11 ILUSÕES DAS TREVAS

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Passando pelo portal, O rei se vê assentado numa câmara, cheia de senadores discutindo, em uma assembleia.

- A situação do nosso aquífero está insustentável, enquanto a nossa vizinha Assíria tem água sobrando. Precisamos aumentar os impostos. Vocês tem alguns dias para pensar no seu voto. - Fala o homem que mediava a reunião no centro do salão.-Agora a câmara entra em recesso.

Ao contrário da primeira vez, haviam sido implantadas memórias na mente de Nimrod. Naquela realidade ele era um senador influente, amante da democracia.

No reino, havia sido erguido um parlamento, o qual tinha autonomia para governar independente do rei, tomando decisões sobre todas questões do reino, preços de alimentos, coleta de impostos....

O reino passava por uma crise Hídrica, os animais morriam, no campo a lavoura secava, e o povo passava sede, a única salvação era importar água de terras vizinhas.

Saindo do conselho, Nimrod dirige-se a ao gabinete de um importante conselheiro da cidade Assíria.

- Entre meu caro amigo!- Aponta para o acento - Sirva ele!- ordena a um serviçal, que obedecendo, enche uma taça de prata com vinho e põe na mesa de centro ao lado de Nimrod.

Ele se assenta, e em seu colo, se acomodam duas lindas mulheres vestidas de odaliscas.

- Como pediste, eu venho em nome do meu povo.

- Blá, blá , blá.- Satiriza o barbudo jogando um saco de ouro nos pés do senador.- Isso é um adiantamento, assim que o projeto for aprovado te pago o restante, quando a primeira remessa de água deixar o portão da assíria.

Nimrod aceitando, volta para Nínive, os dias se passam até que chega momento da votação.

- Senhores hoje na nossa sessão se faz presente nosso bem feitor, quem salvará os ninivitas da sede, e da morte certa.- diz o mediador apontando para a entrada do recinto.

- Entre senhor Emil!

Nesse dia, em especial a câmara estava completa, todos senadores, cada um dos 40 compareceu para a votação, era comum faltar um ou dois.

Prosseguindo a sessão, cada um dos senadores escreve seu voto num pedaço de papel, que posteriormente é recolhido pelo mediador.

- Bem são 30 votos a favor e 10 contra o aumento de impostos.- Lê o último papel.- Algum dos senhores tem mais algo a dizer antes que se encerre a sessão?

- Eu tenho!- Levanta-se Nimrod.- Este homem, Emil, não passa de um corruptor. - Aponta enquanto lança o saco de ouro no meio do salão.

- Isso é mentira senhores, sou um amigo da nação!

- Somos ninivitas, somos mais fortes, o que queremos pegamos. Ordenemos um ataque à Assíria imediatamente!

Ainda que sua mente estivesse com falsas memórias ele não podia ir contra sua natureza, e ímpeto de rei.

De repente a ilusão se desfaz e Nimrod se vê na frente de um trono feito de crânios com dentes de ouro, rodeado de vítimas empaladas gemendo e gritando. Em baixo do trono havia um forno, que continha as almas dos pais que ao longo de suas vidas sacrificavam seus filhos em adoração a Baal...

Nimrod olha novamente para o trono, onde uma sombra começa a se materializar tornando na aparência de um homem aristocrata com uma túnica branca, seus olhos eram vermelhos e de sua cabeça saiam dois chifres como de carneiro..

- Eu sou Mamon! O causador de toda avareza e corrupção dos homens.- Se apresenta o demônio.- Apresente-se!

- Sou conhecido como Nimrod o homem que se revoltou contra Deus.

- A cobiça está entranhada no coração dos homens, é de sua natureza.- Se escora no braço do trono, admitindo a derrota, as almas gritam pedindo por socorro enquanto falam.- Eu deveria enfiar sua cabeça numa dessas estacas, para que eu me delicie com a música dos seus gritos de agonia por toda eternidade. Mas "ele" te quer, permitirei que passe.- Levanta-o com um dedo e o atira dentro de outro portal.

Mensageiro das trevas a origem dos vampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora