TEMPLO EM CHAMAS

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Éfeso 1430, Império Otomano.



Era uma época de paz, e o Império governava grande parte da Europa, muitos tratados e alianças eram feitos entre os governos, tratados de livre comércio, pactos de não-agressão eram constantemente assinados, casamentos eram arranjados entre as famílias reais, o que sempre mantinha as nações sob controle, e evitava as indesejáveis e custosas guerras.

Cada nação tentava transferir seu conhecimento, seus costumes, sua política, seus deuses, à outra como uma maneira de ganhar poder sem o uso de força, como uma disputa, na intenção de definir quem tinha o melhor deus e as melhores regras morais. O teatro era uma forma muito eficaz de influenciar as pessoas, tinha o pretexto de ser algo dado pelos deuses, muito temidos por sinal, nas cenas dos dramas estavam impregnados os deveres e preceitos que a sociedade deveria seguir, completamente, controlado pelo governo, que manipulava as massas ao seu bel prazer.

Nas arenas, os combates de gladiadores, traziam uma forma de divertimento sangrento, costume trazido por Roma, aplacava o desejo do povo por sangue, e fazia os mais pobres esquecerem a miséria que viviam.

Éfeso era também muito conhecida pelos seus templos, bibliotecas antigas e escolas de magia. Principalmente o templo de Artemis ou Diana para os romanos, que dispunha de uma grande biblioteca e uma conhecida escola de artes mágicas, das discípulas de Jezabel.

A cidade também era conhecida por ser uma grande sede do Cristianismo, era comum ver pregadores do Evangelho nas praças , apregoando duramente, sobre os costumes dos cidadãos, tinha muitos adeptos, que correspondiam a aproximadamente trinta por cento da população da cidade.

Embora vivessem em tempos de paz, tamanha diversidade de valores e opiniões, eram como um barril de pólvora, aguardando que alguém acendesse o pavio.

— Na aula de hoje aprenderemos a poção do amor. Peguem os ingredientes, e abram o pergaminho número 13.

— Sacerdotisa Brendha, não é errado forçar o amor entre pessoas?

— Ora pare com moralismos Monique! Todos sabemos de onde você vem. Um povo Bárbaro e asqueroso, que come as entranhas dos próprios filhos.

— Não sou como eles, por isso estou aqui, para aprender magia e com ela mudar o meu povo.

— Malditos godos. —Sussurra Lorraine, uma aluna vinda de uma família rica da Bretanha.

A sala de aula estava particularmente cheia nesse dia, com alunos de todos cantos da Europa e do oriente, a diversidade de línguas era imensa, mas todos entendiam muitas delas, o que era extremamente necessário para a sobrevivência naqueles dias.

A sala era adornada com crânios humanos, a turma era dividida em duplas, cada uma com seu grimório e seu próprio caldeirão.

— Não se preocupe Monique, Éfeso é aberta a todos os povos.

— Como não Erick? O preconceito é o câncer das nações.

Na escola de magia de Éfeso era recente a aceitação de homens, e somente no caso de serem Eunucos, para que não cobiçassem as sacerdotisas, e aprendizes de feiticeira. Mas isso não impediu Monique e Erick de terem um romance secreto.

Nas horas vagas passavam horas debaixo de um carvalho, olhando um para o outro, vivendo cada segundo daquele amor impossível.

— Com certeza nós não precisamos dessa poção. — Sussurra Erick bem baixinho no ouvido de Monique, que sorri concordando com ele, já ansiosa para que aula se acabe para se perder em seus beijos.

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⏰ Última atualização: Mar 30, 2018 ⏰

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Mensageiro das trevas a origem dos vampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora