Complicated passion • JK

Capítulo 8

- Como assim? Você só pode estar brincando comigo... - eu bufei.

- É, talvez eu esteja brincando mesmo. - ele me puxou para a pista de dança, tentei parar, mas não pude evitar o ato.

- Ei! - protestei, mas ele apenas ignorou, colocando uma mão em minha cintura e aproximando nossos corpos. Fiquei sem reação.

- Vai me dizer que você não sabe dançar valsa?

- C-claro que sei... - respondi gaguejando por causa do nervosismo, ele sorriu de lado.

- Mas não é o que parece... coloque a sua mão direita aqui. - ele a colocou em seu ombro. - E a esquerda aqui. - depois entrelaçou a minha mão com a dele.

Aquilo era estranho, por que estava envergonhada só por estar perto desse garoto misterioso? Isso é ridículo, afinal é apenas mais uma dança.

- Então... - quebrei o silêncio.

- Então o que? - ele me olhou incrédulo.

- Sério que você não irá me falar o seu nome? - perguntei, e ele negou com a cabeça.

- Não, não irei... apenas tente descobrir. - piscou.

- Como se eu pudesse ler mentes... - falei ironicamente. - Por que tanto suspense? Isso me deixa inquieta.

- Essa é a intenção... Não revelarei nada. Como eu disse, se quiser saber mais, descubra.

- Isso é injusto... - protestei.

- Você fica tão linda quando está brava. - ele sorriu maliciosamente, e eu virei meu rosto para o lado, não tinha coragem de encarar aquele garoto.

- Pare com isso! Primeiro me convida para dançar, e agora fica dando em cima de mim? Pensei que era um cavalheiro... - ele bufou.

- Tem razão, não sou um cavalheiro. Sou bem mais que isso.

- E ainda por cima é convencido...

- É, sou mesmo. - ele desviou o seu olhar para a minha boca, e a primeira coisa que fiz foi olhar para o chão.

- Você é a única pessoa que conheço que dança olhando para o chão... - ele riu.

- Não tenho coragem para te encarar... - mordi o lábio inferior, aquela situação estava me matando.

- E qual é o motivo do medo? Ah não ser que... - antes dele terminar de falar o interrompi.

- Não pense bobagens garoto! - ele riu.

- Você está com medo que eu te beije? - dei um leve soco no seu ombro.

- Aí! Isso dói sabia?

- Ninguém mandou falar aquela palavra...

- O que? "Beije"? - dei outro soco nele.

- Eu nunca beijaria alguém que não sei nem o nome.

- Duvido... - ele me puxou para mais perto dele, fazendo com que nossas bocas ficassem a milímetros de distância. Por um segundo imaginei só nós dois ali, sem ninguém em volta, mas uma voz me tirou do transe.

- Hana! - me separei rapidamente do garoto, minha mãe estava me chamando, então fui em direção a ela sem olhar para trás.

- Mãe, o que foi? - perguntei com um pouco de desespero.

- Ah! Só lhe chamei para perguntar se viu Jeon Jungkook. - fiquei pasma, acabei me entretendo tanto que até esqueci que aquele maldito garoto estava no baile.

- N-não, por que?

- É que não vi a família Jeon até agora, achei que você tinha visto...

- Hum... - suspirei, logo depois sentando em uma mesa para beber uma taça de vinho, precisava me acalmar um pouco.

Eu observava todos os convidados enquanto tomava o vinho. Fiquei pensando no garoto misterioso, o que me deixou totalmente confusa.

Resolvi me levantar e ir atrás do tal garoto, olhei para todos os cantos do salão, ele não estava em absolutamente nenhum lugar. Como poderia sumir tão de repente?

Desisti de tentar achá-lo dentro do local, então fui para a sacada do segundo andar daquela mansão, a sacada era enorme, e bem rústica também.

Quando passei pelas grandes portas de vidro da sacada, avistei um garoto, o mesmo tinha cabelos castanhos escuros. Chutei na hora que era o garoto que eu procurava, então, fui me aproximando devagar dele.

- Garoto misterioso? - questionei, ficando ao seu lado e o olhando.

- Então é assim que me chama agora?

- Até você não me falar o seu nome, vai ser assim que lhe chamarei mesmo. - bufei.

- Você é teimosa. Sabia que não conseguiria ficar tanto tempo sem me ver novamente. - ele sorriu de lado.

- Tá bom... como se eu estivesse vindo aqui só por sua causa. - menti.

- E não veio?

- Claro que não... - ele com certeza não acreditou. - Não sou o tipo de garota que se apaixona de primeira por um cara que só dançou com ela uma vez, e ainda por cima não revelou seu nome.

- Nossa... senti a indireta. - ele colocou uma mão no peito, e eu ri.

- E era para sentir mesmo. - sorri. - Por que és tão misterioso?

- Por que quer saber? - ele perguntou, arqueando uma sobrancelha.

- Porque esse mistério todo me deixa inquieta.

- Então, irei lhe dar uma dica de quem eu sou... - após ele falar isso, meus olhos brilharam esperançosos.

- O-que? Sério isso? - ele confirmou com a cabeça.