeito mesmo. Mas, todas aquelas sensações que eu senti, foram como se fossem as primeiras pelo fato de não me lembrar da noite em que tive com Herman. Se eu me lembrasse, as sensações seriam as mesmas? Melhores? Piores? Eu não faço ideia. Só queria conseguir lembrar.

- Júlia? - Derek aparece tocando meu ombro me assustando e me provocando arrepios.

- O que é? - Me virei saindo do meu transe. Derek sorriu malicioso pra mim.

- Quer repetir? É só dizer. Eu não faço duas vezes com a mesma garota mas, posso abrir uma excessão pra você. - Derek com um sorrisinho malicioso.

Reviro os olhos e passo por ele batendo nossos ombros.

- Vamos! - Derek.

- Não. - Digo séria.

- Vadia, aprende uma coisa. Eu não peço, eu mando. - Derek me olha sério. Ele pega as chaves do carro.

- Essa sua camisa é grande mas, continua sendo curta. - Digo por estar desconfortável com o tamanho. - E além disso, não tem mangas!

- Por que tem tanta cisma com essa cicatriz idiota? - Derek não me entende. Fiquei quieta - Me conta, Júlia.

- Eu não quero! - Digo e ele veio até mim

- Me fala, amor. - Derek olha nos meus olhos.

Se ele acha que eu caí nesse papo, coitado.

- Quando você me falar da H.S, ai talvez eu pense no seu caso.

- Que? Como sabe dessas iniciais? Mexeu nas minhas coisas? - Derek já estava ficando estressado.

- Eu vi uma foto, na gaveta do corredor. - Digo e Derek respira tão fundo que parece que se controla para não me bater.

- Tem coisas que é melhor não saber. - Derek.

- Concordo! - O encaro. Derek sorri cínico. Meu Deus! Lá vem.

- Mas, você me contar o por quê dessa cicatriz - Derek afirma. - Não vou ficar curioso.

- Eu não quero! - Digo quase gritando.

- Qual é, Júlia... Por favor! - Já senti a irá em seu tom de voz.

Respiro fundo e decido contar

- Eu tinha quartoze, estava no quarto fazendo dever de casa. Meu pai era um bêbado sem controle. Ele foi no meu quarto e, a primeira coisa que eu disse foi: Pai! Você está bêbado de novo! E, ele disse: Caramba, Júlia! Você está mais bonita. Ele veio até mim e eu já estava ciente do que ele queria. Eu corri até a escada ele tentou me segurar mas o empurrei, e acabei rasgando meu pulso na garrafa que ele tinha quebrado quando caiu da escada. - Digo e Derek já me olhava de uma maneira diferente. - Depois, eu e meus vizinhos chamamos a polícia e, meu pai foi preso, e... depois de três meses, se suicidou na cadeia.

Insaciável | Derek Luh [CONCLUÍDA] - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora