PRÓLOGO

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Talvez o maior mistério da humanidade não seja como o homem surgiu, se um entre tantos macacos resolveu descer da árvore e caminhar ereto, se foram as próprias mãos de Deus que do barro fez um boneco e soprando em suas narinas nos deu a vida.

Se o homem surgiu ao acaso vindo do mar como a evolução de um organismo unicelular que pelo processo de seleção natural como já dizia Darwin. Sobreviviam os seres mais adaptados ao ambiente.

Mas sim o por quê?

Caro amigo já parou pra pensar do porque o homem foi criado?

Qual seu propósito?

Tirando do pressuposto que Deus é de fato o autor da criação, por que fez? Sendo que ele é Onisciente, Onipotente e Onipresente? Não precisa de nós. Mas mesmo assim fez.

Será que foi porque se sentia só, ou simplesmente como demonstração de poder? E mais intrigante ainda, qual a origem do mal? E seu propósito?...

23.05.1900 Florença, Itália.

Era uma bela manhã no mercado municipal, onde se vendiam uma infinidade de especiarias, tantos cheiros, tantos sabores, pessoas de todos os cantos da Europa vinham até a capital da moda, para os desfiles e bailes pomposos e o mercado era

utilizado pelas mais belas damas como uma prévia, no intuito de ver o impacto que suas roupas extravagantes causariam, era comum a que atraísse mais olhares tornar-se a eleita do desfile do baile anual de máscaras.

Aquele lugar, também era onde artistas de todos os tipos expunham seu talento, principalmente os iniciantes, desde músicos a pintores, e não se pode deixar de fora os escultores, com suas obras esplendorosas.

Um dos artistas mais promissores era Lorenzo Lacorte, pintor, cujas obras se resumiam a gravuras de pontos turísticos de Florença, Veneza, Roma e pinturas de retratos geralmente da aristocracia local como forma de ficarem imortalizados naqueles grandes quadros pendurados nas salas das mansões. Ele morava em um pequeno vilarejo em Chievo, onde vivia com seus pais, sempre os ajudando com os afazeres da fazenda, ainda bem cedo com o incentivo de seu pai, começa a pintar suas primeiras gravuras.

Antes que pudesse viver da arte, seus pais tornam-se vítimas da tuberculose, Lorenzo, bom filho que era, cuidou deles até seus últimos dias. E tentando se livrar do fantasma do sofrimento de seus pais migra para Florença para ganhar a vida como pintor.

Certa tarde estava ele ali sentado no seu banco, à frente de sua tela terminando a encomenda de um retrato para prefeito quando então ouviu uma voz rouca que lhe pergunta:

— Poderia fazer um retrato de minha filha?

Sem dar muito ouvidos Lorenzo continuou a pintar de modo a não perder sua concentração, o homem já ficando irritado com a indiferença de Lorenzo, pergunta novamente:

— lhe fiz uma pergunta, você poderia fazer um retrato de minha filha? Não me deixe sem resposta, é muito importante pra mim recordar esse momento, e pelo que posso ver seu talento é sem igual.

Então com seu ego massageado, Lorenzo olha aquele homem de aparentemente 50 anos com uma barba frondosa postura elegante e traje sofisticado, logo vê que se trata de alguém abastado.

Ele então admirado com sua elegância virou-se para o homem e disse:

— Talvez para semana que vem, tenho muitas encomendas meu bom homem.

— Você sabe com quem fala?— Esbravejou o homem em tom arrogante.

Lorenzo espantado acena a cabeça negativamente.

Mensageiro das trevas a origem dos vampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora